Quem não faz, toma

Incrível a incapacidade do Corinthians para fazer fazer um gol. Mesmo quando o time consegue criar, erra-se no arremate final, isolando a bola ou recuando-a para o goleiro. E isso tem acarretado um custo muito alto nos campeonatos, criando-se um círculo vicioso: gols perdidos, jogos perdidos, pontos perdidos, queda na tabela e títulos cada vez mais distantes. Já nem dá para se entusiasmar quando há falta ou escanteio a nosso favor. Não há ninguém que saiba cobrar e o desperdício é geral. Também se perde gol cara a cara com o goleiro e, quando se tenta chute de longa distância, erra-se o alvo. Nosso ataque não consegue marcar e, volto a afirmar: é um ataque de nervos para nós, torcedores, e um ataque de risos para os nossos adversários. 
Assim como já ocorreu em outras ocasiões, perdemos o jogo por falta de efetividade no arremate final. Até tivemos um bom volume de jogo, com um time mais compactado e melhor organizado, mas não conseguimos fazer valer esse volume, pois, no futebol, o que vale é bola na rede, é gol. Fomos melhores durante todo o jogo e, numa cobrança de uma falta que não ocorreu, com um jogador impedido, o Tapetense, ops. Fluminense, já nos acréscimos, fez o gol de sua vitória. Depois de toda pressão em cima da arbitragem, exercida pelo time que deve uma Série B, o árbitro se acovardou e não teve peito para anular o gol ilegítimo. E assim, despencamos na tabela, perdendo duas posições, afastando-nos do título e, se não reagirmos rápido, até da vaga para a Copa Libertadores. 
Em uma semana, Carille até conseguiu dar ao time uma organização e compactação, possibilitando melhorar o setor criativo. O problema maior não é tático. O elenco é limitado, falta qualidade física e técnica aos jogadores e, para alguns, falta motivação. 
A responsabilidade pelo mau momento do Corinthians não é da comissão técnica, ou do que restou dela, nem do elenco, mas de quem contratou jogadores sem qualidade, de quem permitiu sucessivos desmanches sem reposição de jogadores do mesmo nível, de quem está sendo incompetente para administrar um time com a grandeza do Corinthians. Se pelo menos houvesse transparência nas contas, se fossem apresentados os balancetes, poderíamos entender o que está acontecendo. 
Temos que reconhecer que, ao contrário da diretoria, o time não foi omisso e buscou a vitória. Mas, por deficiências técnicas, foi incompetente no arremate final. Precisa de muito treino para alguns jogadores superarem tais deficiências, o que é difícil num calendário apertado, com um jogo a cada três dias. Só na base da conversa é quase impossível. 
Novos desafios nos aguardam, no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. Ainda temos muito o que melhorar, em todos os setores, do posicionamento da defesa ao setor ofensivo. Está na hora de experimentar novas formações, principalmente no ataque. Por que não dar uma chance para o Isaac e para os recém promovidos garotos da base, colocando-os no time, mesmo se for no 2º tempo. Se não está funcionando com os mesmos, por que não buscar uma alternativa? Há tempos, não temos gol de atacante e piorar essa situação parece ser impossível. 
Talvez, o grande desafio no Brasileirão seja preparar o time para 2017, o que só será possível com um mínimo de coragem e de ousadia. Não se trata de jogar a toalha, mas sim de fazer algo diferente e de dar oportunidades àqueles que ainda não tiveram chance de mostrar se têm ou não condições de jogar no Corinthians. Porque alguns que estão atuando já mostraram que, no máximo e com muito boa vontade, servem apenas para compor elenco.

Créditos e fontes de imagem
globoesporte.globo.com 

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