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Mostrando postagens de março, 2018

Superando limites

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Foi o jogo da superação.  Superação do placar adverso, revertido aos 47 minutos da etapa final, numa magistral cobrança de escanteio pelo Clayson para uma cabeçada certeira do Rodriguinho.  Superação do adversário na cobrança de pênaltis, com impecável participação do goleiro Cássio, que sempre cresce nas decisões.  Superação do cansaço da viagem do Fagner, que voltou da Alemanha, onde estava com a seleção brasileira, direto para o jogo em Itaquera. Superação da contratura da coxa do Rodriguinho que, mesmo jogando no sacrifício, fez o gol que levou à decisão por pênaltis.  Superação da condição física do Clayson que, mesmo com câimbras, cobrou o escanteio com perfeição.  Superação da idade do Emerson, que correu como um garoto, e foi o melhor jogador do primeiro tempo.  Superação da pouca experiência do Pedrinho e do Matheus Vital, que compensaram a pouca idade com muita qualidade, com a bola rolando e na cobrança dos pênaltis.  Superação da torcida anti e de parte d

Misto frio

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O mistão do Corinthians sucumbiu no Morumbi. Foi um jogo feio, muito fora dos padrões dos times do Carille. Os desfalques pesaram e fizeram muita falta. Dessa vez Carille não conseguiu tirar leite de pedra e sofremos os 90 minutos. Mesmo com três volantes, o time não conseguiu parar o adversário, a defesa vacilou, o meio campo pouco criou e o ataque pouco finalizou. Faltou organização, faltou entrosamento e faltou concentração. Os jogadores pareciam perdidos, errando passes e perdendo a bola. Com sete ausentes (Fagner, Balbuena, Renê Júnior, Jadson, Rodriguinho, Clayson, Romero) a comissão técnica alvinegra não conseguiu montar um time capaz de segurar o motivado time tricolor, que sentiu menos os seus desfalques (Anderson Martins, Edimar, Júnior Tavares, Hudson, e Valdívia, Rodrigo Caio, e Cueva). E tudo indica que a ausência inesperada de Rodriguinho, que se contundiu no aquecimento, desnorteou ainda mais o time, que já vinha bastante remendado.  Carille pecou por excesso de zel

O avesso do avesso

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Se no Pacaembu o Corinthians fez um jogo do avesso, em Itaquera o time se redimiu e fez uma ótima partida. O jogo foi o avesso do avesso, um dos melhores do ano, em que não faltou raça nem vontade e sobrou técnica e tática. Incrível a capacidade do Carille fazer a leitura do jogo e de se reinventar conforme o estilo do adversário, bem como sua coragem em mudar o que precisa ser mudado. O jogo começou intenso, com o Bragantino marcando muito e o Timão buscando os gols. Na retranca e fazendo muita cera, o adversário tentava parar um Corinthians concentrado, focado e aguerrido, muito diferente do time que jogou no Pacaembu.  Pressionado pelo resultado adverso do jogo de ida e precisando da vitória por dois gols, Carille mudou o esquema tático para o 4-2-3-1, colocou em campo jogadores mais altos para contrapor à bola aérea do Bragantino, e as mudanças surtiram o resultado esperado. Com boa movimentação, mas sem afobação, embora bem marcado, o time mostrou um bom poder ofensivo, var

Que papelão meu Timão!

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Desconcentrado, desligado e de salto alto, achando que venceria na hora que quisesse, o Corinthians perdeu o jogo, mesmo atuando  no Pacaembu e com a maioria da torcida. Não sei se menosprezou o adversário ou se ainda estava de ressaca da Libertas, mas o fato é que o time não jogou nada e titubeou, pondo em risco a classificação para a próxima fase. Carille também deu suas mancadas ao escalar Emerson, que já não mais aguenta três jogos seguidos num curto intervalo de tempo, em deixá-lo até o final do jogo, quando já dava sinais de estar pregado, em colocar Matheus Vital tardiamente, aos 32 minutos da etapa final, e em não relacionar Matheus Matias nem para o banco. Precisando fazer gol, não tínhamos opções confiáveis no banco, pois, infelizmente, Júnior Dutra, Kazim e Lucca não passam a menor credibilidade. Após dois jogos desgastantes, contra o Botafogo e contra o Deportivo Lara, deveria ter poupado os mais desgastados e colocado sangue novo em campo.  Com 61% de posse de bola, o

Emerson Sheik continua calando bocas

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Melhores momentos Ele já calou o Boca Juniors e continua calando outras bocas. Bocas corneteiras, bocas anti corintianas e até mesmo bocas de corinthianos que acharam que ele voltou ao Corinthians para ser homenageado e para se aposentar. Emerson é um jogador malandro, o rei da catimba, oportunista e brigador e que sabe muito bem, usar tudo isso a seu favor. Ao mesmo tempo que é ovacionado pela torcida, já conseguiu irritar-nos com excessos de cartões e suspensões. Mas na hora decisiva não nega fogo e resolve a partida. Sua volta ao time foi vista com desconfiança, mesmo por muitos dos que reconhecem sua importância na conquista de vários títulos. " Está velho" , diziam alguns. " Ex jogador" ... " Está fora de forma" , diziam outros. " Veio só para se aposentar no time do coração" ... E teve até quem achou que veio para explorar o Corinthians e levar vantagem pessoal.  Mas, para surpresa de muitos, ele chegou focado, determinado e su

