Coragem para mudar

Se em time que está ganhando não se mexe, quando o time está perdendo, é hora de mudar. De mudar o esquema tático, mudar jogadores e mudar a postura em campo. Não adianta continuar na mesmice nem tentar recuperar jogador que já desistiu de recuperar seu futebol. E o segundo turno está mostrando que alguns jogadores estão apresentando comportamentos análogos àquele que em engenharia é conhecido como fadiga de material. Será que adianta insistir com eles ou está na hora de ter coragem para mudar. 
Nos últimos jogos o time tem apresentado falhas em todos os fundamentos, sofrido com a marcação e perdido até para times da parte de baixo da tabela, além de, com raras exceções, ter se mostrado desconcentrado e displicente. Nos aspectos físico e técnico, o time continua devendo e muito, errando todos os fundamentos, perdendo nas divididas, sem conseguir acompanhar o pique do adversário, sem explosão e com pouca movimentação. Tem jogadores que andam em campo e se escondem da bola. Taticamente não vemos uma variação de jogada. Não existe alternativa para o futebol mais que manjado. 
Mas o que mais me preocupa é ver nosso técnico acuado, perdidinho e fazendo o jogo do contente, vendo sempre um bom desempenho inexistente. Com raríssimas exceções, bom desempenho se traduz em bons resultados, mas Carille sempre acha que o time foi bem e continua apostando nas mesmas jogadas, nos mesmos jogadores e nas mesmas substituições. Jadson, Rodriguinho, Maycon, Romero e Arana, apesar do mau rendimento, têm lugar cativo no time. Gabriel, o que mais tem mostrado vontade e garra em campo, é sempre sacado no intervalo, e Maycon permanece na equipe. Clayson já decidiu jogos e está em melhor fase, mas continua na reserva. Pedrinho é pouco utilizado e a experiência de Danilo, que vem treinando bem, tem sido menosprezada. E Kazim continua sendo tratado como se fosse alternativa para melhorar o time. 
Nesse time está sobrando covardia e faltando ousadia. A comissão técnica e a diretoria de futebol não estão conseguindo motivar os jogadores. Parece que têm medo de chamá-los na chincha e exigir uma postura mais aguerrida em campo. Além de não conseguir mudar o esquema tático manjado e não ter coragem de colocar no banco os jogadores que estão mal, Carille também não consegue mudar a postura do time e sua própria postura diante dos resultados desfavoráveis. Falta energia no grupo, falta sangue nos olhos e falta ao técnico coragem e autoridade para promover as mudanças necessárias. Com medo de perder o grupo, Carille vai nos fazer perder o título. 
Sei que meus posts estão ficando repetitivos. Mas o que escrever se o comportamento do time não muda, impedindo-me assim, de apresentar algo novo? A mesmice do que tenho escrito reflete, exatamente, a mesmice do futebol apresentado pelo time do Corinthians. 

Crédito e fonte de imagem 
paulojorgevieira.wordpress.com 

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