Depenamos o Galo, uai...

Melhores momentos

Era o líder do campeonato e não perdia há 14 partidas. E daí? Quando o Corinthians joga como Corinthians, não tem pra ninguém. Quando focado no jogo, vivendo o presente, e não comemorando os feitos do passado, (Libertadores...) nem pensando no futuro, (ai, ai ai, vou pro Japão você não vai...) tudo dá certo. E nem a arbitragem consegue atrapalhar.

Eventos

Sim, para não variar, a arbitragem deixou de marcar dois pênaltis para o Timão: Rever derrubou o Émerson e, também colocou a mão na bola, tudo dentro da área, mas, o juiz não viu. Mas, quando Émerson estrilou levou o 1º cartão por reclamação e quando levou a bola com o ombro, o juiz achou que foi no braço,  deu o 2º amarelo e o vermelho. Ficamos com 10 contra 12, levamos um sufoco no final, mas resistimos bravamente. 

Foi um jogo truncado, com 41 faltas e 13 cartões. Arbitragem confusa, atrapalhada e sem critério. Péricles Bassols perdeu o controle do jogo e abusou dos cartões. Desagradou os dois times,  parando o jogo em qualquer esbarrão e amarelando quem reclamava.

Infelizmente, o Émerson entrou na pilha, saiu do campo xingando e pode se complicar e nos complicar nos próximos jogos. Apesar da arbitragem ter sido irritante e até o Tite, quase um gentleman, ter reclamado muito e ter sido expulso, a atitude do Émerson foi lamentável.

Mas, apesar de complicar, nada disso foi capaz de nos atrapalhar. Depois de um 1º tempo em que o Atlético-MG teve mais posse de bola e foi mais criativo, sem, no entanto levar muito perigo ao goleiro Cássio, o Corinthians voltou para o 2º tempo mais ofensivo, marcando sobre pressão e voltou a arriscar mais. 

Sequestrado pelo Ralf

Se no início do jogo, Ronaldinho que teve espaço para criar e se movimentar, depois que passou a ser acompanhado mais de perto pelos corinthianos, praticamente, desapareceu pelo lado esquerdo em meio à proteção de Ralf, Paulinho, Alessandro e Chicão.

No entanto, embora mais ofensivos na partida, os corinthianos continuaram errando as finalizações e o gol só saiu de bola parada, numa cobrança de escanteio de Douglas, em que Paulo André subiu mais que a zaga atleticana, abrindo o placar no Pacaembu e levando a torcida ao delírio. A partir daí os mineiros se descontrolaram, o Corinthians dominou o jogo e só foi ter alguma dificuldade com a expulsão do Émerson, o que obrigou a substituição de Douglas por Edenilson, para reforçar a marcação.

No finalzinho do tempo regulamentar, o Galo tentou cantar. Guilherme marcou, mas o gol foi anulado devido a falta de Leonardo Silva em Fábio Santos. Com o chororô dos Atleticanos, Júnior César recebeu o 2º cartão amarelo e foi expulso. Mas, o Fantástico mostrou para todo o país que houve a falta e que Émerson sofreu pênalti do zagueiro Rever.

Embora o Atlético tenha ficado mais tempo com a bola (53%) e realizado um  melhor 1º tempo, suas deficiências técnicas e a forte marcação corintiana, não deram chances para que abrisse o placar. Não fossem os erros de finalizações do Corinthians, o placar poderia até ser maior

O Corinthians deu um belo presente de aniversário para sua Fiel torcida que lotou o Pacaembu, mesmo o time não estando disputando nenhum título. A torcida não só apoiou o tempo todo, mas deu um show a parte. Uma das torcidas organizadas, a Estopim da Fiel, colocou 102 cartazes no estádio, com os principais ídolos corinthianos, com personalidades de destaques e eventos importantes, inclusive a taça da última conquista.

O show da torcida e o desempenho do time evidenciaram que em terra de Gaviões, Galo não canta, não voa e não cisca. Vira um franguinho, é depenado e servido na bandeja, com toda a elegância.

Paulo André foi o nome do jogo, não só pelo gol, mas pela precisão na defesa e foi considerado o cara da rodada A cada jogo, vem melhorando seu entrosamento com Chicão bem como seu desempenho físico e técnico. Os laterais deram conta da marcação, embora pouco tenham aparecido ofensivamente, sobrecarregando os homens de frente, que precisavam buscar a bola no meio campo. Ralf voltou a ser o nosso Pitbull, enquanto Paulinho e Danilo, mais apagados, ainda não conseguiram apresentar a performance que os consagraram no torneio continental. Douglas, no início teve um pouco de dificuldade na armação, mas, aos poucos foi se encontrando no jogo e o avanço de Danilo pela esquerda no 2º tempo, melhorou seu desempenho. Edenilson, depois da expulsão do Émerson, cumpriu seu papel de aumentar o poder de marcação,  Romarinho correu, driblou, levou perigo, mas precisa calibrar melhor os pés e o Émerson, não é peixe, mas morreu pela boca. Bem posicionado, puxou contra ataques, mas pecou nas finalizações e no destempero emocional. Com sua atitude desequilibrada, poderá pegar uma suspensão por vários jogos, prejudicando o time na sequência do campeonato.

O jogo de domingo mostrou que se não tivéssemos marcado tanta bobeira em jogos anteriores, poderíamos estar brigando no topo da tabela. Mas, diante das circunstâncias, o que nos resta é acumular pontos para não passarmos sufoco em dezembro e podermos chegar bem preparados no Mundial do Japão.

Diante do líder, mostramos que não desaprendemos jogar bola e que, não é por acaso que somos campeões invictos da Libertadores.

Ficha Técnica - Corinthians 1 x 0 Atlético-MG

Local: Estádio Pacaembu, em São Paulo (SP) 

Data: 2 de setembro, domingo

Horário: 16 horas (de Brasília) 

Árbitro: Péricles Bassols Pegado Cortez (Fifa-RJ) 

Assistentes: Altemir Hausmann (Fifa-RS) e Fábio Pereira (TO) 

Cartões amarelos: Douglas, Chicão, Paulo André (Corinthians). Leonardo Silva, Ronaldinho Gaúcho, Leandro Donizete (Atlético)

Cartões vermelhos: Emerson (Corinthians). Junior Cesar (Atlético)

Público: 33.375 pagantes

Renda: R$ 1.088.599,72

Gols: Corinthians: Paulo André, aos 18 minutos do segundo tempo

Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos (Wallace); Ralf, Paulinho, Danilo e Douglas (Edenílson); Romarinho e Emerson. Técnico: Tite

Atlético-MG: Victor; Marcos Rocha (Neto Berola), Réver, Leonardo Silva e Junior Cesar; Pierre, Leandro Donizete, Danilinho e Ronaldinho Gaúcho; Bernard e Jô (Guilherme). Técnico: Cuca

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