Saindo do sufoco?

Ufa! Uma vitória, três pontos e a vice liderança. Uma pausa para respirar e para por a casa em ordem. Para refletir, para se reorganizar, para se preparar para o próximo jogo, para um novo desafio, para mais uma decisão.
Foi uma vitória importante, estratégica para a conquista do campeonato. Mas foi muito sofrida, muito mais do que deveria, tendo em vista que enfrentamos um Bahia mais desfalcado que o trem pagador depois do assalto e mais remendado que terno de noivo de festa junina. Mas, se tecnicamente o Bahia é inferior, foi superior na organização e atuou com muita dedicação, o que nos custou alguns sustos e sofrimentos, principalmente antes de sair o gol. Sustos esses mais por nossas falhas do que pelos méritos do adversário.
Para não variar, Tite tomou mais um nó tático do Joel Santana, o Mestre do Ferrolho, que usou a marcação forte como sua arma principal. Nossa previsibilidade facilitou muito a marcação do adversário, bem como a má atuação do Alex que errou muitos passes e chutes e de bom só fez o cruzamento para o gol. Alessandro, ainda muito longe do guerreiro do passado não conseguiu apoiar o ataque, sobrecarregou William, mas mesmo assim permaneceu o jogo todo. E Welder no banco. Jorge Henrique, que substituiu Alex, muito mal física, técnica e taticamente, pouco acrescentou. Na realidade, o Motorzinho está precisando de uma boa retífica. A defesa foi bem, apesar de Wallace, um tanto nervoso, ter cometido alguns erros e faltas desnecessárias. Mesmo com a melhora da defesa e com a zaga mais entrosada com o Júlio César, ainda continuamos levando sustos nos escanteios. Sem o Liedson, o ataque mostrou-se mais fragilizado, apesar da movimentação e do esforço do Émerson e do William, muito sobrecarregado por ter que cobrir a lateral.
Mas, o ponto nevrálgico do time continua sendo a ausência de criação do meio campo e o abuso do chuveirinho na área. Se pelo menos tivéssemos um jogador alto na área, algumas bolas lançadas poderiam dar resultado. Tite, mais uma vez, não conseguiu armar o time com dois meias, dando a impressão que um atrapalha o outro. Danilo, superior ao Alex, movimentou-se bem e acertou mais os passes, fazendo por merecer a titularidade, enquanto Alex pouco criou, não conseguiu armar as jogadas nem dar assistências, foi fominha e, muitas vezes, deixou de passar a bola para quem estava em melhores condições. 
No 2º jogo sem tomar gol, vimos uma defesa melhor arrumada e entrosada e, novamente, o destaque foi o Paulo André, calmo e equilibrado, bom nos desarmes,  passando a bola com precisão e sem chutões, seguro nas bolas aéreas, tanto na defesa quanto no ataque. Sua técnica e experiência fazem a diferença e, com a recuperação física e técnica do Chicão, poderemos voltar a ter uma zaga imbatível. Fábio Santos foi bem, Ralf firme nos desarmes, mas ainda sem ser o bom Pitbull do início do campeonato e Edenilson não comprometeu.
Mas, a grande trapalhada do jogo, cujos desdobramentos poderão ser trágicos, foi o lance da expulsão do Émerson. Um fato com duas versões, mas suficiente para mostrar a imprevidência e a insegurança da comissão técnica e o desequilíbrio emocional e o destempero verbal do jogador.
Versão do Tite: "Como ele já tinha colocado a mão na coxa, eu pedi para ele mostrar o que estava sentindo. Eu não iria tirar o melhor cara do jogo por questão técnica. Ele estava machucado e precisou ser atendido. Não foi por simulação. Eu até perguntei para o 4º árbitro e ele concordou comigo, sabia que o Émerson não estava bem para poder continuar. Mas veio o amarelo, questão de critério. O jogador se irritou e saiu o vermelho. Enfim, temos que acatar." (http://globoesporte.globo.com).
Versão do árbitro: "Aos 39 minutos do segundo tempo, foi expulso de campo o atleta Márcio de Passos Albuquerque, (Émerson) por atitude anti desportiva (simular lesão ao cair em campo de jogo ao ser substituído), sendo advertido com o cartão amarelo, já sentado na maca. Ao receber o amarelo, em tom irônico começou a bater palmas e em ato contínuo às palmas disse olhando para mim por duas vezes: 'Você é um idiota, você é um idiota,' sendo expulso diretamente com a apresentação do vermelho. Informo ainda, que após o término do jogo, fui comunicado pelos senhores Bruno Boschillia (assistente) e Flávio Rodrigues de Souza (quarto árbitro) que a orientação para o atleta cair no gramado e simular contusão partiu do banco de reservas pelo senhor Geraldo Magela Delamore Moreira, assistente técnico do Corinthians," (súmula do jogo Corinthians X Bahia)
Diante dessas duas versões, totalmente contraditórias, eu pergunto:
Qual é a verdadeira? Quem é ou quem são os idiotas? A comissão técnica não sabe que depois do jogo tem uma entrevista coletiva, na qual poderia ser esclarecido o motivo da substituição? Jogador e comissão técnica não aprenderam nada com a expulsão do Edenilson no jogo contra o Grêmio? Não bastaria sair mancando com a mão na coxa para demonstrar uma possível contusão? O jogador precisava aplaudir ironicamente o juiz, fato presenciado pelos presentes e documentado pela TV, e chamado o mesmo de idiota, como relatado na súmula? Em relação às palavras do 4º árbitro, qual é a versão verdadeira? Comissão técnica e jogador não previram os desdobramentos  possíveis da ordem dada e do ato praticado?
Mas, como a toda ação corresponde uma reação com a mesma intensidade, as trapalhadas que motivaram a expulsão do Émerson, resultaram no afastamento do mesmo em pelo menos dois jogos, criando um problemão para nosso ataque já desfalcado pelas contusões do Liedson e do Adriano.
As dificuldades que temos encontrado na armação do time e no ataque foram potencializadas pelo episódio da expulsão, o que nos induz a responder negativamente à pergunta título. Não estamos saindo do sufoco e prevemos dificuldades para os próximos jogos, principalmente para o contra o Vasco, um jogo decisivo para a recuperação da liderança. Mas, isto será assunto de um outro post.
Estou sendo pessimista? Muito corneteira? Será que vou perder o respeito do Émerson por estar questionando o time vice-líder e vou ter que esperar despencar muito para poder criticar e cobrar?
Sei que não tem nada perdido, mas também não tem nada ganho. Nas atuais circunstâncias não vejo muitas perspectivas de grandes mudanças táticas nem de um aperfeiçoamento técnico excepcional, mas de apenas algumas correções e mudanças pontuais. Mesmo assim confio na superação pelo esforço pessoal e comprometimento dos jogadores, desde que as contusões não lotem o Departamento Médico.


