Obrigada Xerife

Vindo do Figueirense em 2008 para disputar a Série B do Campeonato Brasileiro daquele ano, Chicão se tornou ídolo do Corinthians ao conquistar todos os títulos possíveis com o manto alvinegro: Paulista (2009 e 2013), Brasileiro (2011), Copa do Brasil (2009), Libertadores (2012), Mundial de Clubes da FIFA (2012) e Recopa Sul-Americana (2013).
Exímio cobrador de faltas, Chicão era responsável pelas cobranças de bola parada no Timão. Em 247 jogos pela equipe alvinegra, o defensor marcou 42 gols, feito que o coloca como o segundo maior zagueiro-artilheiro da história do Corinthians.
Todos os gols
Chicão, o rei da raça, xerife da Libertadores e do Mundial, aquele que participou da ascensão vitoriosa do Timão, da Série B para o topo do futebol do Planeta, encerra sua carreira como jogador de futebol. Infelizmente, não o faz no Timão, seu clube do coração, onde não teve o mesmo reconhecimento e gratidão da diretoria e da comissão técnica, que outros jogadores, alguns de menor importância que o Xerife, tiveram. Mas, pagou o preço por não ser uma ovelhinha obediente ao Pastor, por não ser da panela e, após passar por uma artroscopia no joelho, e, consequentemente, ter uma caída técnica, não teve seu contrato renovado. Faltou paciência e boa vontade com o jogador, faltou o reconhecimento pelos serviços prestados e a opção foi manter no elenco zagueiro de qualidade inferior e defenestrar o zagueiro artilheiro, o grande cobrador de faltas, o jogador raçudo e que sabia sair jogando e, mais que um jogador, um autêntico corinthiano. 
Creio que sua personalidade forte e sua liderança no elenco ameaçavam e poderiam implodir a panela que se instaurou no Corinthians e que, por isso, seu contrato não foi renovado. Reconheço que nenhum jogador é maior que o Corinthians, mas até agora não engoli a atitude de não renovar com o Chicão e, naquele momento, manter no elenco jogadores que estavam jogando só com o nome. Qual a razão de dois pesos e duas medidas? Que merecimento é esse? 
Gostaria que o Corinthians se dispusesse a ressarcir parte de sua dívida com o Chicão e aproveitasse seus conhecimentos e sua capacidade, contratando-o para alguma função técnica, nem que fosse junto a base. No mínimo, ele seria útil para ensinar como se cobra uma falta ou um pênalti e como sair jogando quando se toma a bola na área adversária. 
Mas, como não tenho nenhum poder decisivo, só me resta agradecer ao Chicão por tudo o que fez como jogador do Corinthians. Pela sua capacidade de marcação e pelas roubadas de bola, por sair jogando com precisão e por saber carregar a bola, pelas faltas cobradas com perfeição, pelos pênaltis convertidos em gols, pela liderança em momentos decisivos, mas principalmente pela sua garra, pela sua raça, pela sua dedicação. Quero agradecer, sobretudo, por ser Corinthians, por ser Timão.
Obrigada Xerife 

Créditos e fontes de imagem e vídeo 
Revista japonesa 
Marcelo Ferrelli/Gazeta Press/esportes.terra.com.br-Evelson de Freitas/Agência Estado/topicos.estadão.com.br-Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians/corinthians.com.br-globoesporte.globo.com-MAON 
youtube.com/You Timão 
Miguel Schincariol 
fielnojapao.com.br 
youtube.com/claudiapallacci27

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