INDIGNAÇÃO SELETIVA

Seria cômico se não fosse trágico. Bastou um erro de arbitragem a favor do Corinthians para as senhoras de Santana do futebol emergirem de suas tumbas e pousarem de moralistas indignadas. Onde estava esse bando de fariseus quando o Corinthians sofreu um gol de mão do Luiz Fabiano no jogo de ida contra o Vasco no primeiro turno do Brasileirão? E quando o Timão foi prejudicado contra o Flamengo e contra o Coritiba, com gols mau anulados? E quando, no jogo de domingo, dois pênaltis a favor do Corinthians não foram assinalados? 
Todos sabemos que a arbitragem brasileira é horrível, despreparada e que tem árbitros caseiros e clubistas. Mas isso não justifica a indignação seletiva nem a má fé de pseudos jornalistas mau intencionados, clubistas e anticorinthianos. Querer julgar o caráter de um jogador quando não se tem ética nem isenção profissional ou quando se pratica a indignação seletiva é o mesmo que colocar Fernandinho Beira Mar para combater o crime organizado. Ou se desconhece as regras do futebol ou as ignora quando lhes é conveniente. E por falar em regras do futebol, ela é bem clara quando declara que o que determina bola no braço ou braço na bola é a intenção do jogador. Gostemos ou não, a regra é interpretativa e não objetiva. E quem pode provar que Jô teve a intenção de empurrar a bola com o braço? À aqueles que acham que Jô deveria se acusar, lembramos um princípio básico do direito que afirma que ninguém é obrigado a produzir prova contra si mesmo. 
Mas, para encerrar a polêmica, anule-se o gol do Jô contra o Vasco e nos devolva os do mesmo Jô contra o Flamengo e o Coritiba. Se é para fazer justiça, que se faça plenamente e não parcialmente. O que não é lícito é a indignação seletiva e o clamor de justiça apenas quando esta está de acordo com os interesses pessoais de anticorinthianos e de maus profissionais.

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