Somos a Fiel Torcida e não vamos jogar a toalha. Vamos apoiar sempre. E esperamos que o time corresponda com muita luta e determinação.


Créditos e fontes de imagens
republicadocorinthians.wordpress.com
gazetaesportiva.net
Agência Estado/globoesporte.globo.com
Lancepress/Ari Ferreira/lancenet.com.br
Ari Ferreira_LANIMA/lancenet.com.br
republicadocorinthians.wordpress.com
coletivoimaginario.org
Fernando Borges/terra.com.br

Comentários

  1. POR ESTES FATOS EXTRA CAMPO..É QUE AS VEZES DEFENDO O TITE...NEMM TUDO É POR DECISÃO DELE..AS CIRCUNSTANCIAS O OBRIGAM A MUDAR O TIME..E FOI PERDENDO AQUELE PIQUE,...AÍ VEM O CHICÃO..COM SUA VAIDADE E TUMULTUA O GRUPO..PRA MIM O, CASTÁN.,.TB SIMULLOU CONTUSÃO..P/ DEIXAR O TITE NA PIOR CONTRA OS BAMBIS...OS DOIS DEVEM FICAR NO BANCO.."QUIETINHOS" E AGUARDAR UM NOVA CHANCE..POIS NINGUÉM É INTOCÁVEL..

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