Cabeça fria e pé quente

Nosso maior adversário em campo está dentro do próprio Corinthians. Está certo que a arbitragem tem atrapalhado, que ao jogar fora de casa temos sido agredidos pelas torcidas adversárias e que temos, literalmente, apanhado em campo, de jogadores que, mais que futebol, lutam MMA. Esses fatores adversos interferem no rendimento da equipe, mas não podem ser considerados determinantes nem os mais importantes. 
Na realidade, a causa do mau desempenho em jogos decisivos, mais do que falhas individuais, é a incapacidade dos jogadores lidarem com a pressão, entrando na pilha dos adversários e da má arbitragem. No jogo contra a Macaca, após o 1º gol, não só o Júlio se abateu, mas todos entraram em pânico, ficaram perdidos e não jogaram mais nada.
No jogo contra o Emelec, aceitaram as provocações e ao invés de se preocuparem em jogar futebol, passaram a revidar as agressões e a reclamar da péssima arbitragem, dando a deixa pro árbitro amarelar meio time e expulsar o Jorge Henrique. Nem parecia um time de jogadores maduros e experientes. Ficaram tão melindrados que esqueceram do principal, de jogar bola, e, consequentemente, às duras penas, trouxeram apenas um empate diante de um time muito inferior e de uma jogada só.
O próximo desafio tornou-se um jogo mais complicado que o das quartas de final do Paulista, pois se naquele, qualquer empate levava para os pênaltis, agora, isso só vai ocorrer num empate sem gols. Assim, só a vitoria nos dará a classificação. Missão difícil, mas não impossível, desde que nossos jogadores tenham os nervos e a cabeça no lugar.
Futebol para isso nós temos e nossa superioridade técnica em relação ao Time do Emelec é indiscutível, como também é em relação ao time que nos eliminou do campeonato Paulista. Taticamente, não dá nem pra imaginar que no Pacaembu lotado, apesar dos preços extorsivos, iremos deixar de ir pra cima pra jogar no contra ataque. Portanto, temos tudo pra vencer e passar para a fase seguinte.
Mas, isso só vai acontecer se o time for capaz de dominar não só a bola e os adversários, mas, principalmente os nervos. Porque, se os jogadores não tiverem a frieza de um iceberg, também não haverá futebol. Agora é a hora do Tite fazer valer e mostrar o tão falado equilíbrio, pois, estamos na corda bamba e qualquer vacilo levará o time pro buraco. É hora de esquecer as lambanças da arbitragem, o jogo bruto e a catimba do adversário. Se a Libertadores é uma guerra, para vencer cada batalha é preciso que o exército seja forte, frio e seguro. 
Émerson fala sobre a arbitragem
Depois de muitas reclamações e da catarse coletiva, os jogadores, em entrevistas, até reconheceram que o destempero emocional foi prejudicial e prometeram focar no jogo e se preocuparem só em jogar bola. Esperamos que cumpram suas promessas e que em campo tenham auto controle e cabeça fria, que atuem com inteligência, que suas ações sejam movidas pela razão e não pela emoção, sem melindres, sem chororô e sem mi mi mi. Afinal, não somos o time de fazer DVD!


Créditos e fontes de imagens
eti.br
eterno-abora.blogspot.com
wikinoticia.com
aquiecorinthians.wordpress.com

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