Biruta de aeroporto

Ao analisar as atitudes e decisões da atual diretoria do Corinthians e o discurso de seus dirigentes, a primeira imagem que vem é a de uma biruta de aeroporto. Assim como esta muda sua direção conforme a variação do vento, os dirigentes do futebol alvinegro não sustentam por muito tempo o que dizem e suas decisões, com frequência, contradizem o discurso anterior. 
Alguns exemplos: 
O diretor de futebol garantiu a permanência de Cristóvão Borges na sexta feira e no domingo, após perder o derby, ele foi demitido no vestiário. Na ocasião, Roberto de Andrade afirmou que Carille seria o técnico até o final de 2016. Daí a oito jogos, Oswaldo de Oliveira, foi contratado e Carille voltou a ser auxiliar. Embora com contrato até dezembro de 2017, Oswaldo foi demitido por não ter conseguido classificar o time para a Libertadores, dando início à novas contradições. Após o atual diretor de futebol, traçar o perfil do próximo técnico, um brasileiro, vencedor, portanto, com alguns títulos no currículo, e de ter afirmado desconhecer Rueda, o técnico campeão da Libertadores, finalista da Sul Americana e 3º colocado no Mundial de Clubes da FIFA, o colombiano passou a ser o alvo principal da direção corinthiana. Alguns técnicos brasileiros declararam ter sido convidados para assumir o Corinthians e que recusaram o convite, o que foi negado pelo diretor do futebol alvinegro. Mas, eis que fomos surpreendidos com a efetivação do Fábio Carille no comando corinthiano. A surpresa foi porque, na demissão do Oswaldo, o presidente Roberto de Andrade afirmou categoricamente que o auxiliar não teria seu nome indicado para substituir o demitido. Assim, mesmo descartado pelo presidente, Carille foi o escolhido.
Esclareço que minha crítica não é ao Carille, mas à condução do processo e à forma como o Corinthians vem sendo dirigido, à ausência de um planejamento efetivo e à decisões tomadas de improviso e ao sabor do vento. Ninguém sustenta o que diz e as falas se contradizem da mesma forma que as ações contradizem as declarações.
Quanto dinheiro do clube foi gasto, e mal gasto, com apostas que não deram certo e que tiveram um desempenho inferior ao do prata da casa? Se Carille tivesse permanecido desde a saída do Tite, teríamos economizado dinheiro e ele teria uma sequência de jogos para mostrar seu trabalho e ser observado. Já que não corríamos o risco de rebaixamento e a Libertadores era uma aposta, que acabamos perdendo, teríamos melhor avaliação para efetivá-lo ou não. Hoje, sua contratação é uma aposta, que torço muito para que dê certo, mas não adianta torcer se os resultados não vierem. Como técnico efetivado, ele já começou a montar sua equipe de trabalho e deverá indicar os reforços que necessitamos. Um dos cotados para ser seu auxiliar é o técnico da base, Osmar Loss, em quem boto muita fé. Com orçamento limitado, não virão jogadores top de linha, mas sim apostas, que deverão juntar-se aos garotos promovidos da base. Mas, precisamos de pelo menos um zagueiro, um 1º volante, um meia de criação e um bom atacante que venham para vestir a camisa e jogar para valer, sem sentir o peso. Oxalá se consiga repetir a estratégia do futsal e, mesclando experiência e juventude, montar um time vencedor.
Como torcedora, só me resta torcer, vibrar, rezar e desejar sucesso ao Carille, à sua equipe e ao time que ele montar. 

Créditos e fontes de imagens
Fernando Dantas/Gazeta Press/gazetaesportiva.com-blog.seton.com.br
twitter.com/@Corinthians 
facebook.com/André Alves/TIMÃO AMOR MAIS FIEL

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