2013, o ano para não esquecer - E para não repetir

O ano começou alvissareiro. Com muita alegria e cheio de esperança. Bi mundial, campeão invicto da Libertadores, elenco reforçado e em lua de mel com a torcida. Nação Corinthiana em estado de graça. Corinthians favorito pra ganhar tudo.
Veio o campeonato paulista com o elenco principal em férias devido ao mundial de clubes e com ele os primeiros tropeços do ano. Mas, tudo bem, começamos com time misto e até o Zizao, café com leite, foi escalado. Não tem problema, não... classificam 8 times. E assim, apesar de uma campanha sem brilho, onde perdemos até do Linense, conseguimos a classificação  e o 27º título do Paulistão. Saldo positivo do campeonato de um nível técnico baixíssimo: o troféu de campeão e um jogo e meio muito bons, a vitória sobre a Ponte Preta nas quartas de final e o 1º tempo da final contra o Santos, no Pacaembu.
Veio a Libertadores e com ela muitos dissabores. Começamos mal em campo e fora dele. Empatar com o San Jose é muito pouco para um campeão mundial. Mas, isso não foi o pior. A morte de Kevin Spada, a prisão, sem provas, de corinthianos, um processo mal conduzido e o mundo contra o Corinthians, incitado pela mídia e pelos ântis raivosos, o tropeço na grama sintética, jogos sem torcida e muito estresse, culminaram no péssimo jogo contra o Boca Juniors em Buenos Aires e deram oportunidade para a ação maldosa e orquestrada do Amarilla no Pacaembu roubar não só o jogo, mas nossos sonhos e nossas esperanças. A ação foi tão descarada e vergonhosa, que acabou ocultando nossa mal performance no campeonato continental.
Mas, logo nos consolamos, pois ganhamos a Recopa e nem nos demos conta de que tínhamos apenas empurrado bêbado no precipício. O adversário estava em péssima fase e vencê-lo foi tarefa fácil.
Assim, iludidos com dois títulos ganhos do "ninguém futebol clube" fomos para o Brasileirão, aspirando o hexacampeonato. Mas, mesmo com o elenco mais caro do país, com jogadores de bom nível técnico, com alguns novos jogadores contratados, os bons resultados rarearam e chegamos até a flertar com a zona de rebaixamento, de cuja ameaça só nos livramos na 34ª rodada.
E terminamos o campeonato em 10º lugar, com 11 vitórias, 17 empates, 10 derrotas, 27 gols marcados, 22 gols sofridos e há apenas 4 pontos do 1º time da zona de rebaixamento. E perdendo para o Náutico, o pior time do campeonato, o 1º a ser rebaixado.
E, como se isso não bastasse, ainda fomos eliminados da Copa do Brasil, nos pênaltis, pelo Grêmio. Num campeonato em que ninguém jogou nada, em que perdemos até do Luverdense, time da 3ª Divisão, a conta caiu no colo do Pato que, ridiculamente, desperdiçou um pênalti. Mas, não podemos esquecer que Edenílson e Danilo, também desperdiçaram suas cobranças e que nos dois jogos contra o Grêmio, todo o time foi mal. Apesar da mancada do Pato, que acabou livrando a comissão técnica, diretoria e demais jogadores da responsabilidade pelo fracasso, seria mais justo que, assim como numa chopada entre amigos, a conta fosse rachada entre todos.
Sei que não adianta chorar pelo leite derramado, mas, sei também que tem que limpar logo o fogão para o leite não grudar e ficar atento para não mais derramá-lo. Foi um ano frustrante, em que o time involuiu e teve uma péssima atuação no 2º semestre, sendo eliminado da Copa do Brasil, com seu rendimento despencando e no 2º turno do campeonato nacional, ocupando o 18º lugar na tabela, com apenas 20 pontos em 19 jogos disputados, com 4 vitórias, 8 empates, 7 derrotas, 8 gols marcados, 14 gols sofridos e com um saldo de gols negativo (-6).
Diante de tão fraco desempenho, já passou da hora de fazer um diagnóstico preciso das causas desse desastre do campeão mundial. E de buscar estratégias capazes de reverter essa situação.
Embora muitos tenham vontade de esquecer o que aconteceu em 2013, precisamos lembrar de tudo o que ocorreu para não repetir os seus erros. Diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida, precisam abandonar as justificativas e as desculpas, assumindo seus erros e por eles se responsabilizando. 
Aprender com os erros para não repeti-los e para corrigi-los, eis o desafio para o Corinthians em 2014. Não será negando os erros cometidos que será possível recolocar o Corinthians no seu devido lugar, no topo do futebol mundial. É preciso ter maturidade suficiente para encarar a realidade, lembrando-se que não se deixa uma casa limpa, varrendo o lixo pra debaixo do tapete.

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