Copo meio cheio ou copo meio vazio?

Para uns, empatar fora de casa com o atual campeão da Libertadores foi um bom resultado. Para outros, pelo que jogou, o Corinthians saiu no lucro, o time não soube aproveitar a inter temporada forçada, sentiu a falta de ritmo de jogo e repetiu os mesmos erros do Paulistão.
De fato, enfrentamos um time arrumado e bem postado e se não fossem as defesas do Cássio e os chutes para fora dos atleticanos, o resultado teria sido pior. Mas, não dá para comemorar o resultado nem ficarmos satisfeitos com o desempenho do time que errou 31 passes, contra 19 erros do adversário e, apesar de finalizar 14 vezes, não conseguiu fazer o gol. Quatro finalizações foram bloqueadas, três defendidas e sete foram para fora.
Se a defesa melhorou, o meio campo, com três volantes, pouco criou. Mas, não dá para colocar a fatura só na conta do Mano, pois o time treinou sempre com dois meias e na hora decisiva, o Renato Augusto, novamente, teve um problema físico. Isso é que dá comprar jogador com histórico de lesão e que tem mais horas de Departamento Médico do que de gramado.
Com Ronaldinho Gaúcho e Jadson apagados, Diego Tardelli e o estreante Petros orquestraram as ações ofensivas, mas os goleiros apareceram bem nos momentos em que as defesas foram superadas e mantiveram o placar zerado.
Com a 3ª pior pontaria da rodada, o ataque do Corinthians só não foi pior que os do Internacional, que apesar de ter finalizado menos, fez 1 gol e venceu o Vitória, e o do Figueirense, que foi derrotado pelo Fluminense. O Corinthians teve 21% de finalizações certeiras, o Figueirense 20% e o Internacional 17%. 
 
A entrada do Guerrero, que apesar de ter perdido um gol cara a cara com o goleiro, deu outro gás ao time e evidenciou o erro de escalação do ataque alvinegro. Luciano ficou uma semana fora, treinando com a seleção sub 21 e mesmo assim Guerrero treinou com os reservas. Malcon substituiu Luciano nos treinos, mesmo sabendo que não iria começar jogando. Luciano chegou no sábado e já foi integrado à equipe titular. Não precisava ser profeta para saber que não iria dar certo.
Ainda analisando o ataque, cheguei a conclusão que a mãe do Romarinho deve ter voltado para Palestina, pois ele não rendeu nada e está precisando de uma boa bronca. Só acertou quando afirmou que faltou movimentação no ataque. Nos contra ataques, os jogadores estavam lentos, chegando a parar no meio campo e dando tempo para a defesa adversária se recompor. 
As substituições finais, de ambos os lados, não conseguiram mudar o jogo. Com Ronaldinho e Jadson apagados, sem criatividade e com erros de finalizações, o resultado manteve-se inalterado. Com mais volume de jogo, o Atlético-MG teve dificuldade em criar oportunidades frequentes e não conseguiu superar um Corinthians marcando do meio de campo para trás. O Timão, por sua vez, errou muitos passes, perdeu contra ataques e errou muito nas finalizações.
Faltou ao Corinthians alguém capaz de incendiar o jogo, de chamar a responsabilidade de liderar dentro de campo. O time parecia jogar para não perder e não para ganhar. Se pontuar era a meta estabelecida pelo técnico Mano Menezes, o que ficou claro em suas substituições, o resultado foi satisfatório. 
Os dois times saíram reclamando da arbitragem. Os atleticanos reclamaram de um pênalti cometido por Luciano, no primeiro tempo, e os corintianos pediram penalidade máxima de Pierre no lance em que Guerrero parou em Victor, já nos minutos derradeiros.
Merece destaque a estreia do recém chegado Petros, que apesar da falta de entrosamento com o novo time, não sentiu o peso da camisa e foi um dos melhores em campo. Escalado pela esquerda no losango do meio-campo alvinegro, o recém-chegado armou algumas boas jogadas, foi quem mais sofreu faltas (cinco) e ainda finalizou duas vezes para o gol, levando perigo para Victor.
Mano Menezes aprovou o desempenho e o resultado do time.
“Gostei. A gente não fica plenamente satisfeito com o empate, porque é um longo percurso e precisamos brigar pela vitória sempre. Mas, considerando a qualidade do adversário, o tempo que ficamos sem jogar, que gera uma falta de ritmo, a gente fica, se não na totalidade, parcialmente satisfeito” (...) “Houve uma evolução no sistema defensivo, muito mais seguro pelos lados. A gente chegou também três ou quatro vezes na frente com chances claras. A equipe esteve sempre bem posicionada, com saída dos dois lados”, afirmou o técnico. 
Na próxima rodada do Brasileirão, o Corinthians enfrentará o Flamengo no Pacaembu e o Atlético-MG o Grêmio, em Porto Alegre.
Melhores momentos
Ficha Técnica - Atlético-MG 0 X 0 Corinthians
Local: estádio Parque do Sabiá, em Uberlândia (MG)
Data: 20 de abril de 2014, domingo
Horário: 16 horas (de Brasília)
Árbitro: Heber Roberto Lopes (SC)
Assistentes: Wagner de Almeida Santos (RJ) e Michael Correia (RJ)
Atlético-MG: Victor; Alex Silva, Leonardo Silva, Otamendi e Emerson Conceição; Pierre e Leandro Donizete; Guilherme (Neto Berola), Ronaldinho, Diego Tardelli e Fernandinho (Marion); Técnico: Paulo Autuori
Corinthians: Cássio; Fagner, Cleber, Gil e Fábio Santos; Ralf, Guilherme (Bruno Henrique), Petros e Jadson (Zé Paulo); Luciano (Guerrero) e Romarinho; Técnico: Mano Menezes

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