Vasco 2 Corinthians 2 - Valeu a pegada

Embora o resultado não tenha sido o desejado, o empate em São Januário impediu que o Corinthians se distanciasse do líder e se complicasse na tabela de classificação. Jogando contra o Vasco em casa e sem desfalques, contra a torcida e contra o árbitro, um empate, após ter estado por duas vezes atrás no placar, acabou sendo um mal menor. Mas, mais do que o resultado, o que animou o torcedor corinthiano foi o espírito de luta, a garra e a pegada do time, que não se desequilibrou com placar adverso, partiu pra cima e só não conseguiu a vitória devido à má pontaria e a uma certa afobação na hora de finalizar.
Com um ataque desfalcado e sem um centro avante de ofício, com Jorge Henrique e William tendo que ajudar na marcação e os laterais, Danilo ficou mais livre para avançar e cumpriu magistralmente o seu papel, dando o passe para o gol do Alex e marcando o 2º gol. Se tivéssemos sido mais efetivos nas finalizações teríamos ganho o jogo. Como bem reconheceu o treinador, faltou calma, maturidade, concentração e uma certa frieza na hora de finalizar. E sobrou ansiedade e afobação.
Os gols adversários saíram de duas vaciladas nossas. Voltamos a tomar gol de escanteio, numa bobeada da zaga que não conseguiu marcar o Dedé. E o 2º gol deles saiu de uma bobeada geral. Falhou a marcação, deixando a bola escapar; falhou a defesa, que não conseguiu acompanhar nem alcançar o lateral deles e nem mesmo fazer uma falta para parar o contra ataque. Um tremendo vacilão, em que Júlio César teve sua tarde de Renan.
Em que pese não ter faltado raça, nos requisitos técnica e ritmo de jogo, alguns jogadores ainda estão deixando a desejar. Alessandro não tem mais fôlego nem pernas; não sobe, não apoia e não acompanha. E o Welder continua no banco. Jorge Henrique continua muito longe do que já foi um dia, do Motorzinho turbinado que puxava e empurrava o time. Alex começou bem o jogo, fez o 1º gol, parecia que ia engrenar e empacou. Ainda não justificou os 14 milhões que custou. Paulo André não conseguiu impedir a cabeçada do Dedé no 1º gol, mas depois se redimiu. Mas, continuo achando que ele atua melhor pela zaga esquerda do que pela direita.
Se eu fosse o técnico teria feito as substituições mais cedo, colocando o Edenilson no lugar do Jorge Henrique, o Welder no de Alessandro e Taubaté no de Alex, deixando o atacante de mais de1,81m mais centralizado na área.
A atuação do árbitro interferiu escandalosamente no resultado. Durante toda a semana, bombas de Dinamite foram atiradas em seus ouvidos, defuntos de jogos passados foram ressuscitados e notícias antigas foram requentadas, tudo com ampla repercussão da mídia anti corinthiana. Parece que tudo isso mexeu com a sua cabeça, fazendo-o sentir-se na obrigação de mostrar que não favoreceria o Corinthians. O chororô funcionou. Para mostrar que não era apito amigo, exagerou na dose e teve uma atuação parcial, digna de apito inimigo. Inventou faltas, principalmente do William, e deixou de dar dois pênaltis escandalosos, sendo um deles numa jogada que foi uma autêntica manchete de volei. Lamentável!

Outro fato negativo foi o tratamento dado à torcida na cidade do Rio de Janeiro. Ônibus da caravana de torcedores atacados a tiros e a pedradas logo na chegada, polícia segurando os ônibus que, assim como no jogo com o Fluminense, fez com que a nossa torcida só entrasse no 2º tempo, ônibus do time recebido a pedradas na chegada ao estádio e torcida retida no estádio por mais de duas horas após ao jogo, eis uma amostra da desorganização do futebol carioca e da falta de estrutura da segurança publica do Estado do Rio de Janeiro. Eis o que nos espera na abertura da Copa do Mundo.
Do empate com o Vasco louvamos o espírito guerreiro do time que voltou a jogar como Corinthians. Mas, se sobrou garra, empenho e determinação, ainda tem muito a ser melhorado para as próximas partidas, a começar por escalar os melhores em cada posição e não os mais antigos nem os mais caros. Tem jogador com prazo de validade vencida, tem jogador fora de forma física e técnica e tem jogador que ainda não se integrou no time e que sente o peso da camisa. Estes não podem ser titulares, pois ninguém joga só com o nome nem com as conquistas do passado. Que sejam escalados os melhores e que a coragem do técnico não se limite à mudança da zaga. Além disso, é preciso aproveitar a semana cheia para aprimorar os fundamentos, corrigir o posicionamento defensivo nas bolas paradas, treinar exaustivamente cobranças de faltas e finalizações. No aspecto emocional é preciso diminuir a ansiedade para que a definição das jogadas ocorra com menos afobação e com mais atenção.


No mais é manter a pegada e saber usar esse jogo como alavanca para a retomada da liderança e a conquista do pentacampeonato.




Fontes e créditos de imagens
supervasco.com
Gilvan Sousa/LANIMA/lancenet.com.br
Marcelo de Jesus/esporte.uol.com.br
Gazeta/esporte.ig.com.br
culturamix.com
SporTV
Futura Press/esporte.ig.com.br
fotolog.com

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