Pelo menos houve futebol

Mesmo sem ser uma partida empolgante, dessa vez houve futebol e não uma pelada como no jogo de ida. O derby acabou empatado em 1 a 1 e a decisão foi para os pênaltis. Infelizmente, as cobranças de Michel Macedo e Cantillo pararam nas mãos do Werverton, sagrando o Palmeiras campeão. Restou ao Corinthians o vice campeonato, o que não é um mal resultado para um time que, antes da parada devido à pandemia do covid 19, estava ameaçado pelo rebaixamento. 

Mesmo com mais posse de bola do Corinthians, 58% contra 42% do Palmeiras, o jogo foi equilibrado. No entanto, alguns jogadores alvinegros tiveram um desempenho bem abaixo de suas capacidades, principalmente Luan, Cantillo e Carlos Augusto. Com a entrada de Michel Macedo, em substituição ao Fagner, (lesionado durante a partida) caiu o desempenho alvinegro. Aliás, apenas uma das trocas feitas pelo Tiago Nunes funcionou. A de Sidcley, em substituição ao Carlos Augusto. Everaldo e Araos, que substituíram Mateus Vital e Ramiro, correram muito em campo, mas nada produziram. Cantillo, que entrou no lugar de Gabriel, tentou girar a bola mas perdeu o seu pênalti. 

Os melhores corinthianos em campo foram Jô, Cássio, Fagner, Sidcley e Gil. Se Fagner não tivesse lesionado-se, possivelmente teríamos um melhor resultado com a bola rolando. A dobradinha Fagner e Ramiro pelo lado direito tem sido importante nos jogos da temporada. 

Tiago Nunes, mesmo tendo ficado cerca de três meses apenas observando o time, parece que ainda não entendeu o que é Corinthians, nem o que significa um Palmeiras e Corinthians. Com um comportamento apático à beira do campo, errou nas substituições por opções técnicas e/ou táticas, tirando os jogadores errados e colocando atletas que, com exceção do Sidcley, pouco ou nada produziram, piorando o desempenho do time. Errou também na escolha e na ordem dos cobradores de pênaltis. Jamais poderia iniciar as cobranças com um jogador sem ritmo de jogo e que entrou mal na partida, (Michel Macedo) nem escalar para a cobrança um jogador que ficou muito tempo sem jogar por ter sido infectado pelo corona vírus (Cantillo). Não por acaso, os dois que erraram suas cobranças. 

O próximo compromisso do Timão será quarta feira, 12/08, às 19:30 horas, contra o Atlético-MG no estádio Independente, em Belo Horizonte, Minas Gerais. 

Eliminado na Pré-Libertadores e vice campeão no Campeonato Paulista, o Corinthians tem pela frente mais dois torneios para salvar o ano de 2020, o Brasileiro e a Copa do Brasil. O início da temporada mostrou que, ao time, ainda faltam peças essenciais no ataque e no meio campo. O Timão carece, pelo menos, de dois atacantes de ponta e um meia de criação capaz de fazer a bola chegar ao ataque. Sem reforços, no Brasileirão, teremos poucas chances e vamos brigar na parte de baixo da tabela. Com muita sorte dará para classificar para a Sul Americana. 

Para a temporada 2020 o Corinthians contratou muito, mas contratou mal. A maioria dos contratados foi emprestada para times de séries inferiores, com o Timão pagando parte dos salários e para alguns o salário integral. O quinto andar do Parque São Jorge é o paraíso dos empresários, que conseguem, para os seus representados, contratos bastante vantajosos. Para eles, não para o Corinthians. Contrata-se de baciada e empresta-se no atacado. Gasta-se dinheiro com jogadores que não atendem nossas necessidades e que sentem o peso da nossa camisa. Muito gasto para pouca produtividade. E ainda trazem um técnico que não entende o que é o Corinthians, que dispensa jogadores que têm liderança em campo e com capacidade de, no grito e na raça, incendiarem um jogo e mudarem o rumo de uma partida. 

O goleiro Cássio, o lateral direito Fagner e o zagueiro Gil estão na seleção do Campeonato, tendo sido eleitos como os melhores jogadores nas suas posições. A notícia foi divulgada numa live pela Federação Paulista de Futebol e a escolha foi feita pelos capitães e pelos técnicos das 16 equipes participantes do Paulistão. 

Créditos e fontes de imagens 

placar.uol.com.br 

Denise Lemes Fernandes Neves 

Marcos Ribolli/globoesporte.globo.com

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