Tchau "querido"


Tiago Nunes não é mais técnico do Corinthians, para a felicidade da maioria da Fiel, conforme resultado de enquetes realizadas por vários portais da internet. Nada pessoal contra ele, mas os dados de aproveitamento do Campeonato Brasileiro, onde o Timão, jogando como um timinho, está na 14ª colocação, com 9 pontos em 24 disputados: com duas vitórias, três empates, três derrotas e 38% de aproveitamento; a eliminação na Pré Libertadores, a perda do Paulistão para o principal rival, com um mau desempenho no torneio estadual e um rendimento abaixo de 50% na temporada; com 10 vitórias, 10 empates, 8 derrotas e um aproveitamento de 43,62% são a prova irrefutável de um desempenho ridículo e muito aquém da grandeza do Corinthians. 

E não são apenas os dados estatísticos que mostram o fraco rendimento do time. A postura dos jogadores em campo é outro diferencial negativo da passagem de Tiago Nunes pelo alvinegro do Parque São Jorge. Sob o seu comando, víamos em campo um time amorfo, apático e sem entusiasmo, jogando burocraticamente, sem ânimo e sem paixão. Tudo indica que ele não falava a linguagem da boleirada e que ele não conseguia motivar os jogadores. Na história do futebol corinthiano, times bem mais fracos que o atual, foram capazes de superar suas deficiências através de uma postura aguerrida em campo, geralmente estimulados por técnicos que sabiam pilhar o time. Daí o mantra "se não dá na técnica, vai na raça". E assim procedendo, o Timão conseguiu vitórias consideradas improváveis pela crítica esportiva. 

Discordo daqueles que falam que Tiago Nunes perdeu o vestiário. Como perder o que nunca teve? Ao dispensar por telefone, antes de assumir, dois líderes do vestiário, dois jogadores muito queridos e respeitados pelo elenco, ele desagradou seus companheiros mais antigos. Sua falta de habilidade para motivar o time e a insatisfação dos líderes do vestiário resultaram num time tão apático e morno tanto quanto seu treinador. E a história do futebol nos mostra que um time "infeliz", consciente ou inconscientemente é capaz de derrubar seu técnico. Coincidentemente, ou não, Cássio começou a levar gols de bolas defensáveis, atletas perderam gols imperdíveis e jogadores experiente fizeram faltas juvenis. 

E para complicar, as apostas do Tiago em jogadores que ele pediu para contratar foram frustantes. Seja pelo peso da camisa do Corinthians ou por problemas físicos, técnicos ou táticos, suas apostas ainda não vingaram. A defesa, que sempre foi o ponto forte do time, sem um cabeça de área estilo pitbull e com jogadores pouco efetivos, virou uma peneira. E por azar, quem poderia ser seu ponto forte foi infectado pelo coronavírus, ficou alguns jogos fora e ainda parece não estar em suas melhores condições. O meio campo não consegue levar a bola ao ataque e os atacantes tem ido buscá-las na intermediária, o que, obviamente, nem sempre funciona. Assim fica difícil de sair gol. 

Considerando-se que Thiago Nunes foi contratado para mudar o DNA corinthiano e construir um time mais ofensivo e capaz de jogar bonito, não conseguiu nem uma coisa nem outra. Para evitar derrotas, o Corinthians está tentando ser mais defensivo e continua jogando feio. A diferença de anos anteriores é que joga feio e não ganha. Inclusive os clássicos. Não se muda o DNA de uma hora para outra e sem as peças necessárias para isso. Uma vez que a passagem do técnico Tiago Nunes não atingiu os objetivos para o quais ele foi contratado, não restou outra medida, a não ser sua demissão. 

Dyego Coelho, técnico da equipe sub 20, comandará o Timão contra o Fluminense no domingo, 13/09, às 16:00 horas contra o Fluminense, no estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, RJ. 


Crédito e fonte de imagem

Danilo Fernandes/meutimao.com.br 


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