Não somos o Cebolinha, mas apanhamos de coelhada

     O Corinthians não compareceu. Deu WO. 
Em seu lugar mandou um bando de molengas. Aparentemente, de início até nos enganaram. Deviam estar usando máscaras dos nossos jogadores, pois pensamos que eram eles em campo. Bem no comecinho do jogo até pareciam ter vontade, mas aos poucos foram mostrando sua apatia e sua falta de garra. Quando muito, jogavam pra não perder, para empatar. Poucos tentavam correr e já logo no início uma baixa. Justo o Alex, o mais animado. Entra o Émerson em seu lugar, mas hoje ele não estava com a macaca. Pena que o árbitro também seguia a cartilha dos seus antecessores e num passe de mágica, arrumou um pênalti mandraque, que nos colocou em desvantagem. Correndo atrás do prejuízo, nosso homem das Arábias consegue tirar um coelho da cartola e, talvez para compensar seu erro, um pênalti a nosso favor foi marcado e convertido pelo Chicão.
Empatada a partida e com o Vasco perdendo, já que estávamos líder, pra que correr, pra que se cansar, pra que lutar... Alguns poucos até tentaram, outros não aguentaram e muitos se acomodaram. Mas, quase todos se arrastavam, o meio campo nada criava, as chuveiradas ninguém molhava e quando a bola chegava ninguém o chute acertava.
Mas, "quem sabe mudando as peças, talvez o time melhore." Assim deve ter pensado o Adenor. E fez a 2ª substituição, corrigindo um erro de escalação. Colocou Welder no lugar do estabanado Alessandro. Mas, precisávamos de um gol. 
Precisávamos sim, só não sei se eles queriam. Porque, precisando de gols, Tite tirou um atacante e pôs um meia que costuma jogar de volante. Está certo que colocou um jogador que sabe chegar no ataque, mas tirou o jogador errado. William, pelo menos, corria, se movimentava e o jogo procurava, enquanto Paulinho mais parecia um mosca morta e Danilo mal se arrastava dentro do campo. Mas, no banco estava Morais e não o Luiz Ramires para armar as jogadas, além de prematuramente ter sido queimada uma substituição, escalando Alex sem ter condições. E, pra complicar, Liedson, jogando no sacrifício, não era nem sombra do grande artilheiro. Mas, o gênio tira o William. Coisas do Adenor.
Se o América entrou pra fazer figuração, acabou gostando do jogo e passou a coadjuvante. Mas, ao perceber que quem estava em campo era o Corinthians Cover e não o autêntico, resolveu roubar a cena e tornar-se protagonista. E, numa falta bem cobrada, aos 32 minutos da etapa final, com o auxílio de uma barreira mal arrumada e com o Júlio César mal posicionado, perdemos o jogo, os três pontos e só não perdemos a liderança porque o Santos venceu o Vasco. Aí foi um corre corre geral, tentando correr atrás do prejuízo, mas de maneira desorganizada e sem condições de reverter o resultado adverso. 
Decepção total! Um verdadeiro papelão. Um filme passou em minha mente. Um filme triste, aquele de fazer chorar. Brasileirão 2010: Vitória, Goiás. Pré Libertadores: Tolima. O mesmo técnico, a mesma retranca, a mesma apatia, a mesma covardia... Mudaram alguns autores, mas o diretor de cena e o script continuam o mesmo. Não queremos revival. Não queremos reprises. Queremos uma nova história e com um novo final. Um final feliz, um final vitorioso, um final campeão. Com atores verdadeiros e não com corinthianos covers.
E a torcida, que se deslocou de vários pontos do país, em viagens longas e cansativas, que gastou dinheiro com ingressos, passagens, hospedagem, alimentação, faixas, bandeiras e camisas, só para ver o time jogar, que lotou o estádio e apoiou sem parar e não vai ter folga na 2ª feira, mais uma vez voltou triste e decepcionada. E, tal tristeza e decepção não é pela derrota, pois perder e ganhar fazem parte do jogo. É pelo mal desempenho do Corinthians, que jogou um futebol de várzea, que mais parecia uma pelada de fim de semana depois de um churrasco e muitas cervejas, com jogadores apáticos, desmotivados, sem garra, sem raça e sem determinação.
Foi de doer no fundo d'alma ver em campo um time amorfo, mal posicionado, com jogadores zumbis e totalmente perdidos e desentrosados. Nem parecia o jogo do líder do Campeonato, mas sim de um catadão após o almoço de Ano Novo, para um jogo beneficente de final de ano, como eu cansei de ver nas cidades do interior onde morei. 


E, lembrando-me dos meus ídolos corinthianos do passado, não me restou outra alternativa, a não ser gritar mais uma vez:








Quero o meu Corinthians de volta!


                        
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Comentários

  1. Maria Angélica,
    Teria sido ótimo se o Corinthians tivesse jogado um futebol de várzea. Na várzea, os caras jogam com vontade, têm gana de vencer.

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  2. José
    Concordo com você. Foi pior que Várzea. Parece que ninguém queria vencer e que o bicho pra perder era maior do que o pra ganhar.

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  3. SIMPLESMENTE FANTÁSTICO O TEXTO. PRECIOSO.

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