Vergonhabilidade



Não existe outro termo para descrever o último jogo do Corinthians no Brasileirão. Tomar gol do pior ataque do campeonato (22 gols, incluindo um contra nós) e não conseguir marcar na pior defesa (79 gols sofridos) é para envergonhar qualquer time que se preze. Se o clima era de fim de feira, nada se aproveitou da xepa. Estava tudo impróprio para consumo.
Com 10 jogadores de férias, o Timão entrou no gramado com a postura de um timinho. Desorganizado, desentrosado e desorientado em campo, sem criatividade, errando passes e sem pontaria, nada produziram de aproveitável. Até chutaram pro gol, mas das 20 finalizações, 12 foram para fora. 
E o técnico, a beira do gramado, estava muito mais focado nas homenagens da torcida que no próprio jogo em si, como ele próprio admitiu. 
Foi percebido por todos e comentado na imprensa que Tite não deu muita importância ao resultado da partida. Ao invés de lamentar a derrota por 1 a 0 para o Náutico, pior time do Campeonato Brasileiro, ele preferiu enaltecer as homenagens feitas a ele e ao lateral direito Alessandro, que se aposentou. 
“É claro que eu queria vencer, mas isso talvez valesse menos do que as homenagens que o Alessandro e eu tivemos, de uma maneira até surpreendente". 
Durante o jogo, ele não conseguiu repetir o seu ritual para empurrar o Corinthians ao ataque. Emocionado, preferiu ficar sentado durante boa parte do tempo, e não em pé, gesticulando e berrando com os jogadores. E admitiu estar sem energia no último embate.
“Foi uma das poucas vezes em que o banco de reservas foi meu parceiro. Deixei o Sylvinho (auxiliar de Tite) passar as orientações porque estava me faltando energia”.
Ao descrever as sensações do seu último dia como técnico do Corinthians, Tite concluiu com a frase "Confesso que vivi".
Mas, enquanto ele vivia, o futebol do Corinthians morria. E, assim, encerramos nossa participação no campeonato brasileiro pelas portas do fundo, perplexos diante de uma campanha medíocre, mesmo tendo o elenco mais caro e qualificado do país.
Terminamos em 10º lugar, com 11 vitórias, 17 empates, 10 derrotas, 27 gols marcados, 22 gols sofridos e há apenas 4 pontos do 1º time da zona de rebaixamento.
Por mais que eu tente, não consigo me conformar com este fraco desempenho no ano de 2013. Iniciando o ano como campeão mundial e como favorito à vários títulos, só conseguimos ganhar dois, um num campeonato de nível muito baixo e outro contra um time que estava em frangalhos. E, depois não jogamos quase nada e despencamos em queda livre.
Apesar dos percalços, espero que a diretoria tenha aprendido com os erros deste ano e tenha a coragem necessária para reformular o time, livrando-se dos jogadores que não têm mais condições de vestir nossa camisa, dando oportunidade aos que pouco jogaram e contratando reforços para as posições deficitárias. Mas, isso será objeto de um outro post.

Créditos e fontes de imagens
globoesporte.globo.com
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MAON

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