Peixe cozido no caldeirão de Itaquera

Como diz a marchinha de carnaval
Domingo é dia, de pescaria, oi, 
Lá vou eu, de caniço e samburá, 
Maré tá cheia, 
Fico na areia, 
Porque na areia dá mais peixe, que no mar.
Com algumas mudanças na letra, a pescaria não foi com caniço e samburá, mas com bola e chuteira, nem na areia nem no mar, mas no gramado. No belo gramado de Itaquera, onde não só pescamos, mas assamos e fritamos o Peixe, além de colocarmos muitas sardinhas na brasa. Numa brasa acesa em campo pelo bom futebol apresentado e na chama incandescente do calor da Fiel na arquibancada. 
Com uma superioridade incontestável pelos números, o gol só não saiu antes pelas defesas do goleiro santista. E quando o melhor jogador do time é o goleiro, é porque os jogadores da linha não cumpriram o seu papel em campo. 
E a estatística não permite contestação: 
  • maior posse de bola, (chegou a ter 60%, mas acabou com 52%);
  • mais finalizações, (14 contra 6);
  • mais escanteios, (9 contra 6);
  • melhor troca de passes, (330 passes certos, e 24 errados, contra 234 e 28 do Santos);
  • apenas 8 faltas;
  • 17 dribles contra 8, com direito a chapéu, caneta e rolinho;
  • 41 entradas na área com a bola dominada, contra 22 do Santos.
Com um 1º tempo exemplar, com muita força física, marcação irrepreensível, fechando todos os espaços do adversário, o gol só não saiu porque Vanderlei foi um monstro e defendeu todas. O Santos, acuado, não conseguiu encaixar nenhum contra ataque e seu armador, Lucas Lima, foi totalmente neutralizado. Com boa troca de passes, maior posse de bola e marcação adiantada, do Timão, Yago cercou Gabriel, a zaga corinthiana bloqueou as investidas de Ricardo Oliveira, que nervosinho, esqueceu seu lado pastor e agrediu covardemente o Ralf, que, sangrando, precisou de atendimento médico. Deveria ter recebido cartão vermelho, mas como pousa de bom moço e reza após fazer gol, levou apenas o amarelo. 
O meio campo esteve impecável, com Ralf numa manhã inspirada, Elias mais ligado e Jadson e Renato Augusto, com postura irrepreensível, criando muito. Mas o gol não saia, pois ora o ataque errava, ora o Vanderlei pegava, ora a trave atrapalhava.
Na etapa final o jogo foi mais equilibrado, o Santos melhorou a marcação, mas nada que diminuísse a eficácia alvinegra. Mas, quem mudou o panorama do jogo foi o estreante Lucca, que com apenas dois treinos no Timão, substituiu o cansado Malcom. Foi dele o passe para o Vagner Love, no pênalti em que foi derrubado pelo Zeca, bem como o início da jogada com Elias que deu origem ao 2º gol do Jadson. E que encerrou a pescaria no gramado de Itaquera.
No duelo do meio campo, venceu o melhor, Renato Augusto. Lucas Lima foi anulado, pouco criou e seu único chute a gol foi defendido pelo Cássio. E ainda levou um chapéu do Yago.
Yago, embora improvisado, fez um belo jogo, com muita firmeza na marcação e, inclusive, com algumas boas incursões no apoio. Lucca teve uma estreia brilhante, mostrando boa movimentação e visão de jogo, além de ter participado dos lances que originaram os dois gols. Vagner Love não fez o que se espera de um atacante, o gol, mas nem por isso deixou de ser importante. Apesar do calor, correu como um louco atrás dos zagueiros santistas, ajudando muito na marcação. Talvez essa seja a razão de estar perdendo muitos gols. Corre tanto que fica sem pernas para finalizar. Ralf, agora com ritmo de jogo, voltou a ser o Pitbull de sempre e não deixou Lucas Lima pegar na bola.
