Foi jogo ou filme de terror?

O que foi aquilo que aconteceu no estádio Defensores del Chaco em Assunção no Paraguai? Jogo de futebol ou filme de terror? O Corinthians teve 69% de posse de bola, mas não sabia o que fazer com a pelota. O que vimos em campo foi um time lento, sem criatividade, sem inspiração e transpiração, mas com muitos erros e decisões equivocadas, com muitas falhas no ataque e vacilos defensivos. E o Timão, mesmo sendo tecnicamente superior, não conseguiu furar o bloqueio do River Plate genérico, sendo que das 10 finalizações tentadas, 05 foram para fora. Além da falta de capricho no arremate final, faltou também criatividade e ousadia. E, jogando muito mal, não conseguiu vencer o lanterna do Campeonato Paraguaio. 

Para complicar ainda mais o que já estava ruim Vagner Mancini só foi mexer no time aos 31 minutos da etapa final. Vitinho, Camacho, Gustavo e Gabriel Pereira tiveram uma atuação regular, mas foram prejudicados pelo mau desempenho coletivo. Léo Natel, Bruno Mendes e Jô, ao contrário, pouco renderam e tiveram um mau desempenho. 

O mais preocupante é que Mancini, que ainda não tem um time definido, considera que o Corinthians foi bem, que merecia vencer e a vitória só não ocorreu devido a falta de capricho no ataque. Se essa afirmação não foi para blindar o elenco e se ele pensa mesmo assim, a situação é ainda mais grave e pode indicar que ele já chegou no seu limite como técnico do Timão. O elenco é limitado, razão pela qual é necessário que seu comandante seja capaz de "tirar leite de pedra" e não alguém que se satisfaça com pouco. Ao Corinthians atual, falta muito mais que capricho, falta técnica, falta definir um time base, falta padrão de jogo. E falta um técnico capaz de viabilizar tudo isso. Alguém que não aspire o mínimo, mas o máximo, alguém capaz de motivar o elenco, de estimular uma competividade sadia e fazer o time evoluir técnica e taticamente. 

Vagner Mancini será capaz de vencer esses desafios?

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placar.uol.com.br