O jogo é jogado e o lambari é pescado

Sabia que não não seria moleza, mas não esperava tanta baixaria. Na guerra da Libertadores o adversário vira inimigo, usa a tática de guerrilhas e parte para o terrorismo. Geralmente isso acontece quando os times brasileiros enfrentam os times estrangeiros nos seus respectivos países. O próprio Corinthians sofreu atos de violência quando jogou no México e no Equador e o Santos quando jogou na Bolívia.
Mas, infelizmente, as agressões não ficaram restritas ao exterior. E a guerra de guerrilhas foi desencadeada pela torcida do time do litoral, mesmo antes do jogo começar. Odir Cunha, autor do livro da história do Santos, escreveu em seu blog uma matéria caluniando e difamando os torcedores do Corinthians, jogadores do Santos deram entrevistas já projetando a final com o Boca Juniors, como se já tivessem jogado e vencido as semifinais e nossa delegação e nossa torcida foram objeto de atos de agressão pelos torcedores santistas.
Logo na chegada, o ônibus do Timão foi atingido por ovos e no treino na Vila, os santistas atiraram rojões dentro do estádio. Durante a madrugada e pela manhã do dia do jogo, estouraram rojões nas proximidades do hotel onde nossa delegação estava concentrada para impedir o descanso dos jogadores, fizeram pichações desairosas ao Corinthians nas ruas de acesso da torcida visitante ao estádio, fizeram emboscadas para nossa torcida e só não ocorreu o pior, por interferência da polícia. Com o jogo em andamento atiraram objetos dentro do campo, inclusive um capacete da Polícia Militar, que por pouco não atingiu o goleiro Cássio. E as caravanas de Corinthianos, novamente, tiveram dificuldades para chegar ao estádio, e só conseguiram entrar, aos 32 minutos do jogo.
Eventos
                            Santos                       Corinthians        
Em campo, os jogadores santistas abriram a caixa de ferramentas, com a conivência da arbitragem caseira que fez vistas grossas às agressões dos jogadores do Santos enquanto qualquer contacto normal de jogo dos corinthianos eram punidos com falta e cartões. O quadro acima fala por si do apito inimigo e da atuação da arbitragem. 
Mas, como diz o ditado, "o jogo é jogado e o lambari é pescado". E, naquela lata de sardinha que eles chamam de estádio, o Corinthians não deixou por menos. Jogou o jogo e pescou o lambari.

Melhores momentos
Ficha Técnica - Santos 0 X 1 Corinthians
Local: Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 13 de junho de 2012, quarta-feira
Horário: 21h50 (de Brasília) 
Árbitro: Marcelo Henrique (Brasil) 
Assistentes: Dibert Pedrosa e Roberto Braatz (Brasil)
Público: 14.788 pagantes
Renda: R$ 969.701,00 
Cartões Amarelos: Leandro Castán, Emerson, Cássio, Chicão e Alessandro (Corinthians); Neymar (Santos)
Cartão Vermelho: Emerson (Corinthians)
Gol: Corinthians: Emerson, aos 27 minutos do primeiro tempo
Santos: Rafael Cabral; Henrique, Edu Dracena, Durval e Juan; Adriano, Arouca (Felipe Anderson), Elano (Borges) e Paulo Henrique Ganso; Neymar e Alan Kardec (Dimba). Técnico: Muricy Ramalho
Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho, Danilo e Alex (Wallace); Emerson e Jorge Henrique. Técnico: Tite
Estatística

