Emerson Sheik continua calando bocas

Melhores momentos
Ele já calou o Boca Juniors e continua calando outras bocas. Bocas corneteiras, bocas anti corintianas e até mesmo bocas de corinthianos que acharam que ele voltou ao Corinthians para ser homenageado e para se aposentar. Emerson é um jogador malandro, o rei da catimba, oportunista e brigador e que sabe muito bem, usar tudo isso a seu favor. Ao mesmo tempo que é ovacionado pela torcida, já conseguiu irritar-nos com excessos de cartões e suspensões. Mas na hora decisiva não nega fogo e resolve a partida. Sua volta ao time foi vista com desconfiança, mesmo por muitos dos que reconhecem sua importância na conquista de vários títulos. "Está velho", diziam alguns. "Ex jogador"... "Está fora de forma", diziam outros. "Veio só para se aposentar no time do coração"... E teve até quem achou que veio para explorar o Corinthians e levar vantagem pessoal. 
Mas, para surpresa de muitos, ele chegou focado, determinado e superou as expectativas mais otimistas. Mudou hábitos alimentares, diminuiu a vida social, trabalhou forte e mostrou que nos momentos decisivos tem condições de assumir a bronca e ser útil. Sabe usar a malandragem, sabe fazer valer a experiência e seu físico privilegiado. Pode não aguentar um jogo inteiro nem atuar em todos os jogos, mas como bom tempero, na medida certa, é capaz de dar sabor e fazer a diferença no cardápio. E servir de referência e de ponto de apoio para os mais jovens. Sim, sua presença deixa o time mais encorpado, mais cascudo. 
Contra o Deportivo Lara, embora tenha chamado o jogo e se movimentado bastante, não foi brilhante, mas foi o melhor em campo. Aliás, o time todo ficou devendo, pois sempre temos dificuldades de jogar contra times retrancados. E o Deportivo Lara veio para buscar o empate, jogar por uma bola e tentar beliscar uma vitória, como fez contra o Independiente. Mas só faltou combinar com a defesa do Corinthians, que segurou suas poucas investidas. 
Gols
Mas faltava a cereja do bolo, o gol não saia e um empate em casa não seria um bom resultado para o Timão. Somente aos 19 minutos da etapa final saiu o primeiro gol. Sheik recebeu lançamento de Fagner dentro da área e abriu para Romero que devolveu a ele com um belo cruzamento. Emerson cabeceou no canto do goleiro Salazar e abriu o placar. Com o gol, mais aliviado, o Corinthians pressionou o adversário até que aos 31 minutos Rodriguinho avançou pela esquerda, cruzou na área e o zagueiro Pernía desviou, encobrindo Salazar, que já estava saindo do gol. 
Mesmo com maior posse de bola (63%) e com 12 finalizações (7 certas e 5 erradas), o Corinthians sofreu com a retranca venezuelana. Algumas finalizações foram fracas e facilmente defendidas pelo goleiro deles. A vitória teria sido menos sofrida com chutes a longa distância. Felizmente, a experiência do Sheik, o melhor em campo, abriu o caminho para a vitória. Também merecem destaque as atuações de Romero, que deu assistência para o primeiro gol, da dupla de zaga, do Fagner e do Clayson, o que mais levou perigo ao gol adversário. O pior em campo foi o Júnior Dutra, que se atrapalhou sozinho e apanhou da bola. 
O placar poderia ter sido maior se, além dos gols perdidos, o árbitro tivesse assinalado dois pênaltis a favor do Timão. Romero foi atingido pelo goleiro colombiano e Balbuena foi agarrado pela camisa, (ambos dentro da área), deixando de alcançar a bola devido ao puxão do zagueiro venezuelano. 
Com o resultado e a vitória do Independiente sobre o Millonarios, o Corinthians, com 4 pontos, assumiu a liderança do Grupo 7. O Independiente, com 3 pontos, é o 2º colocado, com o mesmo número de pontos do Deportivo Lara, mas com maior saldo de gol. O Millonarios, com apenas 1 ponto, é o lanterna do Grupo 7. 

Créditos e fontes de imagens e vídeos 
globoesporte.globo.com-Marcos Ribolli/globoesporte.globo.com-Ramón Medina/globoesporte.globo.com 
youtube.com/Ligados no Timão-globo.com 
lance.com.br
youtube.com/Soccer Gols HD
Marcos Ribolli/globoesporte.globo.com 

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