Red Bull dá asas...

Somente, após o jogo de ontem, passei a entender o significado do slogan que era usado pelo energético red bull. Infelizmente, os jogadores do time de Bragança Paulista entraram voando em campo enquanto os do Corinthians entraram quase dormindo e pareciam ter tomado chá de erva cidreira.

O que vimos em campo foi um time lento, sonolento, desconcentrado, inseguro e ineficaz, com os atletas desprovidos de auto confiança e, aparentemente, sem vontade e sem entusiasmo. O Corinthians foi completamente dominado pelo adversário, que teve o controle total da partida. Com um gol relâmpago do Helinho e outro do Claudinho, que confirmou a "lei do ex", o Corinthians não teve força para, pelo menos, empatar. E acabou subjugado física e tecnicamente pelo Red Bull Bragantino.

A impressão que passa é que o time ignorou, ou não analisou, ou não entendeu a estratégia de jogo do adversário. Como Mancini é um técnico bastante responsável e cuidadoso, deve ter ocorrido algum ruído de comunicação que possa justificar tão fraco desempenho do Timão. Ele até tentou mudar o jogo, mas, infelizmente, no banco alvinegro não tinha ninguém com a qualidade suficiente para reverter o resultado adverso. O elenco é tecnicamente limitado e, com os desfalques por contusão, a situação ficou ainda mais complicada.

Embora o Corinthians tenha evoluído sob o comando do Mancini, ainda não é um time "pronto" e tem muito a melhorar. Além disso, o elenco disponível não é suficiente para qualificar o time em todas as suas posições. O time carece de reforços na defesa, no meio campo e no ataque. E tudo indica que jogar com um centro avante tenha sido um equívoco. Jô está lento, pesado e talvez ainda não tenha recuperado-se totalmente do Covid 19, pois em alguns casos a recuperação é lenta e quem foi contaminado pelo coronavirus leva mais de três meses para voltar a forma anterior.

Diante de um time rápido e veloz como o Red Bull Bragantino, o Corinthians não conseguiu acompanhar o ritmo. Fábio Santos, que não fez um bom jogo, reclamou do gramado pesado e da chuva. Na realidade, quem poderia reclamar e se sentir prejudicado pelo gramado seria o time visitante e não quem jogava em casa. Afinal, a chuva foi a mesma para ambos e o anfitrião, jogando em casa, estava em vantagem diante do visitante.

Cássio foi o melhor em campo e evitou que o time levasse uma goleada. Entre os jogadores de linha, Gustavo Silva e Cazares tiveram um desempenho razoável, ou seja, foram os "menos ruins". E Léo Natel, Luan e Everaldo foram os piores. Mas, de um modo geral, o time não foi bem e a vitória do Red Bull Bragantino foi justa e merecida.

Neste final de Campeonato Brasileiro, o Corinthians, embora tenha melhorado com a chegada de Mancini, ainda está muito longe do ideal e oscilando muito. Incapaz de manter uma regularidade positiva, ainda não tem assegurada sua vaga nem na Pré Libertadores, (G6). Para o Timão, parece que o Brasileirão é um estacionamento, pois o que lhe resta é apenas a busca de uma vaga. Muito pouco para um time com tantas glórias e conquistas. Mas, se pela proteção dos deuses do futebol, o Corinthians conquistar a classificação para o torneio continental, vai precisar de alguns reforços para não repetir a vergonha que passou em 2020 ao ser eliminado na sua fase preliminar.

Com o resultado o Timão, com 45 pontos em 31 jogos, com 12 vitórias, 9 empates, 10 derrotas e 48% de aproveitamento ocupa a 9ª posição no Campeonato Brasileiro. E terá que buscar fora de casa os pontos que não conseguiu na Neo Química Arena. O Red Bull Bragantino, com apenas um ponto a menos em 32 jogos está em 11º lugar com 11 vitórias, 11 empates, 10 derrotas e 46% de aproveitamento.

O próximo compromisso do Timão será contra o Bahia na quinta feira, 28/01, às 19:00 horas (horário de Brasília) na Arena Fonte Nova, em Salvador, Bahia, em jogo atrasado da 30ª rodada. O Red Bull Bragantino enfrentará o Internacional no domingo, 31/01, às 18:15 horas, no estádio Beira Rio, em Porto Alegre, RS. 

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