Meu sangue é preto e branco, mas, aparenta ser grená

A polêmica da 3ª camisa continua alimentando discussões e a mídia. As opiniões variam, desde aqueles que ficam roxos de raiva pelo “desrespeito” à tradição até aqueles que nem esperam a venda nas lojas e as encomendam mesmo antes de estarem nas vitrines.
Pessoalmente, prefiro as tradicionais. Minha predileta é a listrada, mas comprei a bege do Centenário, ganhei a da democracia corinthiana e possuo algumas que não são de jogo, mas que remetem a acontecimentos e vivências do Timão, de boas (democracia corinthiana) ou más (eu nunca vou te abandonar) lembranças. Teve camisa, que de tão mau gosto, fiz questão de não adquirir e avisei meus amigos que não a aceitaria nem de presente. Mas, respeito a diversidade de gostos e de opiniões e entendo que todas tem um papel importante na divulgação do time e na arrecadação de dinheiro. Vivendo numa sociedade capitalista, não dá para ignorar o marketing e as finanças. 
Considero que o que interessa é, através do uso do manto sagrado, testemunharmos a nossa paixão pelo nosso time do coração. Além disso, temos assuntos e problemas mais importantes para nos preocuparmos, tais como: calendário de jogos, construção do estádio, reposição do elenco, técnico, janela de transferência, treinamentos e muitos outros. Por isso, não entendo a atitude de determinados torcedores que fazem da cor da camisa  motivo de tumulto e de agressões. 

 O cúmulo da estupidez ocorreu no último jogo, quando quatro torcedores(?) invadiram o campo com as tradicionais camisas alvinegras nas mãos, protestando contra o uso da camisa grená. Acontece que já estávamos jogando em Araraquara como punição pelas atitudes de nossos adversários, (uns verdadeiros espíritos de porcos), no Pacaembu e, por irresponsabilidade e intolerância de alguns que se dizem corinthianos, corremos o risco de uma nova punição. Felizmente, eles foram detidos, identificados, o Corinthians fez um Boletim de Ocorrência na Delegacia Policial, o que, num julgamento imparcial do TJD, poderá nos livrar de uma nova penalidade. A intolerância de alguns poderá prejudicar o próprio time.
Até entendo os torcedores que por motivos religiosos se recusem a usar a camisa com a imagem do Padroeiro do Timão, o que poderia ter sido evitado, pois torcer pelo Corinthians transcende as religiões, embora para muitos seja uma religião. Mas, por apego às cores tradicionais, prejudicar o time revela, no mínimo, desequilíbrio emocional e pouca inteligência.
Quem não gostar da camisa não precisa comprá-la nem usá-la. Eu já fiz isso algumas vezes. Vamos guardar nossas energias para ações úteis, para divulgar nossas ações sociais (Time do Povo, Jogando pelo Meio Ambiente, Sangue Corinthiano...), nossas ações esportivas nas diversas áreas, as transformações estruturais (CT, estádio, melhorias na sede social...) e muitas outras realizações e eventos.
 Aceitar uma camisa alternativa e comemorativa não significa negar o manto alvinegro. Negar nossas cores e nossa tradição é impossível. O sangue alvinegro corre nas veias corinthianas. Mas, atentem para um detalhe. Na camisa preta, da campanha Sangue Corinthiano está escrito em letras brancas e pretas que “meu sangue é preto e branco”. Mas, quando vamos doá-lo, o sangue coletado aparenta ser grená.


Parece que esta camisa já estava predestinada.





Créditos de imagens
tudosobrecorinthians.futblog.com.br
exame.abril.com.br
wwwbeneerico.blogspot.com
edemarannusek.blogspot.com
eduardoferreira.wordprees.com

Comentários

  1. Eu ainda acho que seria mais firmeza se tivessem associado a camisa com a campanha Sangue Corinthiano. A caisa veio por uma homenagem ao Torino no passado, pra resgatar a cor é mais interessante buscar um novo motivo e a do Sangue Corinthiano ajudaria a divulgar a campanha.

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