Contra o Azulão não podemos amarelar

Domingo tem jogo no Pacaembu. E contra um time pequeno. Deveria ser um jogo tranquilo, para testar os reservas e aumentar o saldo de gols. Tecnicamente, o Corinthians é superior ao São Caetano e, teoricamente, seria um jogo para golear.
Mas, o time está vindo de uma derrota e de um empate sem gols e por suspensões e contusão, está desfalcado de três titulares. O adversário, apesar de ter uma campanha pior, vem embalado de uma goleada sobre o São Bernardo e luta para ficar entre os oito times classificados para a fase seguinte. O Corinthians está em 3º lugar na classificação e, para avançar na tabela,  além de vencer, precisa que os primeiros e o 4º, colocados, percam ou empatem. O time será o mesmo que empatou com o Botafogo de Ribeirão Preto e, possivelmente, atuará com o mesmo esquema tático. Se isso ocorrer, poderemos ter problemas, principalmente na armação das jogadas. O volante Moradei, improvisado  como lateral direito, pouco avança na área e Cachito, escalado para substituir o Jorge Henrique, atua mais como volante do que  como meia. Como os laterais jogando mais na defesa e na marcação e com as dificuldades do Morais na criação, os atacantes terão que continuar deslocando-se para buscar a bola ou esperar as bolas altas lançadas pelos zagueiros, que  nem sempre funcionam com atacantes de baixa estatura.

Mesmo com resultados adversos nos jogos anteriores, Tite elogiou o desempenho do time, sinalizando que deve manter o mesmo esquema tático. Apesar disso, ele nos surpreendeu com uma boa notícia. Finalmente, ele conseguiu detectar três problemas do time, finalizações, bolas paradas e importância de marcar gols antes do adversário. Com esta constatação ele demonstra que nos jogos anteriores o time não foi tão bem como ele havia declarado.
Quanto às finalizações, ele chama a atenção para os meias chegarem mais ao ataque e chutarem a gol. Mas, não era exatamente isso que o Bruno César fazia antes dos Pardais assumirem o time e do jogador ser escalado como ponta, ser fritado e depois vendido? Além disso, embora fale em meias, nessa posição só tem o Morais, que nem é muito criativo. O Luiz Ramires tem jogado como volante, o Danilo, quando entra, fica mais na marcação, cadenciando o jogo e o Bruno César só entra quando o jogo está terminando. Será que ele vai mudar o esquema tático, colocando o BC e o Morais na armação?
Quanto às bolas paradas, tomara que a treinabilidade da semana  possa proporcionar mais efetividade  nos tiros de meta, nas cobranças de falta e nos escanteios. Chega de tantos erros, de gols perdidos e de dar o contra ataque para o adversário!
A importância de marcar os gols antes do adversário é evidente, pois, quando o time está em desvantagem no placar, o descontrole é total, a começar pelo técnico que, nervoso e perdido, grita e gesticula sem  nenhuma objetividade, desestabilizando os jogadores, discute com o árbitro e faz substituições esdrúxulas. Não quero nem lembrar do jogo de Barueri.

Apesar de todos os problemas, o Corinthians é tecnicamente superior, vamos jogar em casa e com a torcida apoiando. Temos tudo para vencer e, se houver competência, até golear. Precisamos dessa vitória e se não for na técnica e na tática, tem que ser na raça, na garra, na superação...
Uma chegada de surpresa, um chute certeiro de fora da área, um escanteio  bem batido, com a bola na cabeça do Paulinho ou do Castan, uma falta bem cobrada ou uma bola chegando redondinha nos pés do Liedson ou do William, podem fazer a diferença, E, é claro, não podemos tomar gol.

Domingo, no Pacaembu, não podemos vacilar.
É ganhar ou ganhar.
Contra o Azulão, não podemos amarelar!


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