Dois pontos perdidos...


Desafinando o coro dos contentes, ouso afirmar que empate fora de casa nem sempre é um bom resultado. Às vezes, até pode ser, mas, no último jogo não foi. Se fosse um jogo de extrema dificuldade, em que estivéssemos perdendo e empatássemos no final, poderíamos julgar que teríamos ganho 1 ponto. No entanto, com o jogo dominado no 1º tempo, levar um gol de bola parada e ser dominado no 2º tempo, sem poder de reação, foi um mau resultado.
O começo, como no jogo anterior, foi arrasador. Perdemos várias chances de gol e poderíamos ter ido para o intervalo com certa folga. Está certo que, mais uma vez, o apito inimigo funcionou. Faltas a nosso favor não foram marcadas e cartões para eles nada. Contra nós foi marcado até o que não aconteceu, entre outras, a “falta” do Gaúcho acariocado que resultou no gol deles. Para mim a falta foi invertida e se o Gaúcho não fez a falta no Fábio, pelo menos cavou a falta e o árbitro entrou na dele. Aliás, num outro lance, ele tentou acertar o Castan e o árbitro não marcou nada. 
O 1º tempo foi nosso, o 2º foi deles, com a ajuda do Tite. Aliás, eu não sei o que acontece no vestiário durante o intervalo que o time volta pior. Mas, apesar dos dois pontos perdidos, podemos salientar alguns aspectos positivos.
Welder entrou muito bem na lateral direita. A camisa e a pressão não pesaram, buscou o jogo, mostrou vontade e raça. Não ficou com nhem nhem nhem, não se intimidou, entrou em divididas, foi pra cima, fez belas jogadas e deu o passe pro William fazer o gol. Pelo que o William vem jogando e evoluindo, o Émerson e o Adriano terão que disputar a posição com ele. Como o campeonato é longo, vai ter lugar para todos. Ralf, o Monstro de sempre. 
Jorge Henrique como atacante é outro jogador. Ele não é meia, viu Tite. Émerson, ainda sem condições ideais, jogou pouco tempo, mostrou vontade, foi pra cima e vai ser uma boa opção no ataque. De um modo geral, o time mostrou raça, vontade e estava mais organizado, pelo menos no 1º tempo. 

Mas, nem tudo foram flores. Na etapa final, dominaram os espinhos. Paulinho começou bem, mas no 2º tempo ficou meio perdido. Júlio César alternou boas defesas com insegurança em algumas bolas. Bendita trave... No gol deles, a falta foi bem batida e de difícil, mas não de impossível defesa. Danilo teve uma atuação razoável no 1º tempo, mas depois apagou. Morais só deve atuar bem abastecido com dendê, água de coco e acarajé. Devolva-o pro Bahia.  

Sinceramente, gostaria de entender o que acontece nos intervalos dos jogos. Será que eles bebem alguma água batizada com calmante? O que o Tite fala pra eles? Por que eles voltam apagados e alguns meio perdidos? Ou, simplesmente, acaba o gás? Se for a última hipótese, está na hora de rever a preparação física.
Ao terminar a etapa inicial, eu estava animada e confiante na vitória. O time estava mais organizado, jogando com raça, com objetividade e sem pardaílces. Mas, na volta, chegamos a levar sufoco do adversário. Com a contusão do Liedson, numa trombada com o goleiro deles, o Tite “incorpora” o Professor Pardal e, mesmo com o Émerson Sheik no banco, substitui o atacante pelo volante Edenilson. Creio que como eu, naquela hora, muitos se lembraram do jogo com o Vitória, de triste memória, quando começamos perder o Campeonato Brasileiro de 2010. Na sua apresentação, empolgado por fazer parte do elenco do Corinthians, Edenilson afirmou: “... Se o Professor precisar, eu jogo em qualquer posição. Só não jogo de goleiro...” Acho que o Tite acreditou... 
Quando o Danilo perdeu o gás, o Tite colocou o Morais. Poxa, abra logo essa janela! Seja benvindo Alex!
Com a contusão do JH entrou o Émerson...  Aí já era tarde e o tempo foi curto.

Chicão, pendurado, tomou o 3º cartão e está fora do próximo jogo. Liedson e JH, contundidos são dúvidas.
Nosso time perdeu dois pontos preciosos que poderão fazer falta no final do campeonato. E isso só aconteceu porque recuamos. Poderíamos ter vencido com mais ousadia, com substituições inteligentes, com criatividade no meio campo e sem errar tanto nos fundamentos. Erramos finalizações, erramos todas as faltas e desperdiçamos os escanteios. Fomos salvos pela trave e pela má pontaria deles

Nossos adversários não são nenhum Barcelona, nenhum Manchester United, nenhum Milan. Estão num nível muito próximo ao nosso, alguns, até mesmo, inferiores. Dá para vencê-los. Com mais treinabilidade e sem nenhuma retranquibilidade. Sem pardaílces. Com muita raça e vontade. 

Créditos de imagens 
todopoderosotimao.blogspot.com
lancenet.com.br
Júlio César Guimarães/UOL
disneypedia.com.br
torcidacorinthiana.esporteblog.com.br

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