Carille

Carille pegou pesado com a imprensa? 
A imprensa mentiu sobre a possível transferência de Carille para a Arábia? 
O pai do Carille mentiu ou foi envolvido pela imprensa? 
Carille é mercenário ou está certo em querer assegurar financeiramente o seu futuro? 
Eis algumas questões que dominaram recentemente o mundo esportivo corinthiano e anti corinthiano e pautaram a imprensa esportiva brasileira. 
O que teria levado o Carille a subir o tom em sua última entrevista e depois admitir que exagerou e se desculpar? 
Seria ver seus pais, pessoas simples e ingênuas, terem sido envolvidos pela imprensa e terem tornado público detalhes de conversas familiares diante da possibilidade da contratação milionária? 
Seria terem vazado detalhes da "contratação" com possível desmanche da comissão técnica alvinegra e da saída da estrela do time para o "futuro" time do treinador? 
Ou seria a frustração da possível marcha a ré dos dois caminhões de dinheiro, aparentemente voltado para destino lusitano?
Ou, tudo junto e misturado, desestabilizando emocionalmente o treinador que, consequentemente, desabafou diante dos microfones? 
Creio que todos os fatores foram determinantes para o comportamento do técnico, numa semana de embates decisivos, dentro e fora dos gramados. Situação agravada pela atuação de alguns maus jornalistas, cujos ataques ao Corinthians são recorrentes, bem como daqueles que, visando ganhar cliques e audiência, nem sempre são fiéis à verdade. Para isso inventam, aumentam, são parciais e não ouvem o outro lado, apenas suas fontes, nem sempre confiáveis. E se comprazem em inventar crises e espalhar a discórdia, desde que isso renda cliques e audiência. 
Mas, não descarto a hipótese da frustração do técnico pela perda da grana armazenada nos dois caminhões. Basta ver a diferença da sua expressão fisionômica e do seu comportamento na Venezuela e em Recife.
Isso não significa que Carille seja um mercenário e, neste aspecto, é preciso separar o torcedor corinthiano do profissional que atua no clube em suas várias funções. O erro do técnico foi ter, anteriormente, declarado que não sairia do clube nem por um caminhão de dinheiro e que só o deixaria se fosse mandado embora. Equivocou-se ao deixar seu lado torcedor sobrepujar o profissional, que emergiu e o fez rever sua atitude diante dos hipotéticos dois caminhões de dinheiro. E mudou o seu humor, diante da possibilidade de vê-los se afastarem. Talvez, no início de sua carreira de treinador e diante do rápido sucesso inesperado, prevaleceu o lado torcedor, daí a sua afirmação de fidelidade eterna. Mas diante da possibilidade da estabilidade financeira para toda a família, dos pais até os descendentes futuros, emergiu o profissional, preocupado em garantir o bem estar presente e futuro.
Só espero e desejo que todo esse imbróglio não tenha reflexos negativos no desempenho do time e nas relações do técnico com a diretoria e com a torcida. Obviamente, a relação de confiança não será mais a mesma. A possibilidade de uma saída por dois caminhões de dinheiro é real e uma nova proposta pode chegar a qualquer momento. E basta a proposta chegar para ameaçar a comissão técnica. E isso traz insegurança para todos. No entanto, faz parte do mundo do futebol e não seria a primeira vez a acontecer. Já perdemos outros profissionais e sobrevivemos, caminhando para a obtenção de novas conquistas. E, apesar de alguns percalços, continuamos vitoriosos.
Se acontecer, novamente, não podemos perder a serenidade e sim partir para recompor o que foi desmanchado, repor as peças e continuar a caminhada.
Temos uma filosofia de trabalho estabelecida e a certeza que diretoria, jogadores, técnicos e demais profissionais passam e o Corinthians permanece, porque ninguém é maior do que o Corinthians. 

Créditos e fontes de imagem
Djalma Vassão/Gazeta Press/gazetaesportiva.com

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