Não joguem a toalha. Eu acredito. Ainda.

Existem momentos na vida em que temos que ser fortes, fazer das tripas o coração e buscar forças para continuar caminhando. Momentos em que sofremos um baque, uma derrota inesperada e parece que o mundo desaba e estamos perdidos numa noite escura. São esses momentos que distinguem os fracos dos fortes, os covardes dos guerreiros, os que se entregam dos que vão à luta. Isto ocorre com  os indivíduos e com grupos, portanto, também com os times de futebol.
Este é o momento que nós, corinthianos e o Corinthians, estamos vivendo. Momentos de incertezas e angústias, de indignação e de ansiedade, de expectativa e de desconfiança. Mas, lá no fundo d'alma, resta uma fagulha de esperança e um forte desejo de dar a volta por cima, do time se reerguer e continuar lutando por um título, que ainda não perdeu, mas, que a cada jogo, parece escapar das mãos e dos pés dos jogadores. A cada peleja uma nova apreensão e em muitos, uma grande decepção. Vitórias sofridas para times tecnicamente inferiores, derrotas para times rebaixados, suspensões por desatenção ou por irresponsabilidade, contusões inesperadas e jogadores cansados, perdidos em campo, desatentos e, às vezes, se arrastando.
Diante deste quadro preocupante, temos que ser fortes e não desanimar. Às vezes, um grande baque pode nos fazer acordar. Que assim ocorra com nosso Timão. Ganhando a guerra e faltando só cinco batalhas para o embate final, não é o momento de fraquejar, de se desculpar, de se intimidar. É hora de catar os cacos, se erguer do chão em que pela própria omissão se colocou, reconhecer seus erros, corrigi-los e continuar a caminhada. 
Sabemos dos problemas, alguns difíceis de entender e de engolir. Jogador transferido que chega sem férias e, embora seja centro avante, no mesmo jogo atua, também como volante e se estoura. Jogador que é atacante, mas vira meia, lateral e volante e fica perdido, indeciso, talvez com crise de identidade e no meio do jogo deve se perguntar: O que eu sou? Qual a minha posição? E agora, o que eu faço? Marco, chuto, cruzo ou passo? Jogador que veio pra substituir aquele que foi pra frigideira e até já foi chamado pra seleção, que custou uma nota preta, mas, vive machucado e não sai do estaleiro. Ou já veio baleado ou tem ossos de cristal e músculos de porcelana. Se continuar assim, daqui a pouco é perda total. Jogadores de pavio curto, que vivem levando cartões, desfalcando o time com  expulsões e se eximindo de culpas como se tivessem razão. Comissão técnica reclamando do calendário e responsabilizando o excesso de jogos pelo desgaste dos jogadores, pelo cansaço, pelo mau rendimento e pelas contusões. Não dá pra entrar nesse papo. Desculpa esfarrapada para um time que no ano, em cada período, disputou um só campeonato. Técnico orador, muito falador, mas um tanto apavorado, sempre vendo no adversário um time muito superior. Mesmo contra rebaixados, entra com muito cuidado e, do rival temendo achaques, arma o time no contra ataque.
Se tais problemas não conseguimos esquecer, precisamos saber enfrentá-los, superando com muita garra as dificuldades apontadas. É a arrancada final, a hora do vamos ver, de se fazer por merecer nesta luta continuar e com muita labuta fazer o bom combate para mais um título conquistar. Com organização, com muita garra e determinação, com vontade, mas sem afobação, vamos, com muita raça, em busca de mais essa taça, que por tantas vezes, já esteve em nossas mãos e deixamos escapar.
Para isso o time precisa querer e acreditar, pois, a confiança nas próprias forças torna possível a realização de coisas que não conseguimos fazer quando duvidamos de nós mesmos. Acreditar mais em si que na força do adversário, não entrar derrotado em campo como se fosse enfrentar o time do Barcelona ou da Seleção da Espanha, pois, nem eles são imbatíveis. Buscar o jogo sem se afobar, criar e atacar sem deixar de marcar, mas sem inventar nem desrespeitar as condições e as características de cada jogador. Não entrar de salto alto nem querer botar banca, não jogar com displicência e usar a inteligência. Tanto quanto a tática, é importante a postura, a atitude, a vontade, a ousadia e a sabedoria. Confiança e esperança, aliadas à vontade de vencer, são armas a serem usadas nas próximas batalhas. Nossa expectativa é que o time, no seu conjunto, tenha a sabedoria necessária para  empunhá-las e manejá-las.



Créditos e fontes de imagens
inside.nike.com.br
luzagas.blog.uol.com.br
andrecorinthiano.wordpress.com
Djalma Vassão/Gazeta Press/gazetaesportiva.net
gandaiabr.net
lunaticosfc.com.br
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