Conscientes e determinados, nossos guerreiros nem pareciam jogar fora de casa. Preencheram o meio campo, foram pra cima e não deixaram o Santos jogar. Qual Fenix renascida, o Guerreiro Alessandro, com a colaboração do Jorge Henrique, colocou o Pop Star queridinho da mídia pra dançar.
Mas, desta vez, o ritmo era outro, nós que escolhemos a música e o maestro Paulinho não perdoou. Tomou a batuta, ditou o ritmo e no final do concerto, do Ganso, só restou uma porção de foie gras.
 Gol do Émerson
O Émerson, estava com a macaca e em homenagem à Cuta, tratou logo de agradecer os votos de "Feliz Ano Novo" e os rojões que "homenagearam" nosso elenco na concentração marcando um belíssimo gol. 
No 2º tempo, Murici trocou o inoperante Elano pelo Borges, o Timão recuou e se fechou no ataque, o Santos tentou vir pra cima, mas a muralha corinthiana bloqueou todas investidas. Apesar de já ter amarelado parte de nossa defesa e de "não" ter visto os pisões e as pancadas de Durval e companhia, nossos jogadores não se intimidaram. O Bailarino da Baixada resolveu ressuscitar, fez falta dura em Castán, mas o juiz só deu o amarelo,  e conseguiu cavar a expulsão do Émerson. Ah! juiz caseiro, a falta do Émerson você viu, mas não viu o pênalti que ele sofreu!
Com um a mais o Santos veio pra cima, o Timão se fechou mais ainda e quando, num contra ataque, Alex partia para o gol, alguns refletores se apagaram. Por coincidência o artista do Circo de Soleil desabou em campo e pode descansar por 18 minutos, quando a luz retornou e o jogo foi reiniciado. Tite substituiu Alex por Wallace, reforçando ainda mais a defesa e, administrando o resultado, o Corinthians esperou o jogo acabar.
Defesas do Cássio
Quando conseguiram atacar, as investidas santistas foram paradas pela sólida muralha corinthiana. E quando precisou entrar em ação, Cássio foi o iceberg que afundou o Titanic praiano. Bem posicionado, seguro, preciso, ágil e com uma elasticidade incrível, catou muito. 
Na guerra das torcidas, os santistas ficaram com o troféu baixaria enquanto a Fiel, embora em menor número, dominou o estádio com seus gritos e com seus cantos. Os santistas já começaram criar problemas muito antes do jogo, quando 61 componentes de uma das suas (des)organizadas foram detidos pela polícia por pularem as catracas e destruírem um vagão de metrô quando se dirigiam para o litoral. Em Santos, atiraram ovos em nosso ônibus e rojões no estádio durante nosso treino, soltaram fogos para atrapalhar o sono dos nossos jogadores, picharam os muros do caminho do estádio com frases ofensivas ao Corinthians, retardaram nossa entrada no estádio, armaram emboscadas pra Fiel, brigaram entre eles mesmos e com a polícia, atiraram objetos em campo, abusaram dos sinalizadores para atrapalharem nosso goleiro, enfim, fizeram de tudo para impedir que jogássemos. E aí Odir Cunha, descobriu agora qual é a torcida baderneira?
Como eles não tem fôlego nem pique para apoiar o jogo todo, distribuíram apitos pra fazerem barulho, mas, depois que levaram o gol, ficaram tão apagados que pareciam ter engolido os apitos. Enquanto isso, nossa torcida era só festa, incentivo e apoio. Quem ouvia pelo rádio e não visse as imagens da TV, até achariam que éramos a maioria.
Voltamos de Santos com a vitória e com a vantagem de jogar pelo empate no Pacaembu. Mas, sabemos que vencemos só a 1ª batalha e que não tem nada ganho. Por isso, apesar da alegria, nada de euforia, nada de empolgação. A ordem é continuar trabalhando e manter os pés no chão, com muita humildade, mas também com esperança e confiança. Com respeito ao adversário, mas com a consciência da nossa capacidade, da nossa garra e da força emanada por mais de 33 milhões de loucos que formam a poderosa corrente, cuja energia, amor e fé anulam as montanhas do ódio daqueles que preferem ver seus times perderem do que o Corinthians vencer. É com esse espírito e com muita esperança que vamos para o Pacaembu carimbar o passaporte para a final.


Créditos e fontes de imagens
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com
esporte.uol.com.br
twitter.com-@andeersoonsccp
Ari Ferreira/lancenet.com.br
youtube.com/facebook.com/sovideoemhd
esporte.uol.com.br
folha.uol.com.br
globoesporte.globo.com
Fernando Donasci/esporte.uol.com.br
Fernando Donasci/esporte.uol.com.br
foxsports.com.br
Ari ferreira/lancenet.com.br
globoesporte.globo.com
foxsports.com.br
foxsports.com.br
Marco Riboli/globoesporte.globo.com
globoesporte.globo.com

Comentários

  1. Prezada Maria Angélica, vc bem sabe que eu não dou muita importância para esta cucaracha cup. Não que eu não queira ver Corinthians conqusitando-a. Apenas coloca-a no mesmo nível de todas as competições oficiais conqustadas pelo clube. Mas confesso que, diante de tudo que vem sendo comentado pelos antis, diante de toda a arrogância da manjubinhada, do circo de horrores que foi o jogo lá na Baixada -algo que não reservariam aos bambis ou aos chiqueirenses- este torneio passa a ter uma importância diferenciada. Mas quarta-feira que vem, a batalha vai ser dura. O inimigo se faz de coitado, de vítima mas, em termos de bastidores só perdem para os bambis. Contra tudo e contra todos,temos "apenas" a nossa torcida e a capacidade de nossos jogadores. Valeu. (Múcio Rodolfo Neto)

    ResponderExcluir
  2. Com certeza. 4ª feira, o Santos será o Brasil na Libertadores e nós seremos apenas o Corinthians na Libertadores. Mas, isso nos basta, pois somos mesmo uma Nação à parte. Confio na raça e na vontade dos nossos guerreiros e na força de nossa torcida, com seus mais de 33 milhões de loucos energizando e empurrando nosso esquadrão mosqueteiro. Vai Corinthians!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Vai Corinthians!

Depenando o urubu

Que decepção!!!