Goooooooooooooooool do Tite?

O Frankstein é o Cássio, mas a coisa ficou feia mesmo foi para o Júlio César. Depois de duas falhas bisonhas nas quartas de final do Paulistão contra a Ponte Preta em pleno Pacaembu, sua titularidade ficou insustentável. 
Embora não tenha sido o único responsável pela derrota e pela eliminação do Timão do torneio, pois, com raríssimas exceções, o time todo jogou mau, seu papel no fracasso foi indiscutível e reconhecido por ele em entrevista coletiva. Nem ele nem o time tiveram no jogo o equilíbrio emocional necessário numa decisão. Depois da 1ª falha ele se desequilibrou e o seu desequilíbrio refletiu em todo o time, que não mostrou maturidade emocional para segurar o rojão e a bomba estourou na mão. Sua 2ª falha foi decorrência da anterior. Abatimento, ansiedade e cabeça quente. Tudo isso agravado pela lembrança de outras mancadas e perdas de outros campeonatos.
O resultado final é conhecido, perda do jogo e eliminação. Frustração e revolta. Xingamentos e busca de um bode expiatório pelo fracasso, que acabou sendo o próprio goleiro.
Embora eu não considere o Júlio o único responsável pela eliminação do Corinthians, creio que neste momento ele não tem condições de continuar no gol. Embora ele afirme estar bem, seu abalo emocional é evidente. Hoje, até mesmo o Matheus Caldeira, goleiro da Copinha, passa-nos mais segurança que ele. Num momento crucial, o mata mata da Libertadores, frieza e equilíbrio emocional são fundamentais. Apesar de ter um elenco tecnicamente superior ao da Ponte Preta, o Corinthians sucumbiu por insegurança, descontrole e falta de confiança. Mesmo que a troca do goleiro não deva ser encarada como a solução de todos os problemas, ela servirá para exorcizar os fantasmas de perdas de outros campeonatos e de possibilitar ao Júlio o tempo necessário para buscar seu equilíbrio emocional e melhorar sua condição técnica.
Futebol é momento e este, infelizmente, não é o momento do Júlio César. Lamento, pois gosto muito dele. Bom moço, trabalhador, esforçado e sobretudo corinthiano de alma. Tão corinthiano que nos momentos decisivos a emoção do torcedor tem sobrepujado a frieza necessária ao jogador e contaminado seu desempenho, tornando-o ansioso e afobado. Embora seu afastamento não resolva todos os problemas do time, é um 1º passo para a busca do equilíbrio necessário para enfrentar mais um mata mata.
Para a próxima partida, contra um adversário que prioriza as bolas aéreas, a altura do goleiro Cássio bem como sua desenvoltura e saída do gol, aliadas à sua experiência internacional, podem ser decisivos. Que ele tenha a frieza e o equilíbrio necessários para transformar em desempenho a confiança que lhe foi dada pela comissão técnica e pela torcida. E que a troca de goleiro possa ser encarada por todos como algo natural, como uma medida necessária à retomada da vitórias, porque ninguém no time é, nem poderá ser jamais, maior que o Corinthians.

Créditos e fontes de imagens
globoesporte.globo.com
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TV Lance/lancenet.com.br

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