Um Trem no caminho

Um Corinthians cansado, e com a defesa desentrosada, encontrou dificuldades diante de um adversário bem arrumado, organizado, encaixado e bem treinado, com boa qualidade tática e voando em campo. Foi um bom jogo, muito pegado, intenso e veloz, com muita marcação e muito trabalho para os goleiros, com nítida vantagem para o Rodolfo. Cássio falhou no 2º gol da Ferroviária, além de ter demonstrado insegurança em alguns lances. O empate foi mais na raça e na vontade, do que pela tática e pelas qualidades técnicas dos jogadores do Timão.
O Corinthians começou melhor e quase marcou com Uendel, Vilson e Maycon, mas parou na trave e nas boas defesas de Rodolfo. Pela 1ª vez o Timão encontrou um adversário capaz de testar seu esquema tático e o desempenho da equipe. Um adversário com bom toque de bola, com marcação firme e bom volume de jogo. 
Gols
Se as finalizações corinthianas pararam nas boas defesas do goleiro Rodolfo, os gols da Ferroviária saíram nos erros alvinegros. No 1º gol, Maycon só viu a bola e não prestou atenção em Juninho livre na área. No 2º, Cássio falhou. 
Atrás do placar, o Corinthians teve que buscar o empate duas vezes. Aos quatro minutos da etapa final, Igor Julião cometeu um pênalti, que foi bem cobrado e convertido pelo Lucca, empatando o placar. Aos 38 minutos, após jogada de Fagner, Giovanni Augusto completou cruzamento e deixou tudo igual novamente. 
O Corinthians teve dificuldades, tanto na marcação, como para sair da marcação cerrada da Ferroviária. Para isso pesaram o desentrosamento da zaga, o fato de Bruno Henrique e Maycon não serem volantes de marcação, deixando a zaga exposta, bem como a inoperância do meio campo, além de erros individuais e a boa qualidade do adversário. 
Na etapa final o time pregou, o que era esperado, devido à maratona que foi a viagem ao Chile. A entrada de Giovanni Augusto, Marlone e André melhorou a qualidade tática do Timão, mas, infelizmente, após dez minutos em campo, Marlone levou um carrinho criminoso do lateral esquerdo Thallyson e passou a sentir muitas dores no local. Como já havia feito três modificações, o técnico Tite teve de manter o jogador em campo, mesmo sem condições físicas. E o pior foi que o carniceiro nem tomou cartão. 
O time de Araraquara teve 56% de posse de bola contra 44% do Corinthians e finalizou 13 vezes, enquanto o Timão teve 14 chutes a gol. Não fossem as boas defesas do Rodolfo e a falha do Cássio, mesmo com as dificuldades, poderíamos ter vencido. Mas, como se... não conta, o jogo acabou empatado. 
Na realidade, o desgaste físico influiu no desempenho corinthiano. Mas, não foi somente isso. O desentrosamento da zaga, a ausência de um pitbull marcador, deixando a zaga fragilizada, a inexperiência do Maycon, a inoperância criativa do Rodriguinho na armação, a pouca movimentação do Danilo, as poucas investidas ofensivas dos laterais, a desconcentração em lances capitais e a falha do Cássio também contribuíram no desempenho e no resultado. 
De positivo merece destaque a raça e a vontade demonstrada pelo time e a sua capacidade de reação numa situação adversa. Coletivamente, o time melhorou com a entrada de jogadores descansados. Individualmente sobressaiu-se a raça do Romero, a boa movimentação do Lucca e a perspicácia do Fagner, o melhor em campo. Tirou uma bola em cima da linha, deu assistência para o 2º gol corinthiano e cobriu o contundido Marlone, que só ficou em campo até o final, pela impossibilidade de ser substituído. 
Com o resultado, o Corinthians perdeu os 100% de aproveitamento, mas segue invicto em jogos oficiais no Paulistão, com 13 pontos, e na temporada 2016. E continua na liderança do Grupo D e do campeonato. O próximo jogo da equipe ocorrerá na quarta-feira contra o São Bento, em Sorocaba, pelo Campeonato Paulista. A Ferroviária chega aos dez pontos e segue na liderança do Grupo C. 
Melhores momentos
Ficha Técnica - Ferroviária 2 X 2 Corinthians
Local: Fonte Luminosa, em Araraquara (SP)
Data: 21 de fevereiro de 2016, domingo
Horário: 19:30 horas (de Brasília)
Árbitro Principal: Flávio Rodrigues de Souza
Árbitro Assistente 1: Daniel Paulo Ziolli
Árbitro Assistente 2: Alex Alexandrino
Quarto Árbitro: Júnior César Lossávaro
Público: 9.273 pagantes
Renda: R$ 474.960,00
Cartões amarelos: Rodolfo e Caíque (Ferroviária); Fagner (Corinthians)
Gols: Ferroviária: Juninho, aos 28 minutos do primeiro tempo, e aos 13 minutos do segundo tempo; Corinthians: Lucca, aos cinco minutos do segundo tempo, e Giovanni Augusto, aos 37 minutos do segundo tempo
Ferroviária: Rodolfo; Igor Julião, Wanderson, Marcão e Thallyson; Rafael Miranda, Juninho, Fernando Gabriel (Rafinha), Samuel (Danielzinho) e Wescley; Tiago Adan (Caíque); Técnico: Sérgio Vieira
Corinthians: Cássio; Fagner, Vilson, Yago e Uendel; Bruno Henrique, Romero (André), Rodriguinho, Danilo (Giovanni Augusto), Maycon (Marlone) e Lucca; Técnico: Tite

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