Um Loco Bota fogo no Pacaembu e queima nossos três pontos

Agora que eu já desabafei vamos falar do último jogo. Não que eu tenha vontade, mas preciso falar para exorcizar os fantasmas que nos assombraram em noite tão infeliz, ameaçando nossa liderança. Nosso começo foi tenebroso. O time estava mais perdido que cego em tiroteio e cachorro que caiu de caminhão de mudança. Caio Júnior não é nenhum Mourinho e nenhum Guardiola, mas é um homem inteligente e um técnico aplicado. Estudou direitinho o jogo do Timão, apostou na previsibilidade TITEniana, povoou seu meio campo, apertou a marcação e anulou nossos laterais, meias e atacantes. Com dois jogadores habilidosos nas costas, Alessandro  e Fábio Santos (depois Welder) morreram no jogo, Alex e Danilo não conseguiram criar nada e  Jorge Henrique e William correram muito e produziram pouco. Perdidos em campo, mal posicionados taticamente e desequilibrados emocionalmente, nosso time foi pro vestiário perdendo de 2 a 0, mas poderia ser de 3, se o árbitro não tivesse marcado um impedimento duvidoso. Levamos o 1º gol válido num contra ataque rápido aos 11 minutos do jogo, em que a bola resvalou na defesa e em que ninguém marcou o Loco Abreu. Alessandro Bola nas Costas não conseguiu acompanhar o atacante e o Paulo André só assistiu o lance. Na zaga direita P.A. sempre dá um bobeada. Com a marcação apertada começou a chuveirada dentro da área, mas, como sempre acontece, as ligações diretas da defesa pro ataque deram em nada. Até que numa cobrança de lateral saiu o 2º gol do Bota, depois do chute de Maicosuel desviar no Moradei e enganar o Júlio César. Depois, só restou ao adversário se trancar e se defender. Ainda no 1º tempo, Fábio Santos se contundiu numa dividida e foi substituído por Welder, as faltas cobradas por Alex não resultaram em gols e ninguém conseguiu acertar os chutes na rede
No 2º tempo, sem recursos no banco, Tite inverteu os laterais, já que Welder estava totalmente perdido no lado esquerdo, trouxe Alex para o meio e deixou  Danilo na ponta. Aos 18 minutos, com a expulsão de Cortez, Adriano substituiu Moradei. O objetivo era aproveitar as bolas altas alçadas na área, mas, ainda fora de condições físicas, o atacante pouco tocou na bola e quando atuou fora da área foi desarmado com facilidade. Aos 38 minutos da etapa final, Luiz Ramires entrou no lugar de Alessandro. O peruano se esforçou muito, mas nada conseguiu diante do pouco tempo de jogo e da boa atuação da defesa adversária.
O 2º tempo do Corinthians foi melhor que o 1º. O time pressionou, mandou bolas na trave, teve chutes desviados na zaga, escanteios e faltas cobradas e grandes defesas de Renan, o goleiro reserva do Bota. (Acho que trouxemos o Renan errado). Mas, aí o adversário já estava fechadinho, enquanto nossos jogadores, nervosos e afobados, não conseguiam acertar os chutes e fazer os gols.
Na realidade, Tite levou mais um nó tático em pleno Pacaembu lotado. Atuamos sem criatividade, sem iniciativa, com os jogadores mal posicionados, desconcentrados, afobados, emocionalmente desequilibrados e quando acordamos na etapa final, paramos na retranca do adversário que, apenas se defendendo e administrando o resultado, ainda nos deu alguns sustos nos contra ataques. Com a contusão do Fábio Santos, ao invés de utilizar a mesma estratégia que deu certo contra o Atlético MG, deslocando o Jorge Henrique para a lateral esquerda e colocando o Edenilson ou o Ramires em seu lugar, Tite preferiu improvisar Welder que, de tão mal que estava, obrigou o técnico inverter as posições na etapa final. Welder deveria ter entrado no lugar de Alessandro e Adriano ainda não tem condições físicas para reverter um resultado. O Corinthians ainda carece de uma liderança em campo capaz de motivar os jogadores, tranquilizá-los e organizar o time. Nosso capitão de plantão está mal, física e tecnicamente, não está conseguindo se auto motivar nem organizar suas próprias jogadas, quanto mais fazer isso com seus companheiros. Sua atuação com a braçadeira tem sido apagada e no último jogo ficou mais evidente pelo contraste com a performance do capitão adversário que, mesmo sendo um atacante, teve papel primordial, também na organização da defesa e da zaga botafoguense. Estava tão atuante e concentrado que nem parecia recém chegado de uma jornada com a seleção uruguaia.
Perdemos o jogo, os três pontos, não conseguimos eliminar um adversário direto e deixamos de acumular uma leve camada de gordura. Neste campeonato pecamos pela previsibilidade e basta um técnico aplicado analisar nosso esquema tático para sermos anulados. Somos, também, um time irregular e oscilamos boas e más partidas. Tem jogos, como este último, que os jogadores entram desconcentrados e emocionalmente desequilibrados, afobados e descontrolados. Entram tão aéreos e sem sintonia que sequer conseguem captar as boas energias e as vibrações da Fiel que emanam das arquibancadas, anulando o próprio fator casa e o apoio da torcida. Pela incompetência, também dos adversários, e não pelos nossos méritos e nem por sorte, continuamos na liderança e o campeonato continua em aberto. Espero e desejo que, nos próximos jogos, sejamos mais competentes e estejamos mais concentrados e emocionalmente equilibrados. É o mínimo que deve ser feito por um time que quer ser campeão.




Créditos e fontes de imagens
lancenet.com.br
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lanceactivo.com.br

Comentários

  1. Esta na hora de reverem esse brasileiro aonde tem muito dono o cachorro morre de fome Dona Maria.

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