Em Itaquera o Freguês amarela

Nada de novo no front. Manteve-se o script, com algumas atualizações. E o Mistão Quente alvinegro não deixou por menos. Derrotou o São Paulo na Arena, mantendo a freguesia do time do Jardim Leonor, que jogando em Itaquera, sempre amarela. 
Eles até que tentaram, pressionando com forte marcação e dando trabalho para nossos atletas. Mas, aqui é Corinthians, o jogo é no chão e a disputa é na bola. É futebol, não é MMA. Não adianta vir com golpe baixo, com pancadaria e com pisão. Nem com catimba nem com palavrão. Viu Calleri. 
E por falar no Gringo: 
Joga a bola pro Calleri que é... gol? Não, é mais uma defesa do Cássio, com direito a driblar o atacante. Não basta ganhar o lance, tem que humilhar. 
O Corinthians, apesar das perdas pós tsunamis chinês e francês e com jogadores novos, esteve mais organizado em campo, mantendo o mesmo padrão tático que o consagrou hexacampeão. Assim, o Timão, bem posicionado, com boa movimentação e ocupação dos espaços e com melhor controle de bola no ataque dominou o 1º tempo, colocou para funcionar sua Chapelaria e, como tinha gente fazendo aniversário, a freguesia resolveu animar a festa. 
E o Lucão, entregou um belo presente ao seu quase xará. Só faltou cantar parabéns. Está certo que ele não teve muita alternativa com André, Giovanni Augusto e Maycon pressionando na área. E, segundo o Denis, o barulho da torcida corinthiana atrapalhou a comunicação. Da próxima vez, usem mímica.
Na etapa final o Corinthians teve uma queda no seu rendimento, permitindo que os fregueses tivessem mais posse de bola e criassem algumas oportunidades, mas nada que nossa defesa e o Super Cássio não resolvessem. 
Recuo estratégico, muito perigoso com o placar 1 a 0, ou queda física? 
Por insuficiência técnica, com Ganso em dia de marreco, o adversário não soube aproveitar o volume de jogo, abusou dos chutões e, muito pilhado, com jogadas ríspidas e violentas, transformou a maior posse de bola num latifúndio improdutivo. E foi neste latifúndio que o time anfitrião consolidou o resultado, mantendo a freguesia tricolor e o tabu em Itaquera. Aos 40 minutos, numa cobrança de escanteio por Giovanni Augusto, Yago cabeceou uma bola indefensável para Denis, aumentando o placar para a alegria da Fiel, que já gritava: "O freguês, voltou! O freguês voltou". 
Sinceramente, eu acho que ele nunca foi embora. 
Mesmo com sua força máxima, utilizando-se de todos os titulares disponíveis, com exceção de Allan Kardec, recuperando-se de uma amigdalite, mais uma vez, o São Paulo não conseguiu superar o mistão corinthiano. Com poucos recursos técnicos, o time freguês teve que apelar para os chutões, abusando da catimba e das provocações, na tentativa de desestabilizar os corinthianos.
Nesse quesito, ponto negativo pra maldade do Calleri e 10, em harmonia, para o equilíbrio de Felipe. Infelizmente, a arbitragem tendenciosa e frouxa não teve capacidade para coibir os abusos tricolores. Mas, foi muito competente para marcar as faltas dos corinthianos, mesmo as não existentes. 
Cássio foi sensacional nas suas defesas, Lucca, focado e oportunista, ajudou na marcação, abriu o placar e voltou a ser decisivo, Yago quase entregou o ouro, foi salvo pelo Cássio, mas se redimiu e até marcou um gol, Giovanni Augusto abriu a Chapelaria, marcou, armou o time e bateu o escanteio que originou o 2º gol. André, ainda fora de forma e sem ritmo de jogo, mostrou raça e vontade, mas ainda precisa evoluir para atingir os níveis físico e tático ideais. Menino Maycon foi bem e quando adquirir mais experiência, se não for vendido, substituirá Elias à altura. De um modo geral o time foi bem, apesar da queda de rendimento na etapa final. 
Tite se surpreendeu com a evolução mais rápida que a esperada, alertou para o risco da soberba e prometeu aumentar o nível de exigência da equipe. 
Gols
Do lado do São Paulo, não faltou o mi mi mi. O goleiro Denis, na tentativa de minimizar a derrota, além de reclamar do barulho da torcida, se irritou muito e afirmou: "só fizeram gols nos erros nossos". Reclamar do barulho da torcida é normal para quem, quase sempre, não lota estádio e nem tem uma torcida vibrante. Agora reclamar que os gols só saíram nos próprios erros, além de reconhecer que erraram, em nada diminui nossa vitória. Nossos jogadores também cometeram erros. Um chutão de Bruno Henrique bateu em Centurion e foi em direção ao gol. Yago atrasou mal uma bola e deixou Calleri sozinho na área. Mas Cássio apareceu de maneira decisiva em ambas. O fato deles não conseguirem fazer gol nos nossos erros, só corrobora a própria incompetência tricolor. O Cássio conseguiu anular nossas falhas, já o Denis não. A diferença: temos goleiro, temos defesa, temos qualidade, temos técnica e padrão tático. 
Com a vitória, o Corinthians continua com 100% de aproveitamento no Paulista. Com 12 pontos em quatro rodadas, o time lidera o Grupo D e a competição. O São Paulo, que perde pela primeira vez sob o comando de Bauza, permanece estacionado nos quatro pontos no Grupo C, com uma vitória, um empate e uma derrota em três jogos. 
Ambas as equipes, no meio da semana, estrearão na fase de grupos da Copa Libertadores. Na próxima quarta feira, o São Paulo receberá no Morumbi o Strongest, da Bolívia, e o Corinthians enfrentará o Cobresal, no estádio El Cobre em El Salvador, no Chile.
Melhores momentos
Ficha Técnica - Corinthians 2 X 0 São Paulo
Local: Estádio de Itaquera, em São Paulo (SP)
Data: 14 de fevereiro de 2016, domingo
Horário: 17 horas (de Brasília)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistente 1: Rogério Pablo Zanardo 
Assistente 2: Alex Ang Ribeiro 
Quarto árbitro: Salim Fende Chaves 
Público: 36.378 pagantes (total de 36.788)
Renda: R$ 2.050.496,50
Cartões amarelos: Guilherme Arana e Willians (Corinthians); Mena e Hudson (São Paulo)
Gols: Corinthians: Lucca, aos 23 minutos do primeiro tempo, e Yago, aos 40 minutos do segundo tempo
Corinthians: Cássio; Fagner, Felipe, Yago e Guilherme Arana; Bruno Henrique, Maycon (Willians), Giovanni Augusto (Romero), Rodriguinho e Lucca; André (Danilo); Técnico: Tite 
São Paulo: Denis; Bruno (Caramelo), Rodrigo Caio, Lucão e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Kelvin), Centurión (Rogério), Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos; Calleri; Técnico: Edgardo Bauza 
Vestiário e melhores momentos

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