Apanhamos do Santos, do apito e da bola

Quem esperava uma sequência de vitórias e um jogo com raça só se frustrou. O time entrou em campo pra se defender e para empatar, sem pique, sem vontade e com um esquema tático confuso. Não bastasse isso, os boleiros ficaram devendo física e tecnicamente, quase não chutaram a gol, erraram passes de meio metro e foram engolidos pelo peixe. Uma vergonha.
O que vem caracterizando o Corinthians neste momento é a bipolaridade. Faz um jogo bom e no outro arrega. É incapaz de manter a regularidade. Jadson é o protótipo desta categoria, embora não seja o único. Já outros, conseguem manter uma certa regularidade. Atuam mal em todos os jogos. Edu Dracena é seu representante máximo, mas não o único. Vai mal em todos os jogos.
Mas, não dá para cobrar a fatura somente dos jogadores. Temos que cobrá-la, também de quem os treina e os escala. Quando a orquestra desafina com frequência, o maestro tem que ser cobrado, bem como quem o contratou e o mantém no cargo. O que dizer de um esquema tático que coloca um jogador de 1,73 metros para jogar de costas e ter que disputar a bola com dois zagueiros de quase 1,90 metros, ficando isolado na frente? E de manter no time um velocista que não sabe o que fazer com a bola? E não ter peito de mudar um goleiro que tem errado em todos os jogos? E que, com a desculpa de não queimar os garotos, não coloca os que vieram da base, mesmo sendo derrotado por times com quatro (Grêmio) e cinco (Santos) jogadores oriundos de suas respectivas bases? E que deu aval à contratação e mantém como titular um ex zagueiro em atividade?
Se não fosse pelo Ralf e pelo Gil, teríamos levado uma goleada. Mas, mesmo com o time perdendo e jogando mal, o treineiro demorou para mudar. E esperou o nervosinho Fagner ser expulso para colocar o Edilson, que assim como o Luciano, fizeram mais em 15 minutos do que o time todo. Com um a menos na defesa desde o início do jogo, (Edu Dracena é café com leite), com o meio campo com atuação meia boca e com um ataque de nervos, 1 a 0 ficou barato. E o gol impedido, (?) as duas bolas na trave e o pênalti não marcado só serviram para camuflar o mau desempenho corinthiano e dar munição para os berros do Tite no vestiário e seus lamentos na entrevista coletiva.
VOLTA CORINTHIANS
Ficha técnica: Santos 1 x 0 Corinthians
Local: Estádio da Vila Belmiro, em Santos (SP) 
Data: 20 de junho de 2015, sábado 
Horário: 16:30 horas (horário de Brasília) 
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (ESP-1)
Árbitro Assistente 1: Alessandro A. Rocha de Matos (FIFA)
Árbitro Assistente 2: Rodrigo Pereira Jóia (ESP-1)
Quarto Árbitro: Bruno Arleu de Araújo-RJ (CBF-2)
Público: 7.574 pagantes
Renda: R$ 255.965,00 
Cartões amarelos: Daniel Guedes, Rafael Longuine (2), Vladimir, Geuvânio e Neto Berola (Santos); Fagner (2), Ralf, Luciano e Uendel (Corinthians) 
Cartões vermelhos: Rafael Longuine (Santos); Fagner (Corinthians)
Gols: Santos: Ricardo Oliveira, aos 9 minutos do primeiro tempo 
Santos: Vladimir; Daniel Guedes, Werley, David Braz e Victor Ferraz; Lucas Otávio, Rafael Longuine e Marquinhos Gabriel (Thiago Maia); Geuvânio (Leandrinho), Gabriel (Neto Berola) e Ricardo Oliveira; Técnico: Serginho Chulapa (interino)
Corinthians: Cássio; Fagner, Edu Dracena (Danilo), Gil e Uendel; Ralf, Petros (Luciano), Jadson Renato Augusto e Mendoza (Edílson); Vagner Love; Técnico: Tite

Créditos e fontes de imagens
globoesporte.globo.com
facebook.com/Levi Lucas

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