Uma nau desgovernada e à deriva



Apesar das limitações, poderíamos ter ganho o jogo e o campeonato se tivéssemos jogado como Corinthians. Após desperdiçar as vantagens do jogo do Pacaembu, o time foi para a decisão final sem ter corrigido os erros do 1º jogo e apresentando um futebol com menos qualidade em relação ao jogo anterior. Fez um péssimo 1º tempo, sendo que após levar o gol aos 19 minutos, descontrolou-se totalmente, como vem ocorrendo desde o final do Campeonato Brasileiro. No 2º tempo, até que tentou uma reação, abortada pelo 2º gol do adversário.


Desta vez não deu nem empaTITE. Foi derroTITE mesmo.
 
Desconcentração, esquema tático confuso, zaga nervosa, insegura e desatenta, goleiro, também, nervoso e inseguro, meio campo desorganizado, inoperante e embolado, ausência de criação, atacantes isolados e encaixotados pelos zagueiros adversários, erros de passes e pouquíssimos chutes a gol. O nervosismo e o descontrole foram tantos que até o experiente Chicão, capitão do time, acabou levando cartão numa falta boba e desnecessária. 
Liedson, totalmente isolado e fortemente marcado, buscava a bola no meio campo, pois os meias nada criavam. O 1º gol saiu numa falha do Castan, que sentiu o peso da decisão e do caldeirão da Vila, apresentando um rendimento muito inferior ao de jogos anteriores. Pelas laterais, Alessandro, com a raça de sempre, fez a sua parte, enquanto pela esquerda pouco avançamos.
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No meio campo, Ralf marcou bem, mas, também não estava nos seus melhores dias e Paulinho, completamente apagado, perdido e desorientado, nos fez sentir muitas saudades do Elias. Bruno César, além de não criar nenhuma jogada, foi o senhor “Não Chuta Não Chuta”, e nos brindou com uma despedida melancólica. Tirou o pé e parecia que estava com medo de ter uma distensão muscular. Jorge Henrique, mais uma vez improvisado, foi muito esforçado, mas, como sempre, desde que foi defenestrado do ataque, improdutivo. Por incrível que pareça, a entrada de Morais e Cachito no 2º tempo, até melhorou o time. Dentinho repetiu as péssimas atuações da temporada, perdeu diversas bolas e, sua escalação foi, novamente, uma substituição queimada e anunciada. Com a entrada de Wiliam a movimentação melhorou, mas não o suficiente para mudar a situação adversa. Sem criação no meio campo, com pouco apoio dos laterais e com forte marcação dos zagueiros, os atacantes foram anulados.
No 2º tempo o time voltou mais ligado e, até tentou, na pura raça, reverter o resultado. Os jogadores foram para cima, mas, desorganizadamente, pois com um esquema tático nulo, foi apenas uma correria sem objetividade, na base do improviso e do “salve-se quem puder”.  O 2º gol, num lance infeliz em que o Júlio César não conseguiu segurar a bola molhada, acabou com as poucas chances que ainda tínhamos de levar o jogo para os pênaltis. Mas, eis que Morais consegue fazer um gol e reacende as esperanças. Numa correria desenfreada o time vai pra cima, mas sem técnica e sem precisão tática, com o campo molhado e sob a marcação precisa dos jogadores adversários, acabamos perdendo o jogo e o campeonato. E, como estávamos no porto, ficamos a ver navios... e o Santos levantar a taça de campeão.
Final mais melancólico. Nadamos, nadamos e, literalmente, morremos na praia, afogados pelos nossos próprios erros.
Pudera! Com um comandante que deixou o barco à deriva, só poderíamos mesmo naufragar.
 
Mas, pensando bem, com todas as limitações que temos, até fomos longe demais. E, se chegamos à final, foi pela raça e pelo esforço individual de jogadores que foram verdadeiros guerreiros em campo. A esses, os parabéns e o reconhecimento da Fiel.

Crédito das imagens
canelada.com.br
futebolmix.com
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