Mas, o melhor em campo, o nome do jogo foi Jadson. Fundamental no meio campo, ainda foi o responsável pelos dois gols corinthianos, cobrando magistralmente o pênalti e mandando pra rede a bola cruzada do Elias.
Depois que o próprio Zeca admitiu que fez o pênalti, o mi mi mi mudou de foco. Inconformados com as expulsões, ambas por destempero emocional, os santistas ainda não pararam de reclamar. E, sempre batendo na mesma tecla, de que o Corinthians é beneficiado pela arbitragem. Mesmo não havendo esse benefício, se a arbitragem tivesse errado a nosso favor, seria apenas uma intervenção dos deuses do futebol corrigindo algumas injustiças, entre elas o triplo impedimento num gol ilegítimo validado em jogo no ano passado e o pênalti não marcado no jogo do 1º turno. Mas, sobre isso, não vou nem perder meu tempo nem ocupar espaço, pois o tricolor Rica Perrone já disse tudo o que deveria ser dito.
E sobre as duas expulsões, sendo uma no banco, acho que foram poucas. Deveriam ter sido quatro: Ricardo Oliveira pela cotovelada em Ralf, Zeca pelo pênalti e Davi Braz e Werley pelo chilique. E as divergências entre a súmula e o jogador não é problema nosso. Eles que se entendam. Ou que se desentendam...
Com 57 pontos em 27 jogos, o Corinthians mantém-se na liderança do campeonato, seguido pelo Atlético-MG, com 52, e se distancia do Grêmio, terceiro colocado, com 48 pontos, superado pelo Palmeiras no sábado. Já o Santos permanece com 40 pontos ganhos, quatro a menos que o Verdão, último integrante do G4. 
No próximo domingo, pela 28ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Santos enfrentará o Internacional, na Vila Belmiro, às 11 horas, e o Corinthians visitará o Figueirense, às 16 horas, no estádio Orlando Scarpelli. Antes disso, pelas quartas de final da Copa do Brasil, o Peixe enfrentará o mesmo Figueirense, às 19:30 horas de quarta-feira, em Florianópolis.
Embora não tenha nada ganho, o Corinthians segue firme na luta pelo hexa campeonato brasileiro. Dependemos apenas de nós mesmos. É só manter a pegada e jogar cada partida como se fosse uma decisão.
Melhores momentos
Gols
Ficha Técnica - Corinthians 2 X 0 Santos
Local: Arena Corinthians, em Itaquera, São Paulo (SP)
Data: 20 de setembro de 2015, domingo
Horário: 11 horas (de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues Guerra - SP (CBF-1) 
Árbitro Assistente 1: Rogério Pablos Zanardo - SP (ASP-FIFA) 
Árbitro Assistente 2: Alex Ang Ribeiro - SP (CBF-2) 
Quarto Árbitro: Thiago Duarte Peixoto - SP (ASP-FIFA) 
Delegado: Ednílson Corona - SP (ASS)
Público: 41.748 pagantes
Renda: R$ 2.649.100,00
Cartões amarelos: Elias e Felipe (Corinthians); Ricardo Oliveira, Marquinhos Gabriel, Neto Berola e Lucas Lima (Santos)
Cartão vermelho: Werley, no banco, e David Braz (Santos)
Gols: Corinthians: Jadson, aos 40 minutos do segundo tempo, e aos 43
Corinthians: Cássio; Fagner, Felipe, Gil e Yago; Ralf, Jadson, Elias (Cristian), Renato Augusto e Malcom (Lucca); Vagner Love (Danilo); Técnico: Tite
Santos: Vanderlei; Victor Ferraz, Gustavo Henrique, David Braz e Zeca; Renato, Thiago Maia e Lucas Lima; Marquinhos Gabriel (Leandro), Ricardo Oliveira (Paulo Ricardo) e Gabriel (Neto Berola); Técnico: Dorival Júnior

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