Corinthians 2 Flamengo 1 - Virada na raça

O dia em que o Corinthians jogou como Corinthians
Pressionado por tudo e por todos o Timão entrou em campo para uma batalha de vida ou morte. Muita coisa estava em jogo, além da liderança e dos três pontos. O recado estava dado, pela diretoria através do presidente Andrés Sanches, pela torcida, através de vaias, manifestações nas redes sociais e até no CT. Ganhar do Flamengo era questão de honra. Com panela ou sem panela, com baladeiro ou sem baladeiro, com rachão ou sem rachão... Não havia opções, mas só um caminho, um único objetivo, uma única esperança... Resgatar a confiança, retomar a liderança...
Era a hora da verdade, de mostrar aos torcedores, aos críticos, aos adversários, aos cobradores e aos corneteiros que  
                 Sempre foi e sempre será.
E assim foi. Com o Pacaembu lotado (37.707 torcedores), com a Fiel apoiando e empurrando, o time, na pura raça, superou as deficências táticas e os vacilos da defesa e, de virada, venceu o jogo e a pressão. Não foi o jogo dos sonhos, ainda tem muita coisa a ser arrumada, principalmente na defesa, nas bolas paradas, no posicionamento, nas finalizações... Mas, foi o jogo da raça, da entrega, do comprometimento, da superação...
O Corinthians foi pra cima, do 1º ao último minuto, botou pressão e conseguiu recuperar-se depois que tomou o gol. Criou 14 oportunidades de gol contra 5 do adversário. 
Novamente tomamos o gol de bola parada, numa cobrança de escanteio do R10, com a área mais congestionada que a Radial Leste às 18 horas, com nossos marcadores trombando entre si e com o goleiro, atrapalhando o Júlio César, mas deixando livre quem deveria ser marcado. Jorge Henrique marcando o Deivid é piada de mal gosto. A foto acima fala por si. Tite tem que arrumar urgente nossa defesa, pois a zaga está cada vez mais insegura e goleiro e zaga não vem se entendendo.
Alessandro, apesar da falta de ritmo, foi bem melhor que nos jogos anteriores; Ramon, apesar de abrir algumas brechas, fez seu melhor jogo; Ralf voltou a ser o bom Pitbull de outrora; Paulinho deu conta da marcação e pouco chutou na área e Alex deu mais qualidade na armação, embora tenha errado toda as finalizações. Melhorou muito, mas ainda está devendo.
No ataque, Jorge Henrique foi um bom fundista,  ajudou na marcação, embora não tenha conseguido impedir o gol do Deivid. Ah! esqueci que ele é atacante... Deveria ter sido substituído já no intervalo; Émerson foi um guerreiro, correu o jogo inteiro, foi catimbeiro, não fugiu de nenhuma dividida, embora tenha perdido muitas chances. William entrou e melhorou muito o ataque, quase fez um gol e cruzou a bola para o gol da virada. Mas, o homem do jogo foi o Liedson, que, literalmente apanhou dos zagueiros e, franzino, mas oportunista e habilidoso, revidou com dois gols as agressões sofridas. No próximo jogo contra o Flamengo, acho bom reforçar o time com o Anderson Silva. O Levezinho movimentou-se o tempo todo, ajudou na marcação, buscou o jogo e quando permaneceu mais na área, como deve ocorrer com um centro avante, mandou a bola pra rede. Tite demorou para fazer as substituições. 
Do lado de lá, seu astro principal, que até mudou a data do jogo, mostrou alguns lampejos de craque, fez algumas exibições a la "Cirque du Soleil" além de uns dribles. Fortemente marcado, só foi efetivo ao bater o escanteio do gol. O goleiro deles fez boas defesas, mas o talento e a habilidade do LiedGOL conseguiu transformar o @Paredao1 numa @paredinha0. Thiago Neves levou algum perigo, mas depois acabou o gás... Lamentável foi a atuação dos zagueiros brucutus, principalmente do Gustavo que, covardemente deu um soco no Liedson fora de lance de jogo, quando ele tentava apaziguar um desentendimento do zagueiro com o Émerson. Em entrevista após o jogo, o técnico deles reconheceu nossa grandeza ao afirmar que perder  do Corinthians é um resultado normal.
Numa bonita e justa homenagem ao grande ídolo corinthiano, as camisas de todos os jogadores, ao invés de seus próprios nomes traziam estampado Dr Sócrates. A torcida foi um espetáculo a parte, com homenagem aos ídolos do passado, muitas faixas, balões, cantos, coreografias e palavras de ordem. O Pacaembu fervia  e, na virada, explodiu em gritos, risos e choros, extravasando toda a emoção que somente a Fiel é capaz de sentir e manifestar.
A importância deste jogo extrapolou os três pontos e a manutenção da liderança. O fundamental foi a mudança de postura do time, a atitude demonstrada em campo, a luta pela vitória, a fibra, a guarra... Desta vez a bolerada honrou a camisa, respeitou o manto, entrou com sangue no zóio e com a faca nos dentes, foi pra cima, não deu moleza. Jogou com raça e tradição, jogou como Corinthians...
Sabemos que nem tudo está perfeito, que há muito a ser corrigido, mas já vislumbramos a possibilidade de dias melhores, desde que a bolerada não esmoreça e mantenha o mesmo espírito demonstrado no último jogo. Nós, torcedores, estaremos atentos e vigilantes, apoiando e incentivando sempre. Mas, também, cobrando, apontando os erros e exigindo soluções. Não somos escoteiros, mas estaremos sempre alerta e esperamos que a diretoria, a comissão técnica e o time, também estejam.

Créditos e fontes de imagens
Felipe Elias/Felldesign/uol.com.br
aquiecorinthians.wordpress.com
terra.com.br
Eduardo Viana/lancenet.com.br
Nelson Almeida/uol.com.br
clubedoescoteiropetropolitano.arteblog.com.br

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