Já tem cara de time

Melhores momentos
Depois de alguns sustos e de amargar maus resultados, quando alguns até consideravam que o Corinthians estava morto, eis que, qual Fênix, o Timão ressurge e vai mostrando sua nova cara.
O que deveria estar pronto para iniciar a curta pré temporada e, dar um pouco de tranquilidade no início do campeonato, não aconteceu. Iniciamos o ano e o Paulistão com a mesma base dos desmotivados de 2013 e após um início com duas vitórias, começaram os tropeços e os apertos.
Sem a necessidade de ser grato aos jogadores, Mano mudou o esquema e os equívocos tornaram-se evidentes. A melhor defesa só era a melhor porque todos marcavam e a marcação era a prioridade tática. Com cada um tendo que assumir a função correspondente ao seu setor, defender, criar e fazer gol, a fragilidade da zaga ficou evidente, a defesa virou uma peneira, o meio campo não sabia criar nem os atacantes sabiam golear. De tanto marcar não sabiam mais armar nem atacar. Sem auxílio na marcação, na época em que atacante virava volante e tinha que cobrir lateral, azedou para  a defesa, que teve suas dificuldades ampliadas pela mudança nas laterais, não só pelo desentrosamento, mas pelas características ofensivas dos novos jogadores.
Consequentemente, o desempenho piorou. Ruiu a melhor defesa e o ataque continuou sendo um mau ataque. Mano mexeu nas peças que tinha a seu dispor, mudou o meio campo, o ataque e não adiantou. O desempenho não melhorou, os resultados não vieram, a torcida reclamou e cobrou. E, assim como parafuso, é na hora do aperto que sabemos qual é o jogador que funciona. E quem espanou, do time espirrou.
E o que deveria ser fruto de um planejamento e acontecer naturalmente, acabou ocorrendo num clima de tensão e desequilíbrio e em momento inoportuno e inadequado. A situação se complicou e pode ser comparada à necessidade de trocar os pneus e regular o motor do carro com o veículo em movimento, com todos os transtornos que isso possa representar. Nesse processo, amargando derrotas, parecíamos ter chegado ao fundo do poço e que tudo estava perdido..
O grande desafio era fazer o carro andar e chegar ao seu destino, trocando e ajustando as peças no caminho. E a grande surpresa é que algumas peças que chegaram, inclusive o novo motor, ajustaram-se perfeitamente e até contribuíram para recondicionar algumas peças avariadas. E trocando uma peça aqui, outra acolá, apertando alguns parafusos, ajustando algumas engrenagens, o veículo voltou a andar. De início, dando umas afogadas e depois acertando a marcha. Ainda não dá para deslizar na velocidade máxima, mas já não para tanto nas oficinas da estrada.
Nos três últimos jogos já foi possível constatar que, após tantos percalços e trocas, agora temos um time e não mais um amontoado de jogadores perdidos em campo. Já existe uma definição e uma articulação entre os setores do campo, o meio campo está criando, os atacantes estão chutando a gol, e mesmo errando, estão finalizando. E o Romarinho, ressuscitando.
Obviamente, nem tudo está perfeito. Estamos sofrendo para ajustar a defesa; parece que acertamos a zaga mas temos que arrumar as laterais, que estão deixando de marcar e criando imensas avenidas, principalmente pela esquerda do campo. A bola tem chegado ao ataque, mas de efetivo e intenso, só temos o Romarinho. Guerrero está em má fase e com uma zica Bárbara, o Émerson continua tri atleta, corre, pedala e nada... Os garotos que vieram da base precisam de mais experiência.
No meio campo, enquanto o Jadson, de chuteiras, comanda o espetáculo, Renato Augusto, o moço de cristal, continua se preparando para reestrear, Danilo no último jogo entrou bem, Guilherme atua na bipolaridade, alternando bons e maus momentos, Ralf continua brigador, mas erra muitos passes e Bruno Henrique está se ajustando sem comprometer. 
E ainda temos os não citados goleiros Cássio, titular, Valter, Danilo Fernandes e Júlio César, os laterais Fábio Santos, Guilherme Andrade e Diego Macedo, os zagueiros Felipe, Wanderson e Pedro Henrique, o volante Jocinei, os meias Luciano, Ramires, Zé Paulo e Rodriguinho e os jovens atacantes Paulinho e Malcon. Neste processo de reconstrução, creio ser necessário uma peneirada, para manter no time apenas aqueles que demonstrarem qualidade e possibilidades e reforçar o ataque com um reserva/sombra para o Guerrero.
Estamos evoluindo, o time já tem cara de time e quem não fugiu da raia tem mostrado mais vontade e determinação que em 2013, enquanto quem está chegando está se esforçando e lutando por seu espaço. 
Tenho fé e esperança que o Guerrero vai superar essa má fase. Sua postura é aguerrida e ele não está tranquilo e feliz com a situação. Tem errado muito, tem faltado gol, mas não tem faltado garra nem raça.
No último jogo, em que vencemos com algumas dificuldades, o Corinthians deu sinais claros da sua reconstrução e da sua evolução. Os jogadores estão se entrosando e reencontrando o caminho da vitória. Nos três últimos jogos já deu para perceber alguns avanços. Depois de quase 6 meses, voltamos a vencer em casa. E, como o jogo foi no horário da balada, apesar das dificuldades, colocamos o Rio Claro pra dançar.
Ficha Técnica - Corinthians 3 X 2 Rio Claro
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 22 de fevereiro de 2014 (sábado)
Horário: 21 horas (de Brasília)
Árbitro: Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral
Assistentes: Bruno Salgado Rizo e Maria Eliza Correia Barbosa
Público: 12.230 pagantes (total 13.038)
Renda: R$ 389.274,50
Cartões amarelos: Robson e Alex Afonso (Rio Claro)
Gols: Corinthians: Romarinho, aos 40 minutos do primeiro tempo e aos 35 minutos do segundo tempo; e Cleber, aos 43 minutos do primeiro tempo; Rio Claro: Léo Costa, aos 24 e Carlinhos, aos 40 minutos do segundo tempo
Corinthians: Cássio; Fagner, Cleber, Gil e Uendel; Ralf, Guilherme e Bruno Henrique (Danilo); Romarinho (Luciano) e Jadson (Rodriguinho); Guerrero; Técnico: Mano Menezes
Rio Claro: Cléber; Carlinhos, Renan Diniz, Marcos Vinicius e Thiago Christian; Nando, Samuel, Léo Costa e Rafael Costa (Wendell); André Luiz (Patrik) e Robson (Alex Afonso); Técnico: Fahel Júnior
Escalação
Resumo do jogo 

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Comentários

  1. Kkk Sheik triatleta adorei. Estava com raiva do Guerrero antes , mas nesse jogo percebi o quanto ele está incomodado com a situação e mostrou garra, fiquei com muita dó, ele vai superar se Deus quiser.

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