Uma tragédia anunciada

Melhores momentos
Quando vi o que estava acontecendo nos treinos do Corinthians e a escalação do jogo contra o Grêmio fiquei assustada e preocupada. E, mesmo não tendo a mínima vocação para Mãe Diná, previ que voltaríamos do Sul intoxicados de churrasco e chimarrão. Além de jogarmos com reservas, improvisamos jogadores em posições chaves, mandando a campo um time Frankstein, improvisado, desfigurado e desentrosado. E como milagres não existem, nem São Jorge deu jeito naquele Corinthians fake.
Ficha Técnica - Grêmio X Corinthians
Local: Estádio Olímpico, em Porto Alegre (RS) 
Data: 10 de junho de 2012, domingo
Horário: 17h (de Brasília) 
Árbitro: Evandro Rogério Roman (Fifa-PR) 
Assistentes: Bruno Boschilia (PR) e Ivan Carlos Bohn (PR) 
Cartões amarelos: Fernando e André Lima (Grêmio)
Gols: Grêmio: Marco Antônio, aos 21, e André Lima, aos 28 minutos do primeiro tempo
Grêmio: Victor; Gabriel, Vilson, Werley e Pará; Fernando (Gilberto Silva), Souza, Léo Gago e Marco Antônio (Rondinelly); André Lima e Miralles (Kleber). Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Corinthians: Danilo Fernandes; Welder, Antonio Carlos, Wallace e Fábio Santos; Marquinhos, Willian Arão, Ramon (Adilson) e Douglas (Romarinho); Willian e Elton. Técnico: Tite
Estatísticas
Com a improvisação do zagueiro Marquinhos como volante, nossa zaga ficou mais vulnerável, com o Antonio Carlos afobado e atrapalhado e com Wallace, depois de 3 meses parados,  totalmente fora de ritmo e perdendo várias jogadas. Nessas circunstâncias, e com a inoperância do William Arão, os gols do adversário foram inevitáveis, sendo que o 1º, além da bobeada da zaga, contou com a colaboração do Danilo Fernandes. Se o Cássio foi até Porto Alegre e se submeteu ao desgaste da viagem, alguém me explica porque ele não jogou? 
Ramon de meia não passou de um meia boca, obrigando o Tite a trazê-lo de volta para a lateral e a deslocar o Fábio Santos para o meio campo. Enquanto isso, Giovanni continuou no banco e Matheus... foi emprestado pro Bragantino.
Marquinhos, mesmo improvisado não comprometeu como 1º volante, embora tenha desfalcado a zaga. Douglas, apresentando melhor forma física, era o único que criava, mas o ataque não aproveitava. William quando recebia a bola recuava para o goleiro e o Élton Iarley de Souza continua o mesmo. Afobado, atrapalhado e sem pontaria. E os dois ainda se deram ao luxo de se lamentarem e cobrarem desempenho do time, como se eles não estivessem devendo. E muito.
Embora o jogo se aproximasse do final e o Corinthians continuasse perdendo e jogando mal, Tite só mexeu no time aos 36 minutos do 2º tempo. E, pasmem, trocou o Douglas, o único que conseguia armar o time, pelo Romarinho. Ao invés de tirar um dos atacantes que nada produziam e deixar em campo Douglas e Romarinho para ter um time mais ofensivo, ele deixa um vazio na criação. E aos 40 minutos tira o inoperante Ramon e põe o Adilson. Com pouco tempo para encerrar a partida e sem ninguém na criação, as substituições em nada alteraram o desempenho e o resultado do jogo, que acabou em 2 a 0, poderia ter sido pior se os jogadores do Grêmio, já pensando no jogo com o Palmeiras pela Copa do Brasil, não tivessem tirado o pé.
A escalação equivocada, cheia de improvisos e remendos, as substituições tardias e erradas promoveram uma atuação tão bizarra que nos remeteu ao tempo do Adilson Batista. O monoideísmo da Copa Libertadores mexeu de tal maneira com a cabeça do treinador atual, que ele conseguiu o inimaginável, superar o treineiro que o antecedeu em invencionice e pardailce. Nem o samba do crioulo doido apresentou um enredo tão confuso e inverossímil como o futebol conduzido domingo pelo Senhor Adenor. 
Ao ser entrevistado no final do jogo, Tite lamentou a derrota, mas atribuiu o mau desempenho à juventude do time, afirmou que na vida não se ganha tudo e que tem que priorizar o que é mais importante, no caso a neurose da Libertadores.
De 12 pontos disputados conquistamos apenas 1, somos o lanterna do Brasileirão, mas está tudo bem porque estamos na semifinal da Libertadores. E se der uma zebra como deu no Campeonato Paulista, quando perdemos da Ponte Preta em pleno Pacaembu? Vamos ficar satisfeitos em disputar a Copa Sul Americana? Esta situação de abandonar o Campeonato Brasileiro é tão esdrúxula quanto a situação de uma mãe que resolvesse alimentar só um filho e deixar o outro morrer de fome, ao invés de repartir o alimento entre os dois.
E antes que me chamem de corneteira e me acusem de desestabilizar o ambiente às vésperas de uma decisão importante, faço questão de afirmar que o fato de ser corinthiana não me torna nem cega nem surda nem muda. E, que como corinthiana, tenho o dever de apontar os erros e de exigir que os responsáveis resolvam os problemas sem criarem outros maiores. Temos um bom elenco que nas mãos de um técnico competente seria imbatível, mas que por um esquema tático equivocado, que prioriza a marcação e transforma os atacantes em volantes, em marcadores de laterais e até em zagueiros, que não dá espaço para a criação nem oportunidades para os atacantes atuarem na sua função, não consegue ter um desempenho mais efetivo. E se tem pereba neste elenco, não nos esqueçamos que eles foram indicados ou aprovados pelo nosso treinador. Discordo do Rosemberg. Apesar de ter no elenco alguns jogadores que não tem condições de jogar no Corinthians, o medíocre não é o time.
Acredito que até poderemos vencer o torneio prioritário. Mas, se isso acontecer será da mesma forma que vencemos o Brasileiro de 2011, ou seja, pelo empenho dos jogadores e pelo apoio da torcida.

Créditos e fontes de imagens
meutimao.com.br
Edu Andrade/Agência FreeLance/globoesporte.globo.com
youtube,com/globoesporte.globo.com
Gazeta Press/esporte.ig.com.br
esporte.uol.com.br
Ricardo Rimoli/lancenet.com.br
Agência Estado/globoesporte.globo.com
peregrinacultural.wordpress.com
novoblogdobarata.blogspot.com
lanceactivo.com.br

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