Chocolate gaúcho

Na terra do churrasco e do chimarrão, o Corinthians tomou um chocolate e, ao invés de trazer os três pontos, voltou de Porto Alegre com três bombons na bagagem. Os gaúchos mereceram a vitória, num jogo que começou equilibrado, mas que depois desandou, com muitas perdas de gols e erros defensivos. O Corinthians dominou a posse de bola, (53%), mas não dominou a bola. Com pouca objetividade na troca de passes, com toques para o lado, apesar de 25 finalizações, não conseguiu marcar nenhum gol, escancarando a inoperância do nosso ataque. O tricolor gaúcho, com uma defesa impecável e com variações de jogadas, finalizou treze vezes, marcou três gols e só não fez mais pelas boas defesas do Cássio, que apesar de ter falhado no terceiro gol, livrou-nos de uma goleada e de um vexame maior. 
Sem um ataque efetivo, um verdadeiro ataque de nervos para os corinthianos e um ataque de risos para os rivais, de nada adiantou o meio campo criar as oportunidades. Para piorar, nossa defesa estava perdida. Uendel e Balbuena falharam no primeiro gol, Fagner no segundo e Cássio no terceiro. Do outro lado, a zaga gremista tirou todos, mostrando-nos que ao lado do Geromel, até o Wallace é capaz de jogar. Já do nosso lado, vimos a diferença entre Balbuena jogar ao lado de Felipe e ao lado de Yago. 
Foi um jogo em que faltou, também, atitude por parte de jogadores alvinegros, que não mostraram poder de reação diante do mau resultado que se anunciava pela postura aguerrida dos gremistas. Um jogo que apenas serviu para mostrar nossas fragilidades e para confirmar que alguns jogadores merecem banco e que outros não reúnem condições de vestir uma camisa tão pesada. Serviu para confirmar o que essa diretoria omissa e incompetente não vê. Que precisamos de reforços e que perdemos a oportunidade de obtê-los na janela internacional, restando-nos apenas a escassa oferta da Série B. Ou, utilizar a base, sempre e infelizmente, o último recurso, do qual o Corinthians só lança mão em situações de emergência, antes que os empresários vendam para a Europa. 
Giovanni Augusto, Yago, Uendel e André não podem ser titulares. Mesmo sem muitas opções, alguns reservas já mostraram ter maiores recursos técnicos e merecerem uma chance como titular. É preciso ter coragem para ousar, para tentar algo diferente para nossa defesa voltar a ser uma muralha e nos reconciliarmos com os gols. Dos 28 gols marcados no Campeonato Brasileiro, apenas 9 foram de atacantes. Precisamos sair da mesmice, pois, reafirmo que sem ousadia não teremos alegria. 

Créditos e fontes de imagens 
globoesporte.globo.com-pralines.depositphotos.com-MAON 

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