Cadê o time daqui? A diretoria vendeu.

Mais uma derrota. 
Mais distante da vaga para a Libertadores. 
Fora da disputa do título brasileiro de 2016. 
Sem vitória, sem vaga, sem título, sem futebol. 
E, também, sem presidente, sem diretor de futebol, sem eficácia e sem eficiência. O presidente é fantoche do Andrés Sanches, o diretor adjunto Edu Ferreira traiu a arquibancada e virou fantoche do fantoche. 
Mas, que time resiste a tantos desmandos, omissões e incompetências? Quem resiste aos desmanches sucessivos, dois do time e um da comissão técnica? Que time perde no ano mais de 20 jogadores, metade da comissão técnica, não repõe o que perdeu com profissionais do mesmo nível e continua com a mesma produtividade?
Como esperar que a camisa do Corinthians faça a diferença, se os que a vestem não suportam seu peso porque aqueles que os contrataram só ficaram monitorando e na hora decisiva trouxeram jogador limitado e bichado. Emprestaram jogadores que poderiam ter sido úteis se tivessem tido oportunidades, não testam as promessas da nossa base, mas continuam contratando promessas de times da Série B.
E no meio desse caos, após o desmanche final, optou por um técnico barato, que foi fritado como se fosse o único culpado pela degringolada do time. E, para sucedê-lo, elegeram uma solução doméstica como nova bucha de canhão. Fábio Carille, o novo bode expiatório, em cujas mãos, logo mais, acabará explodindo o rojão. 
Não dá para fazer omeletes sem ovos, não dá para fazer banquete sem bons ingredientes, não dá para fazer um bom time com um elenco sem qualidade técnica, com jogadores que erram passes de um metro, que não acertam o gol, que quando tentam finalizar isolam a bola ou a recuam para o goleiro adversário, que erram tudo o que chutam, inclusive pênaltis. E com desfalques a situação fica ainda mais complicada. 
Nos últimos jogos, os gols que tomamos foram mais por deficiências dos nossos jogadores do que por méritos dos adversários. Mesmo com o apito inimigo, pagamos o preço da nossa desatenção, das nossas bobeadas, da desconcentração. Temos vacilado na defesa e errado no ataque, perdendo as oportunidades criadas. 
Na última partida, com um adversário fraco, mas antenado e esforçado, poderíamos ter saído com um empate, mas demos de presente os dois gols para eles nos derrotarem. E, infelizmente, os erros têm sido recorrentes num time em que alguns jogadores não servem nem para compor elenco. Por isso, acho injusto neste momento, atribuir ao técnico, a responsabilidade pelas derrotas. Com raríssimas exceções, com esse time, nem Guardiola, Mourinho, Sampaoli e Bielsa atuando juntos conseguiriam bons resultados.
Neste momento, ao perceber o que fizeram com o Corinthians, sou tomada por uma imensa tristeza, uma tristeza que dói muito, principalmente quando me dou conta que o corinthiano maloqueiro, o corinthiano povão está sendo expulso do estádio e que o torcedor que apóia foi substituído pelo cliente que vaia e só reclama, que confunde cobrança com xingamento e desrespeito. E ainda xinga as pessoas erradas e não os verdadeiros responsáveis pelas nossas dificuldades atuais. 
A torcida, que está vendo seu time cada vez mais distante, precisa resgatar o Corinthians daqueles que dele se apropriaram em benefício próprio, sejam de ordem financeira, social ou politica. Hoje o Parque São Jorge é o paraíso dos empresários, políticos se elegem usando o Corinthians como vitrine enquanto outros usam o clube como status social. E o torcedor sofre com o desempenho do time, sofre com a truculência policial nos estádios, é espoliado na compra de ingressos, na compra de lanche e água na Arena e explorado na compra dos produtos oficiais. 
É preciso resgatar o corinthianismo de raíz, fazendo valer as palavras de Miguel Bataglia, seu primeiro presidente: 
O CORINTHIANS É O TIME DO POVO, E É O POVO QUEM VAI FAZER O TIME

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