O "Pequeno Manifesto"

Texto para reflexão
Elaborado com base na discussão dos participantes do Grupo do facebook Resistência Corinthiana, é o 1º manifesto apresentado pelo Grupo, cuja discussão registrou 260 comentários.

Serão apresentados dois manifestos:

1) Um manifesto básico e sucinto, incisivo, contendo APENAS o que parece ser consenso entre os membros do Grupo, a respeito dos acontecimentos recentes e da situação do Corinthians.

2) Outro, mais detalhado, com sugestões específicas para a gestão do clube, que será fruto  de nova discussão.

Este, que aqui transcrevemos, foi chamado de Pequeno Manifesto e o próximo, denominado Manifesto Master, será enviado ao presidente Gobbi e aos diretores do clube. 

Neste primeiro, a ser enviado neste sábado à imprensa, os assuntos são tratados de forma mais genérica, sempre considerando a opinião do grupo, procurando consensos e conciliações. 

No segundo, mais analítico e propositivo, será aprofundado o debate sobre uma gestão moderna e inclusiva no SCCP.

Segue a íntegra do "Pequeno Manifesto", composto de 11 tópicos, para reflexão dos leitores do blog.

MANIFESTO DA RESISTÊNCIA CORINTHIANA

CORINTHIANS: RENOVAR-SE PARA MANTER A TRADIÇÃO

O Corinthians é, por determinação de seu primeiro nobre presidente, Miguel Battaglia, o time do povo. Portanto, sua gente é protagonista sempre. Ela faz o clube, renova-o, reinventa-o, sempre com a finalidade de mantê-lo como referência de democracia, solidariedade e apreço pela diversidade.

A “Resistência Corinthiana”, com mais de 3 mil membros, é uma referência do debate permanente sobre a manutenção dessa tradição no ambiente das mudanças. O Corinthians precisa ser sempre jovem, sem perder sua tradição gregária. Em nossa casa centenária e gloriosa, o trabalhador braçal e o próspero executivo encontram a convergência da vida civilizada.

Em nossos debates, porém, testemunhamos com extrema preocupação as dissensões e turbulências que marcam a vida da instituição. Assim, elencamos 11 questões que representam correções de rumo na construção permanente de nosso sonho.

1) Os torcedores, filiados ou não a grêmios dessa natureza, devem pautar-se pelo respeito e pelo entendimento. Nesta luta, somos todos um, irmanados no corinthianismo. Manifestações de desagrado com a gestão do clube são legítimas e honram nossa tradição democrática. No entanto, devem ser conduzidas com civilidade, criatividade e consideração. Que o diálogo paute a relação com outros seguidores do clube que cultivem opiniões divergentes. Ação, sim. Violência, não!

2) Todo torcedor, hoje convertido em cliente-consumidor, merece máximo respeito e atenção. Somos nós, os ditos 30 milhões de fiéis, que pagamos, direta ou indiretamente, as contas do clube. Nosso povo, distribuído por todas as classes sociais, exige seriedade e comprometimento de dirigentes e atletas.

3) Como amantes e provedores perpétuos do SCCP, condenamos veementemente qualquer gestão incapaz de promover melhorias contínuas no clube. Depois de sagrar-se Campeão do Mundo mais uma vez, o Corinthians jamais poderia retornar à “estaca zero”, conforme informação do atual presidente Mario Gobbi.

4) Condenamos vigorosamente a instalação de castas entre os jogadores profissionais, muitos deles precocemente enriquecidos, incapazes de demonstrar em campo o esperado comprometimento. Pagamos todos esses salários milionários, mas não vemos a justa retribuição. Os diretores devem alterar procedimentos e exigir desses atletas o esforço e o desempenho pelo qual são generosamente pagos. Consideramos a hipótese da fixação de um salário fixo e de bonificações adicionais por desempenho e produtividade. Os jogadores precisam, desde o primeiro dia de trabalho, receber educação acerca do Corinthians e do corinthianismo.

5) Exigimos maior transparência na gestão do clube. A entidade esportiva que mais arrecada no país não pode, em hipótese alguma, acumular dívidas ou assumir o pagamento de despesas que superem suas receitas. Precisamos de planejamento, de curto e de longo prazo, e de responsabilidade na gestão de recursos financeiros.

6) Na contratação de atletas, faz-se necessária a aplicação de critério. Fomos nós, os corinthianos, que pagamos, por exemplo, as aventuras milionárias dos atletas Adriano e Alexandre Pato. E somos nós que arcamos com os altos salários de atletas que já não apresentam condições de assumir titularidade na equipe. Tenha-se, portanto, respeito pelo recurso que o clube obtém do trabalho suado dos trabalhadores que lhe são fiéis.

7) Exigimos correções que permitam ampliar a representação política na gestão do clube. O sistema vigente feudaliza o SCCP, constitui oligarquias e fortalece neocoronelismos. Democratize-se o Corinthians, mais uma vez. Os sócios-torcedores devem, de alguma forma, como ocorre em outros clubes, participar da vida política do clube, com direito a voz e voto.

8) Sabemos da necessidade do “business” na gestão esportiva. No entanto, diferentemente do que ocorre em outras organizações, o clube de futebol deve carrear recursos, no curto ou longo prazo, para a satisfação do público torcedor. Nossa casa não pode ser uma fonte geradora de riquezas injustas para agentes, intermediários e outros parasitas que estão matando o futebol. Basta!

9) O Corinthians, fiel a sua tradição, deve constituir meios para assegurar a presença de integrantes de todas as classes sociais em sua nova praça esportiva. O SCCP foi criado para democratizar relações, nunca para copiar modelos de restrição e elitização. Em Itaquera, devem estar juntos o empreendedor e o operário, a executiva e a prestadora de serviços domésticos. Os torcedores de outras cidades e estados devem ser considerados nesse processo. Se somos realmente um clube nacional, não cabe a gestão provinciana e viciada que hoje se faz da distribuição dos ingressos.

10) O Corinthians precisa incluir mais, gerando planos associativos que contemplem a diversidade social e econômica do país. A criatividade é fundamental para incluir os jovens em nossa comunidade. As categorias de planos devem ser urgentemente diversificadas, de modo que todos os corinthianos contribuintes possam ter uma carteira que ateste sua filiação. Iniciativas dessa natureza geram receitas e instauram uma sensação de pertencimento, fundamental para o fortalecimento do clube. 

11) O SCCP necessita urgentemente de um sistema de “comunicação ativa”, capaz de defender com vigor o Corinthians e os corinthianos. Hoje, sofremos diariamente com a campanha de difamação e criminalização movida por diversos canais de mídia. No que toca à construção do novo estádio, por exemplo, sofremos gravemente com a adulteração dos fatos e com a divulgação de versões fictícias sobre a arrecadação de recursos para a obra. Caberia ao presidente do clube e aos diretores rebaterem, de imediato, informações distorcidas e calúnias. Protege-se assim não somente a marca, nosso maior ativo, como também a reputação da nação corinthiana, composta, sobretudo, por homens e mulheres honestos e trabalhadores. Covardia não é estratégia no campo do embate midiático.

VAI, CORINTHIANS 
NOSSA HISTÓRIA 
NOSSA VIDA 
NOSSO AMOR!

Credito
facebook.com/groups/Resistência Corinthiana/Walter Falceta Jr.

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