Corinthians X Palmeiras - Pré-jogo

No limiar da batalha final da guerra pelo pentacampeonato, só resta um jogo e só falta um ponto. Dependemos só de nós e basta um empate pra colocarmos as mãos na taça. O campo da batalha será a nossa casa, o Pacaembu, diante da nossa torcida que, com muita antecedência, esgotou todos os lugares. O adversário da vez, nosso velho conhecido, anda meio baleado, mas virá com tudo.  Para o Palmeiras, este é o jogo da salvação de um ano de fiascos e eliminações sucessivas e uma vitória sobre nós terá o valor simbólico de recuperação de um ano perdido. A diretoria prometeu aos jogadores um bicho de dragão, levando-os a supor que estarão jogando uma final de campeonato. Só se esqueceram que nosso padroeiro é São Jorge, o exterminador de dragões. 
Durante toda a semana a imprensa anti agitou, provocou, criou factoides, espinafrou a vontade, alimentando a intriga e a fofoca. A torcida adversária foi engrossada com torcedores de outros times que nada mais aspiram no campeonato. A torcida vascaína foi potencializada com a adesão daqueles que não tendo time para torcer, não relutam ao final de cada campeonato em adotarem um time diferente para poderem fazer a catarse de suas frustrações.
Vamos para o jogo com alguns desfalques importantes. Ralf, Danilo  e Émerson estão suspensos e serão substituídos, respectivamente por Wallace, Alex e Jorge Henrique. O zagueiro Wallace, por ser forte na marcação e eficiente na bola aérea, atuará improvisado como 1º volante. Tite explicou que os volantes de origem, Moradei e Bruno Octávio, estão sem ritmo de jogo, além de necessitar compensar a altura nas bolas altas do adversário, devido as ausências de Ralf e Danilo. O Adversário tem como sua principal arma a bola parada e Wallace é um bom cabeceador. Como  1º volante, ele será o responsável pelo início das jogadas, desempenhando, também papel importante na bola aérea. Deverá ficar mais posicionado enquanto Paulinho jogará com mais liberdade. Com a entrada de Alex, o time ganha em movimentação, criação e nas jogadas de bola parada, pois ele é um exímio cobrador de faltas e de escanteios. 
Com Jorge Henrique há ganhos na marcação e perda na ofensividade. O esquema tático será o mesmo dos jogos anteriores, o 4 2 3 1,  com Alex na armação, William e Jorge Henrique pelas pontas e Liedson como homem de referência na área. Mas, com Jorge Henrique ele, em determinados momentos, poderá mudar para um 4 4 2. Além disso, com o atacante mais voltado para a marcação, ao contrário de Émerson que avançava mais para o ataque, William terá que se movimentar e avançar mais. O time precisa estar atento para não cometer faltas próximo da área, pois esta é a jogada mais perigosa do adversário. E anular o Valdívia pra que a bola deles não chegue ao ataque. Na ausência do Ralf Pitbull, esta tarefa será de Wallace, de quem esperamos a raça, a braveza e o devotamento de um Rottweiler. 
Ficha Técnica: Corinthians X Palmeiras
Local: Estádio Municipal do Pacaembu, São Paulo, Estado de São Paulo
Data: 04/12/2011, domingo
Horário: 17 horas (horário de Brasília)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme
Auxiliares: Émerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse
Corinthians: Júlio César; Alessandro, Paulo André, Leandro Castán e Fábio Santos; Wallace, Paulinho e Alex; Jorge Henrique, Liedson e William. Técnico: Tite
Palmeiras: Deola; Cicinho, Thiago Heleno, Leandro Amaro e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção,Patrick e Valdívia; Luan e Ricardo Bueno. Técnico: Luiz Felipe Scolari
O banco de reservas do Corinthians terá os seguintes jogadores: Danilo Fernandes (goleiro), Chicão (zagueiro), Welder (lateral), Moradei (volante); Edenilson e Ramires (meias) e Adriano (atacante).
O final do último treino do time foi fechado para a imprensa.
Neste momento decisivo a Nação Corinthiana encontra-se inquieta e ansiosa. Até parece que somos nós que entraremos em campo. E não poderia se diferente. Estamos muito próximos do título, pois dependemos só de nós. Hoje não estamos reféns das entregadas, mas, sabemos que não podemos vacilar. Vamos jogar em nossa casa, com a nossa torcida apoiando e dependemos só de um empate para o pentacampeonato. No entanto, não podemos jogar pra empatar, nem ficar esperando pra jogar no contra ataque. Temos que tomar a iniciativa do jogo e mostrar logo quem manda no Paca. Nosso time é muito superior ao time do adversário e precisamos fazer valer essa superioridade. Ir pra cima, mas sem afobação. Ser firme na marcação e evitar faltas nas proximidades da área para que eles não se beneficiem da única jogada que pode nos ameaçar. 
De fundamental importância para a vitória, o controle emocional vai fazer a diferença. Esperamos do time a frieza de um iceberg, além de muita garra e determinação. Somos superiores na técnica, temos um esquema tático que vem dando bons resultados, mas, na hora do "vamo vê," o diferencial vai ser o coração. Eles jogam para destruir nosso sonho e nossa esperança. Nós jogamos pelo título e vamos jogar com confiança. Eles jogam por uma saída honrosa de um campeonato fracassado. Nós jogamos pelo Pentacampeonato. Eles jogam por um bicho por eles comparados a um dragão. Nós somos protegidos por Jorge da Capadócia, o destruidor de dragões. Eles brigaram o ano inteiro. Nós temos um grupo amigo, coeso, unido e companheiro. Eles tem uma torcida de modinha, que para se realizar, quando chega o fim do ano, sai em busca de outro time pra ter o que comemorar. Nós nos realizamos apenas por sermos corinthianos.
Ficaria a noite inteira enumerando nossas diferenças. Mas, não é preciso. Nós nos conhecemos e sabemos que podemos ser campeões. Nós não apenas temos um time para torcer. Nós somos uma Nação que, neste momento decisivo, está unida e irmanada por um único desejo, por um único pensamento e pelo mesmo sentimento, ver o Corinthians mais uma vez, ser campeão. E será com esse desejo e com muita paixão, que daqui a algumas horas, seremos mais de 30 milhões de pessoas vibrando e torcendo pela vitória de nosso Timão. Nas mãos, nos pés e na cabeça de cada jogador depositamos nossa esperança, nosso sonho e nossa confiança, na certeza de que o trabalho realizado possibilitar-nos-á soltar o grito de  campeão!


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Comentários

  1. CAVERÃO DO TIME DO DR SÓCRATES...


    “Quando cheguei ao Parque São Jorge eu disse, com absoluta frieza, que não era corinthiano, que era até anticorintiano. Hoje, com a carreira encerra...da, digo com a mesma tranquilidade que sou corintiano até morrer. Eu, que sempre digo que não mudaria nada em minha carreira, se pudesse começar tudo outra vez, talvez, na verdade, mudasse uma coisa, algo totalmente inviável, mas enfim: se pudesse, eu gostaria de ter nascido no Parque São Jorge. Porque a torcida faz isso com você. Já vi moleque mudar de time só com a visão do que a torcida corintiana é capaz de fazer num estádio.” (Sócrates, em entrevista a Juca Kfouri no livro Corinthians Paixão e Glória)

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