Seis vezes Corinthians - Um gol para cada título brasileiro

A festa do Hexa não poderia ser melhor. Não faltou nada. Mosaico gigante em comemoração ao hexacampeonato, gols, muitos gols, um para cada título brasileiro, defesa de pênalti, muito olé, entrega das medalhas e da taça de campeão. Seis a um, fora o baile. Defesa precisa, ataque tinindo e o freguês de volta. Festa completa em Itaquera. Pena que os "convidados" não ficaram até o final e abandonaram o barco no meio do naufrágio tricolor. Não tiveram a grandeza da orquestra do Titanic. 
Tite ousou e escalou uma equipe diferente, dando folga à maioria do time considerado titular. Do time que vinha jogando, apenas Cássio, Felipe e Ralf foram a campo, o que preocupou parte da torcida. Afinal, o adversário, que havia vencido por 4 a 2 o vice líder, precisava da vitória para buscar uma vaga na Libertadores e a expectativa era de um jogo duro. Os tricolores mais otimistas já falavam em carimbar a faixa e ficaram eufóricos ao ver a escalação alvinegra. E nem o corinthiano mais otimista esperava o massacre de Itaquera. 
Muitos, inclusive eu, queimaram a língua. Mas, com a maior alegria silenciamos nossa corneta e aplaudimos de pé o show, o baile e a goleada. E constatamos a dificuldade de diferenciar titulares de reservas, pois mudam os jogadores, mas mantém-se o padrão, o desempenho, a raça e a concentração. 
Méritos da equipe, méritos da comissão técnica, do Departamento Médico e da fisiologia. Méritos do Tite, que teve o desafio de remontar a equipe e de manter o padrão, quando muitos davam o time por acabado e brigando para não cair. 
Gols
Marcando bem e sem dar chances para o São Paulo, o Corinthians dominou totalmente o jogo  e os gols começaram a sair. Numa cobrança de escanteio, Bruno Henrique aproveitou o rebote de Denis em uma cabeçada de Felipe para abrir o placar. O gol desestabilizou a equipe adversária e o Corinthians continuou atacando. E, novamente, em outra cobrança de escanteio, Romero subiu no meio da defesa rival e cabeceou para ampliar. Aos 45 minutos, Danilo fez o cruzamento da esquerda, Edu Dracena ganhou a disputa de bola com Lucão para cabecear, Denis rebateu para o meio e o próprio zagueiro, na sobra, mandou a bola para a rede. O São Paulo voltou dos vestiários com Luis Fabiano e Reinaldo em substituição a Rogério e Bruno. Aos 15 minutos, Romero que passou a bola para Bruno Henrique rolar para Danilo tocou de letra para Lucca fazer um golaço. Após três minutos, Romero foi lançado por Fagner nas costas de Reinaldo, avançou pela direita e bateu cruzado na grande área. Hudson desviou para o gol, mas na súmula, o árbitro anotou o gol para o atacante paraguaio. Na tentativa de parar a enxurrada de gols, Milton Cruz reforçou a defesa tricolor, substituindo Wesley por Edson Silva. O São Paulo fez seu gol de honra, após cruzamento de Alan Kardec e a torcida do Corinthians ironizou: “Eu acredito! Eu acredito! Eu acredito!”. Já com Lincom e Cristian nas posições de Danilo e Rodriguinho, aos 30 minutos, Romero foi derrubado por Reinaldo dentro da área, o árbitro assinalou o pênalti   Cristian cobrou no canto, marcando o 6º gol do massacre corinthiano. 
Mas, o vexame tricolor ainda não estava completo. Aos 35 minutos, o árbitro marcou um pênalti de Edu Dracena sobre Carlinhos e Cássio acertou o canto e defendeu a cobrança de Alan Kardec. 
