Libertadores, mas sem neurose

Inicia-se hoje, na cidade de San Cristobal, na Venezuela, no estádio de Pueblo Nuevo, a participação do Corinthians na Copa Libertadores da América, contra o Deportivo Táchira.
Ficha Técnica – Deportivo Táchira X Corinthians
Local: Estádio Polideportivo de Pueblo Nuevo, em San Cristóbal (Venezuela)
Data: 15 de fevereiro de 2012, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Rondán (Colômbia)
Assistentes: Humberto Clavijo e Wilmar Navarro (ambos colombianos)
Escalações prováveis
Deportivo Táchira: Rivas; Chacón, Wilker Ángel, Rouga e Badillo; Villafraz, Casanova, Chourio e Gamadiel García; William Zapata e Sergio Herrera. Técnico: Jaime De La Pava.
Corinthians: Júlio César; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Ralf, Paulinho e Danilo; Jorge Henrique, Emerson e Liedson. Técnico: Tite.
Nosso adversário da estreia é o atual campeão venezuelano, participa da sua 17ª Libertadores, mas, ao contrário do Corinthians, não está numa boa fase no campeonato local, onde ocupa a 6ª colocação. O Corinthians fará sua 10ª participação no torneio, ocupa o 2º lugar no Campeonato Paulista, com o mesmo número de pontos do 1º colocado, perdendo posição no saldo de gols e entra na competição bastante motivado, após ter vencido o clássico contra o São Paulo, no último domingo.
O Deportivo Táchira passa por uma fase de reestruturação e está com um novo técnico na equipe, enquanto o Timão manteve a mesma base do ano anterior, não perdeu nenhum titular, manteve o técnico do time campeão brasileiro e contratou alguns reforços. O adversário vai jogar no esquema 4 4 2, costuma usar bastante as jogadas rápidas com os dois laterais Chacon e Badillo, razão pela qual Tite optou por atuar com dois jogadores de velocidade abertos pelo lado. Tite armará o Time no 4 2 3 1 e promete um jogo com muita marcação e posse de bola, agredindo o time venezuelano e partindo para o ataque. O centro avante Sérgio Herrera, referência da equipe, principalmente nas jogadas pelo alto, merece um a atenção especial da defesa corinthiana e precisa ser fortemente marcado e vigiado.
Entre os jogadores corinthianos que viajaram para a Venezuela, Danilo Fernandes, Wallace, Welder, Edenilson, Alex, William e Élton deverão compor o banco de reservas. Welder ganhou a posição de Ramon pelo fato de jogar nas duas laterais e Douglas, longe de sua forma ideal, precisa ainda aprimorar sua forma física.
O Corinthians de hoje é bastante diferente daquele que foi eliminado pelo Tolima em 2011. Hoje ninguém é escalado só pelo nome, tanto que Alex, que já foi campeão da Libertadores e campeão mundial com o Internacional vai para o banco e Jorge Henrique, que teve excelente atuação no clássico, é titular no jogo de estreia, Douglas, ídolo corinthiano do passado e, recontratado recentemente, não fica nem no banco e Adriano, campeão no Brasil e no exterior, por estar fora de forma, nem viajou para a Venezuela. 
Hoje, os protagonistas são os operários e não as estrelas, o que garante ao time maior regularidade e espírito de grupo. Sem um "salvador da pátria", sem cadeiras cativas e sem titularidade vitalícia ou até que a aposentadoria nos separe, todos são motivados a darem o seu melhor.
Estou confiante que, apesar de não encontrarmos facilidade, faremos um bom jogo e que voltaremos com um a vitória. Para isso será importante não perder o foco e manter o equilíbrio emocional. jogar sem afobação, sem descontrole, sem medo e com confiança. 
Quando se trata de Corinthians, não queremos perder nem no par ou ímpar. Em todas as competições que participamos, temos que entrar pra jogar bem e pra ganhar. Se ainda não termos sido campeão da Libertadores não diminui nossa grandeza, não é por isso que abrimos mão do desejo de conquistar esse título. 
Se somos  super dotados e conseguimos entrar na Universidade sem ser preciso passar pelo vestibular, se pelas nossas qualidades e por notório saber futebolístico, fomos o 1º Campeão Mundial de Futebol FIFA, o que equivaleria a termos sido agraciados com a honraria de "Doutor Honoris Causa" concedida pelas grandes universidades do Planeta, não vamos abrir mão de lutar pela conquista de um título que ainda não temos. Mas, sem tensão, sem pressão exagerada, sem aceitar a provocação de times que hoje, por viverem um momento medíocre, se apegam às suas conquistas do passado, nem da mídia anti corinthiana.
Ser campeão da Libertadores é um desejo e um objetivo que um dia alcançaremos. Vamos lutar por esse título como lutamos para conquistar todos os campeonatos que disputamos. Mas sem neurose. Nossa grandeza está na história da nossa luta centenária e não na conquista de um determinado campeonato. Está vinculada ao conjunto da obra, cujo valor é imenso e muito maior que um título continental.


Créditos e fontes de imagens
Lancenet.com.br
globoesporte.globo.com
venezuela,net.ve
globoesporte.globo.com
Carlos Padeiro/esporte.uol.com.br
Carlos Augusto Ferrari/globoesporte.globo.com 
Memorial Mundial de Clubes/meutimao.com.br
culturamix
lanceactivo.com.br

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