Misto quente do Timão bota fogo no jogo

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Gols Com um time misto, o Corinthians foi para Ribeirão Preto enfrentar o Botafogo-SP, no último jogo da etapa classificatória do Campeonato Paulista. Num campo seco e sob um sol escaldante, os dois times tiveram um início pouco produtivo e com poucas chances para ambos os lados. Após a parada para hidratação, o Timão voltou com uma atuação mais ofensiva e o jogo começou a se encaixar. Na etapa final, com mais sombra no campo, o mistão do Corinthians esquentou e logo aos quatro minutos,   Maycon deu ótimo passe para Romero que avançou pela direita, deslocou o marcador (que foi parar no chão) e cruzou com perfeição na cabeça de Henrique, que testou firme e abriu o placar. E assim saiu o primeiro gol, numa jogada iniciada e concluída pelo zagueiro. Aos 39 minutos Pedrinho fez um lançamento perfeito para o Gabriel que se lançou ao ataque e encobriu o goleiro adversário, marcando um golaço.  Além do calor e das condições do gramado, muito seco e dificultando a bola rolar, também

Jogo ruim, resultado bom

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GOL Foi um jogo feio e duro de assistir. O Corinthians deu muito espaço ao Mirassol e chegou, em alguns momentos, a tomar sufoco. Os jogadores pareciam cansados e desconcentrados. Levamos alguns sustos e erramos muito: 11 finalizações, (para 5 certas), 30 cruzamentos e 38 passes. Tivemos 62% de posse de bola, mas o time não sabia o que fazer com ela. Felizmente, os erros dos adversários, que finalizaram 11 vezes e só acertaram uma, impediram que eles abrissem o placar.  Com algumas alterações no time considerado titular, sofremos com o desentrosamento e com a falta de ritmo de jogo de alguns jogadores. Mesmo assim, o saldo foi positivo para os estreantes Ralf e Sidcley. Com uma atuação segura, o volante, que não entrava em campo desde novembro, quando ainda atuava na China, teve um desempenho acima do esperado e mostrou que será muito útil numa temporada com tantos campeonatos e jogos. Embora pouco exigido pelo ataque adversário, bem posicionado, fez boas jogadas, deu chapéu e

#REPEITAASMINAS: muito mais que uma hashtag na camisa

Incomoda-me a concepção, ainda presente no mundo esportivo, de que futebol é assunto de homem. Apesar das conquistas do movimento feminista, ainda existe em nossos dias quem conceba a sociedade com papéis específicos e delimitados pelo sexo, considerando determinados assuntos e atividades como exclusivos e inerentes à condição sexual das pessoas. Os que assim pensam delimitam o que cada sexo pode e deve fazer e quais os interesses apropriados a cada um em função das suas características biológicas. Obviamente, tal concepção acarreta inúmeros preconceitos e discriminações bem como a exclusão. E um dos tabus decorrentes dessa visão estreita é delimitar o futebol ao universo masculino e  tentar excluir a mulher do mundo do futebol.  Consequentemente, a mulher que se interessa por futebol encontra uma série de barreiras nas suas diferentes formas de participação, seja como profissionais (jogadoras, árbitras, técnicas e jornalistas), como dirigentes ou como torcedoras.  No Brasil

Duplo apagão

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O resultado não foi um desastre, mas temos que lamentar o duplo apagão no Pacaembu, o da energia elétrica e o da energia do Timão. Num Pacaembu sucateado e mal cuidado, a falta de energia tem sido recorrente e faz parte do projeto privatista do prefeito da capital para favorecer seus amiguinhos da iniciativa privada e alijar a população das oportunidades de cultura, esporte e lazer que são oferecidas no estádio. A luz voltou após cerca de uma hora, mas a energia do time continuou apagada e acabamos cedendo o empate. E ainda ficou barato, pois o árbitro aliviou ao não marcar o pênalti cometido pelo Balbuena.  Na realidade, após o gol do Renê Júnior o time se acomodou. Não conseguindo ficar com a bola, cedeu muitos contra ataques ao Santos, desperdiçou seus próprios contra ataques e finalizações. Jadson pouco criou, sobrecarregando o Rodriguinho, e Clayson fez um dos seus piores jogos com a camisa do Timão. As substituições do Carille, que trocou Clayson pelo Júnior Dutra e Jadson p

Millonarios, pero no mucho

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Embora não tenha sido um jogo bonito, o Corinthians conseguiu trazer um ponto da Colombia e não sofreu muito na altitude de 2640 metros. Esperava mais do time colombiano que, principalmente no primeiro tempo teve um melhor desempenho que o Corinthians, mas não soube aproveitar as oportunidades, desperdiçando todas suas chances. O Timão iniciou o jogo com o mesmo esquema tático que venceu o Palmeiras, mas, sem o Rodriguinho e com o Jadson pouco inspirado, Carille mudou para o 4-2-3-1, com o Matheus Vital atuando mais à frente. Na etapa final o Corinthians voltou mais embalado e, embora superior ao time anfitrião, não conseguiu abrir o placar. O lance mais perigoso foi uma bola na trave do zagueiro Henrique, que pegou o rebote de um escanteio.  Tivemos menos posse de bola (43%) e finalizamos pouco, apenas cinco vezes, três certas e duas erradas, contra onze finalizações do Millonarios, uma certa e dez erradas. Defensivamente, a linha de impedimento funcionou. Mas, ofensivamente, fic