Quero o meu Corinthians de volta

Parece um pesadelo, mas é a pura realidade. Há sete jogos sem vencer e fora até da zona de classificação para a Pré Libertadores, o Corinthians vem apresentando um péssimo futebol, para a decepção de sua torcida. Num evidente processo de involução, seu desempenho piora a cada jogo, os erros se repetem e o time não demonstra sinal de reação. E, no jogo contra o CSA, o comportamento do time não foi diferente, conseguindo perder de um time que luta para não cair. 
No estádio Rei Pelé, o que presenciamos em campo foi desanimador. Diante de um time com menos estrutura e com uma modesta folha de pagamento, o Corinthians teve mais um péssimo desempenho. Acuado, apático, desorganizado, falhando em todos os fundamentos, sem repertório e sem criatividade, com a maioria dos jogadores atuando displicentemente, o Timão jogou como um timinho e voltou para São Paulo sem a vitória, sem os três pontos e sem a classificação. 
Carille não foi para a entrevista coletiva e Andrés Sanches segurou o rojão. Bravo, o presidente cobrou maior empenho de todos, criticou a apatia dos jogadores e não deu garantias da permanência do Carille no comando do time. Mas não tocou na responsabilidade da diretoria pela situação caótica vivenciada pelo futebol masculino. 
Fazer uma análise técnica e tática do jogo seria repetir o que vem sido escrito em posts anteriores. Na realidade, Carille não está conseguindo fazer o time jogar e nem sequer motivar os jogadores. A postura da maioria dos atletas é decepcionante. Falta raça, falta gana, falta vontade e determinação. Mesmo entre os mais experientes, que deveriam ser referência para os mais novos, não temos visto o empenho necessário. O rendimento em campo caiu e até parece que desaprenderam a jogar futebol. E além da defasagem técnica, falta também uma atitude mais propositiva e proativa. No jogo contra o CSA, Ralf e Pedrinho destoaram positivamente do time pelo empenho demonstrado em campo.
Lembro com saudades, quando o Corinthians jogava com vontade e fazia valer o mantra "se não for na técnica, vai na raça". Está faltando técnica, tática e repertório, mas sobretudo raça. 
O mau desempenho alvinegro, que tem uma das melhores estruturas de treinamento e uma das maiores folhas de pagamento de salário do país, é decepcionante. Na tentativa de entender o que está acontecendo, ocorre-me algumas hipóteses: 
  • O elenco é limitado, 
  • O técnico é bom para arrumar a defesa, mas tem dificuldade para acertar o setor ofensivo, 
  • O técnico, em suas declarações nas entrevistas, expôs os jogadores e perdeu o vestiário, 
  • Os jogadores, insatisfeitos com tal atitude, querem derrubar o técnico,
  • Escalações indevidas e substituições erradas e tardias, 
  • Falhas na preparação física, 
  • Racha no elenco, 
  • Incompetência da diretoria na gestão do futebol masculino, 
  • Treinamento inadequado, 
  • Desmotivação e "fadiga de material". 
Espero e desejo que a diretoria, comissão técnica e jogadores procurem diagnosticar as causas da situação caótica do time e que consigam corrigir as falhas para encerrarmos dignamente a temporada. E que o planejamento de 2020 seja mais racional e eficaz, na formação do elenco e na capacitação técnica, dispensando os profissionais que não renderam e contratando pessoal mais qualificado. Focar mais na qualidade que na quantidade para não precisar emprestar jogadores deficitários pagando parte dos seus salários. 
O próximo compromisso do Corinthians será contra o líder Flamengo no domingo, 03/11, às 16:00 horas (de Brasília) no Maracanã, Rio de Janeiro. E o CSA enfrentará o Athlético-PR, no mesmo dia, às 18:00 horas na Arena da Baixada, em Curitiba, Paraná.

Crédito e fonte de imagem
placar.uol.com.br 

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