Dois tempos, dois times, dois jogos diferentes

Após um bom primeiro tempo, com uma boa apresentação e gols do Rodriguinho e do Kazim, o Corinthians voltou do vestiário com 10 substituições e algumas improvisações. Com três volantes improvisados na zaga e nas laterais, a defesa desandou e tomamos quatro gols na etapa final. Guilherme Mantuan atuou na lateral direita, no lugar de Fagner, Warian foi o zagueiro pelo lado direito, no lugar de Pedro Henrique, e Maycon, que é canhoto e volante, atuou no lugar de Guilherme Romão na lateral esquerda. Apenas o zagueiro Léo Santos, que substituiu Balbuena, atuou na sua posição. Com tanta improvisação, o time ficou bastante desfigurado, o conjunto foi prejudicado e a virada ficou fácil para o time escocês. E ao Corinthians só sobrou choro e RANGERS de dentes. 
Compreendo que a pré-temporada é o momento de testes e de observações, mas não precisava exagerar. Se Carille tinha à disposição jogadores da posição não era necessário improvisar. Seria preferível alguns jogadores não entrarem em campo do que entrarem só para passarem vergonha e prejudicarem o desempenho do time. Fazer testes e observar jogadores não pode ser confundido com improvisações que desfiguram o time e impedem que as qualidades individuais apareçam. Observar e testar jogadores não significa improvisar. Fazer teste em situação de jogo treino é válido. Improvisar apenas para o jogador participar, como aconteceu hoje, é infrutífero e desgastante, para o jogador e para o time. Além de atrapalhar o conjunto e o jogo coletivo, improvisar num jogo televisionado para vários países desgasta o jogador, frustra o torcedor e expõe o time, sem ganhos no desempenho e no resultado. Afinal, não era uma brincadeirinha de final de semana após o churrasco regado de cerveja e caipirinha, mas a participação num torneio internacional em que o nome, a marca e a camisa do Corinthians estavam em jogo. 
Considerando que o primeiro compromisso oficial do Corinthians será na próxima quarta feira, 17/01, teria sido mais produtivo manter por mais tempo os titulares e fazer substituições pontuais no decorrer da partida para observar e testar possíveis reservas. O time que atuou no segundo tempo, com seus improvisos, não deu condições para que jogadores que precisam ser melhor observados e testados pudessem ser analisados numa situação mais próxima à realidade de um jogo de campeonato. Com todo o respeito que tenho pelo Carille, considero que, para dar oportunidade de jogo a todos, ele bancou o Professor Pardal. Se o objetivo foi nobre, o desempenho e o resultado foram péssimos. Pagamos o preço do improviso e da falta de objetividade. 
A partida evidenciou que, apesar da curta preparação, já temos um time titular com um padrão definido, necessitando alguns ajustes e maior ritmo de jogo. Como todos os times brasileiros estão em situação semelhante, não teremos grandes dificuldades no início do Paulistão. Quanto aos reservas, o jogo de hoje não permitiu nenhuma conclusão. Precisamos ver como os que estão chegando e os que estão voltando se encaixam no time titular, mais organizado e estruturado que o catadão que atuou  hoje na etapa final. 
Com o resultado, o Corinthians, com apenas dois pontos, não tem mais chances de conquistar o título da Flórida Cup. A delegação alvinegra retorna ao Brasil neste sábado e chegará ao Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos na manhã de domingo. A reapresentação do elenco no CT Joaquim Grava acontece na segunda-feira e na noite de quarta-feira, 17/01, ás 21:45 horas, o time estreará no Campeonato Paulista contra a Ponte Preta, no estádio do Pacaembu. 

Créditos e fontes de imagens 
globoesporte.globo.com-Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians/corinthians.com.br-twitter.com/@SporTV 

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