Corinthians 3 Grêmio 2 - Vitória na raça

Apesar do horário impróprio, (18 horas de 4ª feira), do frio e da chuva, 15468 torcedores pagantes conseguiram chegar ao Pacaembu e assistir a vitória do Corinthians sobre o Grêmio de Porto Alegre. Enfrentando o time rival, a incompetência do árbitro, a chuva e o frio, vencemos graças a garra e ao esforço dos jogadores do Timão que, desta vez correram como Corinthians e jogaram como Corinthians. 

Os erros de arbitragem atrapalharam o espetáculo e foram tantos que os dois times saíram reclamando. Os visitantes reclamaram que o pênalti marcado não existiu e dos acréscimos de apenas três minutos no final do jogo. A imprensa anti veio com o velho papo de apito amigo e que o árbitro protegeu o Corinthians. Estranha proteção! Várias faltas não marcadas a nosso favor, dois gols anulados, um pênalti no Danilo não marcado e duas expulsões ridículas. Até parece que no intervalo o árbitro ouviu o chororô dos antis e, para não sair mal na fita, resolveu compensar um possível erro e quem pagou o pato foi o Timão. Um 2º cartão duvidoso numa bola dividida, em que o pé do Liedson escorregou, perdemos o nosso artilheiro e por uma pretensa "cera" ao ser substituído, Edenilson recebeu o 2º cartão e, também foi expulso. Ficamos com nove jogadores em campo. 

Tentando remediar uma possível falha, o árbitro errou na dose, e como super dosagem de remédio é veneno, quase conseguiu matar nossas jogadas e nos matar de preocupação. Mas, apesar dos vacilos anteriores, somos grandes, somos fortes, somos valentes, somos mosqueteiros, somos guerreiros... 
Quando a coisa apertou a bolerada não negou fogo. Com certeza disseram: Aqui é Corinthians!!! E, mais uma vez, entrou em campo a raça, a garra, a superação. Vi sangue no zóio como há muito tempo não via, vi guerreiros lutando como se fosse a batalha final, vi soldados valentes defendendo a fortaleza de salteadores, vi São Jorge matando o Dragão. O mais importante é que vi em campo, um time aguerrido, determinado, raçudo... Vi o meu Corinthians voltando a ser Corinthians, resgatando seu passado de lutas, de glórias e de vitórias.

Quanto ao jogo, há de se ressaltar o bom desempenho do Paulinho e do Ramon, autores do 2º e do 3º gols. Chicão fez o 1º de pênalti muito bem batido, mas, infelizmente, continua não acertando as cobranças de faltas. Tomamos dois gols de bola parada, mostrando que nossa defesa deixou de ser uma muralha. Júlio César mal posicionado, não alcançou a bola da falta bem cobrada pelo Douglas e no 2º gol, de escanteio, apesar da muitos corinthianos na área, não tinha ninguém marcando na 2ª trave, apenas o Alessandro olhando  e assistindo a movimentação e André Lima fazer o 2º do Grêmio. Júlio César compensou a falha no 1º gol com boas defesas, quando o Grêmio, aproveitando-se de sua superioridade numérica partiu com tudo pra cima. Alessandro, vindo de contusão e sem ritmo de jogo fez um bom primeiro tempo, mas no 2º caiu de produção e deveria ter sido substituído pelo Welder. Paulo André, também sem ritmo, não foi tão preciso como costuma ser nas jogadas aéreas. Ralf esteve mais para um amigável labrador que para o Pitbull do passado.Teve dificuldades na marcação, não conseguiu parar o Douglas e o Douglas livre para armar é sempre um perigo. Parece que a seleção anda fazendo mal para os convocados, pois a maioria deles, inclusive os que jogam na Europa, tem caído de produção. Edenilson foi melhor no ataque que na marcação, foi um tanto ingênuo ao sair vagarosamente ao ser substituído e acabou sendo expulso. Danilo, completamente marcado por Flávio Rochemback, foi o pior homem em campo. 

Jorge Henrique substituiu Danilo e deu outra dinâmica no jogo, melhorando muito o time. Émerson movimentou-se bem, procurou o jogo e foi o autor dos dois gols anulados. Liedson muito marcado pouco finalizou e acabou sendo expulso num lance duvidoso. Já com nove em campo o zagueiro Wallace substituiu o Émerson. Entrou para segurar o resultado e cumpriu bem sua função. E nos minutos finais Welder substituiu Ramon.

Com o apoio da Fiel, que empurrou o time o tempo todo, nossos valentes guerreiros  superaram as adversidades e venceram o mau tempo, os erros da arbitragem, o time do Grêmio e o jogo, garantindo-nos os três pontos e a liderança do campeonato. O jogo, de final dramático, em que atuamos com nove jogadores nos últimos 15 minutos, devolve ao time a confiança, além de resgatar a esperança de mais de trinta milhões de loucos apaixonados pelo Timão. A esperança da volta do nosso velho Corinthians, guerreiro, altaneiro, mosqueteiro... E, na esperança da volta triunfal deste meu time tão querido,  faço-lhe apenas um pedido: 

          não para... não para... não para...

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Nelson Almeida/uol.com.br
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