Eu choro por ti Corinthians

Te maltrataram, te vilipendiaram, te exploraram, te usaram, te abusaram, te estupraram. E num grande complô, te transformaram no paraíso dos gigolôs, de empresários mercenários, de diretores coniventes que te venderam, te liquidaram e te alijaram de teu bem maior.
Tentaram te asfixiar e te matar, te isolaram num palácio de mármore frio e sem vida, de onde tentaram expulsar sua torcida, que de torcer se vê impedida por regulamentos imbecis, criados por um mercado vil. Por aqueles que só vêm cifrão onde mora a paixão, transformando as arenas na tumba do futebol, no sepulcro da alegria que a cada dia que passa vai perdendo seu encanto, vai perdendo sua magia.
Corinthians amado, Corinthians idolatrado! O que fizeram pra ti? O que fizeram de ti?
Mas, mesmo com o coração sangrando, de tristeza e de dor, continuamos te amando com o mesmo ardor. 
E buscamos na lembrança de teu passado vencedor a flama da esperança de um novo porvir, de um futuro glorioso que faça jus à tua grandeza e que resgate teu esplendor. 
Tentaram matar tua alma, mas, a alma é imortal. Ela permanece e vive na paixão do torcedor, que ao interesse do empresário e à omissão do diretor contrapõe todo o seu amor. 
Amor à camisa, amor ao brasão, amor ao Corinthians: eterna PAIXÃO
Choro por ti Corinthians. Um pranto de dor mas, também um pranto de amor.
Mas, não ficarei inerte. Engulo o choro, enxugo as lágrimas e parto pra batalha. A batalha da sua libertação daqueles que de ti querem o bônus sem a contrapartida do ônus, daqueles que te usam, te abusam, que querem sorver o suco e te transformarem em bagaço, no bagaço da laranja chupada por quem só te vê como objeto de uso, de lucro e de poder. De quem te explora e na mídia te calunia, de quem te usa como trampolim, de quem te usa para auferir lucros em negociatas sem fim.
Quem sou eu para desafiar os poderosos que hoje te dominam? Para desafinar o coro dos contentes que vivem às custas de seu suor? Onde buscar munição para vencer o exército que te domina e que te escraviza?
Eu sou muitos, eu sou milhões, eu sou seu dono, o seu tutor. Eu sou seu eterno torcedor e minha arma é o amor. 
Eu sou a torcida, eu sou a arquibancada, eu sou o velho que torce no sofá.
Aparento estar amortecida por tantos golpes e sacanagens, mas, estou viva e não vou me calar diante de medidas abusivas.
Eu sou o teu resgate, a tua libertação, a libertação do jugo do ambicioso empresário e do diretor conivente. A libertação de quem não soube te amar, a libertação daqueles que apenas te usaram e te abusaram.
Eu sou tua torcida aguerrida, eu sou a Fiel das quebradas, da raiz da arquibancada.

Crédito e fonte de imagem
Gabriel Uchida/ fototorcida.com.br

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