Corinthians, cadê você?

O que está acontecendo? Cadê o Corinthians? Fugiu? Desapareceu? Foi sequestrado? 
Por onde anda aquele time guerreiro, altaneiro, valente, limitado, mas cheio de brio e de vontade, superando suas limitações com muita garra e comprometimento? 
Por onde andam aqueles jogadores que suavam a camisa, que jogavam com raça, concentrados e atentos? Que não perdiam o foco, que honravam a camisa alvinegra, que se doavam em campo? Desertaram? Foram abduzidos? 
Há tempos o time perdeu o foco e a força. Está avoado, desconcentrado, e desequilibrado. Perdeu seu futebol, que se não era nenhuma maravilha, dava para o gasto e, com ele, ganhamos o Campeonato Paulista e assumimos a liderança do Brasileiro. Infelizmente, após o início do segundo turno, o time perdeu-se na falta de atenção e na queda do rendimento de jogadores até então fundamentais, deixando os bons resultados pelo caminho. Amargamos no segundo turno um rendimento de time na zona de rebaixamento, estamos queimando as gorduras acumuladas e corremos o risco de perdermos o campeonato, não para os adversários, mas para nós mesmos. 
O último jogo, que perdemos para o Bahia um time que luta para não cair, foi um festival de horrores, um verdadeiro filme de terror, com erros juvenis e muita afobação e desespero após levarmos o gol. Foi uma péssima partida com falhas na marcação, perdas de bola, passes errados, ausência de criação, displicência, nervosismo e descontrole emocional. 
Se os gols do Bahia decorreram de falhas individuais, o coletivo não possibilitou condições de reverter o mau resultado. Faltou entrosamento entre os setores do campo, faltou criatividade e Jô, novamente, ficou isolado e precisou buscar a bola no meio campo. Arana, Maycon, Jadson e Rodriguinho continuam jogando muito abaixo do que podem atuar. Romero continua apenas esforçado. Camacho não marca ninguém e se esconde no mito do bom passe. Fagner quis enfeitar a jogada e ferrou o time. Cássio quis ser herói, abandonou o gol e lacrou a tampa do caixão. Marquinhos Gabriel marcou bobeira e perdeu a bola quando não poderia perder. O talismã dessa vez não funcionou e, mesmo tendo no banco Pedrinho e Danilo, Carille insistiu com Giovanni Augusto, que mais uma vez mostrou que não serve nem para ser gandula. 
Com algumas exceções, em nossos jogadores estão sobrando tiriça, preocupação com o visual e participação nas mídias sociais e faltando foco e comprometimento. 
Carille, que foi bem no Paulista e no primeiro turno do Brasileirão, parece que perdeu a mão. O time não está rendendo, o esquema tático está mais que manjado, tem jogadores com péssima atuação, mas com cadeira cativa no time titular, e ele não apresenta nenhuma alternativa para melhorar o desempenho corinthiano. Parece ter um pacto de sangue com alguns jogadores. Ou seria falta de confiança nos reservas? Ou pressão da diretoria para vender jogadores? Ou medo de mexer e perder o grupo? O futebol é dinâmico, é momento e tem atletas que precisam de um chá de banco para saírem da zona de conforto. Carille e sua comissão técnica precisam ser mais ousados e, além da correção dos erros recorrentes dos fundamentos básicos, precisam buscar alternativas para melhorar o desempenho de seus comandados. Sem mudanças táticas e sem coragem de dar oportunidade para quem está em melhor momento, corremos o sério risco de perdermos o campeonato, não para os adversários, mas para nós mesmos. 

Crédito e fonte de imagem 
blogdojoaodesousa.com 

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