Hexacampeão - Uma história de superação

Após um início conturbado e irregular, em que o próprio Tite quase jogou a toalha, com atrasos de salários, saída de jogadores, eliminações e oscilações, o Corinthians foi capaz de levantar, sacudir a poeira e dar a volta por cima. Após a eliminação na Libertadores e no Paulistão, de alguns tropeços no Campeonato Brasileiro, da perda de jogadores e da 11ª colocação na tabela, os mais pessimistas chegaram até a falar em risco de rebaixamento e a lutar para não cair. Para outros, classificar para a Libertadores já seria lucro. 
Mas, aos poucos, as coisas foram se ajeitando e as dificuldades, gradativamente, foram superadas. Reequilibrou a marcação, a defesa parou de tomar gols, o meio campo se acertou, os gols aconteceram, os pontos se acumularam e os adversários foram passados pra trás. Na 18ª rodada, assumimos a liderança para não mais deixá-la e na 35ª, finalmente, soltamos o grito: É CAMPEÃO!!!
Individual e coletivamente, as dificuldades foram superadas. As saídas de jogadores, por transferência ou por lesão, tiveram a resposta no comprometimento dos que os substituíram. E assim, o "desmanche" foi superado pelo esforço, pela disciplina tática e pelo espírito do grupo, que fiel ao lema mosqueteiro do "um por todos e todos por um," não deixaram o edifício ruir. 
Cássio recuperou-se das falhas pontuais, mas decisivas, e Felipe evoluiu muito. Elias se ajustou ao novo Corinthians e passou a ter uma atuação mais regular. Jadson, que alternava bons e maus momentos, revesando o "JadSONO" com o "JadSHOW", superou sua irregularidade, tornando-se o mestre das assistências e o artilheiro da equipe no campeonato. Renato Augusto, até chamado em alguns momentos de "Renato Angústia", superou não apenas as lesões, mas a angústia, a insegurança e o medo das divididas, transformando-se no "Renato Augustus", (Renato, o soberano), no "REInato", no "DEUSnato". E assim, removendo-se as dificuldades, foi construído o melhor meio campo do Brasil. 
Outro desafio foi a superação das lesões recorrentes, bem como as convocações para a seleção, obrigando Tite a fazer modificações no time, inclusive improvisando em algumas posições. Mas, mesmo com alguns tropeços, o desafio foi vencido e as dificuldades sobrepujadas. O time sagrou-se campeão com reservas nas duas laterais, no decorrer do campeonato os gols foram marcados por vários jogadores e os que entraram deram conta da tarefa.
Precisando enxugar a folha de pagamento a solução barata foi a caseira e os garotos da base superaram a inexperiência, a pouca idade e deram conta do recado, substituindo a contento os campeões mundiais. Malcom, Guilherme Arana, Yago e Marciel amadureceram na marra, pela necessidade de superar as carências do Time. 
E o que dizer do tão criticado Vagner Love que percorreu um longo caminho, tendo que vencer a desconfiança pelo seu passado nos rivais, o peso por ter que substituir o então "ídolo" do Mundial, as diferenças existentes entre o futebol brasileiro e o chinês, o período de inatividade e a ausência da pré temporada? Descreditado, criticado, xingado e até vaiado, não perdeu a confiança, não desistiu, continuou trabalhando até se tornar peça fundamental no esquema tático do time hexacampeão. 
Nem mesmo o regente dessa orquestra afinada e harmoniosa, em que se transformou o futebol corinthiano, ficou isento da necessidade de ultrapassar os limites colocados pela situação atravessada pelo Timão. Como Maestro, participou de todo o processo de superação mencionado, colaborando e contribuindo para o progresso de cada um, tanto no âmbito individual como no coletivo. Mas, não foi somente isso. Precisou enfrentar os desafios inerentes aos novos conhecimentos amealhados no ano sabático, bem como as mudanças táticas implementadas, obrigando-se a superar uma postura tática mais contida, mais retrancada e a jogar mais no ataque, pressionando o adversário. Teve que superar sua própria postura anterior para implantar um novo esquema tático e um novo padrão de jogo. 
Nesse processo, em que o futebol do time foi recuperado e em que os limites foram ultrapassados, foi fundamental a atuação da comissão técnica, do Departamento Médico e da fisiologia. Confiança, competência e muito trabalho conseguiram o "milagre" de enfrentar os desafios, remover os obstáculos e vencer as dificuldades.
De fora do gramado, a força da Fiel foi o combustível capaz de mover e impulsionar o motor corinthiano, o que levou o Tite, após a confirmação do Hexa, a gravar uma mensagem especial para o torcedor.
Eu acredito no Corinthians
Acreditando no trabalho, no talento de cada um, na união do grupo, na raça, na mística corinthiana e na força da Fiel, esse Corinthians, desacreditado por alguns, achincalhado pelos anticorinthianos e depreciado por parte da crítica esportiva, sobrepujou as mais pessimistas expectativas e sagrou-se campeão na 35ª rodada e como o melhor mandante, o melhor visitante, com o maior saldo de gols, como a melhor defesa, o melhor ataque e como o time mais disciplinado. Em uma verdadeira história de luta e de superação, a grandeza do Timão, mais uma vez se fez presente, mostrando toda a força de nossa Nação.
Sócrates tinha toda razão: "O Corinthians é muito mais que um time, é um estado de espírito...", o autêntico espírito corinthiano.
O jogo em São Januário esteve muito aquém das nossas possibilidades e da nossa capacidade. Vários fatores contribuíram para isso, o desgaste dos nossos selecionáveis, a ansiedade, a pressão e o estado emocional. Mas, num campeonato de pontos corridos, o que vale é o conjunto da obra e nisso, o Corinthians sobrou no campeonato. E em que pesem o chororó e o mi mi mi dos rivais, se o campeonato está manchado, só pode ser pelas lágrima derramadas. Pelas lágrimas do desespero e da tristeza dos adversários e pelas lágrimas da alegria e da felicidade de mais de trinta milhões de loucos, dos loucos por ti Corinthians.
Hexa na favela
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