Romero infernizou e sufocou a zaga tricolor, Lucca foi muito bem nas bolas paradas e Danilo, mais uma vez incorporou o Sócrates com um passe de letra. A marcação foi cirúrgica e ainda tivemos gol de zagueiro e de volante. Bruno Henrique, Fagner e Uendel nem pareciam ter ficado tanto tempo sem jogar. Quem entrou deu conta da tarefa e se não fossem as defesas do Denis, o placar seria ainda mais dilatado. 
Embora fosse um jogo de festa, houve muita seriedade, entrega e determinação. Jogaram muito, vibraram muito e celebraram o hexacampeonato com um gol para cada título conquistado no Brasileirão. Com muito apeTITE e fome de bola, HEXAgeram na competência e na entrega, mostraram, para quem ainda duvidava, que o título não veio por acaso.
A torcida foi um espetáculo à parte, antes, durante e depois do jogo. Chegaram comemorando, apoiaram o jogo inteiro e, na volta pra casa, transformaram a estação do metrô numa extensão da arquibancada. 
Festa e entrega da taça
A única nota dissonante nessa bela sinfonia esteve justamente na premiação, com dois fatos lamentáveis. O presidente do clube, Roberto de Andrade, quebrou o protocolo e se antecipou ao capitão Ralf, recebendo a taça das mãos do representante da CBF e erguendo-a, antes de passá-la a quem, de direito, deveria levantá-la. E Ronaldo, ex atacante do Corinthians, que em 2010 não conseguiu ser campeão, tentou pegar uma carona na celebração do Hexa, tocando na taça antes de quem tinha o direito legítimo de recebê-la. Fato lamentável e total falta de fair play de quem pensa ser maior que o próprio Corinthians. Ronaldo de penetra no Hexa e Roberto usurpando o direito do capitão Ralf. Em respeito ao futebol e ao próprio time, o cartola e o ex jogador jamais deveriam tocar na taça antes do capitão e dos jogadores que, dentro do campo, a ela fizeram jus. 
Apesar dessa gafe, a festa continuou. Ralf, finalmente pode erguer o merecido troféu e repassá-lo aos companheiros e com muito entusiasmo e aplausos aconteceu a primeira volta olímpica na arena de Itaquera. 
Melhores momentos
Ficha Técnica - Corinthians 6 X 1 São Paulo 
Local: Arena Corinthians, em Itaquera, São Paulo (SP)
Data: 22 de novembro de 2015, domingo
Horário: 17:00 horas (de Brasília)
Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez - RJ (FIFA)
Árbitro Assistente 1: Danilo Ricardo Simon Manis - SP (ASP-FIFA)
Árbitro Assistente 2: Miguel Cataneo Ribeiro da Costa - SP (CBF-2)
Quarto Árbitro: Flavio Rodrigues de Souza - SP (CBF-1)
Delegado: Nilson de Souza Monção - SP (000)
Quinto Árbitro: Alex Ang Ribeiro - SP (CBF-2)
Público: 44.976 pagantes (total de 45.469)
Renda: R$ 2.939.497,50
Cartões amarelos: Fagner e Edílson (Corinthians); Bruno e Thiago Mendes (São Paulo)
Gols: Corinthians: Bruno Henrique, aos 26, Romero, aos 28, e Edu Dracena, aos 45 minutos do primeiro tempo; Lucca, aos 15, Romero, aos 18, e Cristian, aos 30 minutos do segundo tempo; São Paulo: Carlinhos, aos 24 minutos do segundo tempo
Corinthians: Cássio; Fagner, Felipe, Edu Dracena e Uendel (Yago); Ralf, Bruno Henrique, Danilo (Lincom), Rodriguinho (Cristian) e Lucca; Romero; Técnico: Tite
São Paulo: Denis; Bruno (Reinaldo), Rodrigo Caio, Lucão e Carlinhos; Hudson, Wesley (Edson Silva), Thiago Mendes e Michel Bastos; Rogério (Luis Fabiano) e Alan Kardec; Técnico: Milton Cruz (interino)
Memes

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