EmpaTITEbilidade no Paulistão 2013: episódio oito

Melhores momentos
Quinze rodadas, oito empates. Muitas desculpas:
- estamos no início e a pré temporada é muito curta;
- os titulares ainda não voltaram das férias;
- jogamos só com os reservas;
- o gramado é muito ruim, parece um pasto;
- choveu e o gramado ficou pesado;
- o calendário não ajuda e disputamos dois campeonatos;
- estamos emocionalmente abalados com o acidente da Bolívia;
- temos muitos desfalques e isso prejudica o entrosamento;
- estão voltando de contusão e sem ritmo de jogo;
- não venceu devido aos erros de arbitragem;
- esse time nunca jogou junto.
Eis uma amostra das justificativas que escamoteiam a realidade de estarmos no Paulistão em desvantagem diante de times com jogadores tecnicamente limitados e sem um mínimo de estrutura, que treinam em locais precários, recebem salários irrisórios, em comparação com a folha de pagamento Corinthians, mas que na hora do jogo dão o sangue para o seu time.
E olhe que no Paulista não tem altitude, grama sintética, jogo sem torcida nem viagem de 16 horas. Mas, parece que não tem, também, muita vontade, garra e empenho por parte do clube, que o considera um campeonato menor e passa para os jogadores a mensagem de que, como o que interessa é a Libertadores, no campeonato estadual eles não precisam dar o máximo, poupando-se para o que interessa, a copa continental. 
Consequentemente, quando sai o gol, podem administrar o resultado. Só se esqueceram de combinar com os adversários, que vêm com muita gana de complicar a vida dos campeões mundiais. E, diante da nossa inoperância, não encontram muitas dificuldades para alcançar seu objetivos.
Não que algumas desculpas não sejam procedentes, pois fomos prejudicados por erros de arbitragem, tivemos problemas na pré temporada devido às férias dos jogadores que atuaram no Japão e os time mais técnicos são mais prejudicados em gramados de má qualidade. Mas, a maioria desses fatores, são os mesmos para todos os times e não podem ser utilizados para escamotear nossos erros e nossos pontos frágeis. 
Comentários da imprensa
A realidade é que estamos tendo dificuldades com times de má qualidade técnica e levado nó tático de treinadores de times inexpressivos. Apesar de um elenco diferenciado, de boa qualidade e experiência, tem faltado empenho e parece haver uma certa má vontade e desmotivação nos jogos do campeonato Paulista.
A declaração explícita de que a prioridade é a Libertadores, sinaliza aos jogadores que no Paulista pode jogar apenas para o gasto, ou seja para estar entre os oito primeiros colocados e classificar-se para as quartas de final. O resultado é jogador se poupando, andando em campo, desatento, desconcentrado, fugindo das divididas pra não se machucar.
Se no Paulista inexiste o problema da altitude, o calcanhar de Aquiles é a atitude displicente do clube para com o campeonato, com reflexos perniciosos no desempenho do time e até da torcida que está se transformando numa torcida de modinha, de Libertadores... 
Sim, hoje a própria torcida está diferente, não bota mais pressão, não cobra raça, desempenho, amor à camisa... Confunde apoio ao time com omissão e ao deixar de cobrar e não enxergar os erros e ficar deitada eternamente no berço esplêndido da Libertadores e do Mundial, coloca determinados campeonatos e alguns jogadores acima do próprio Corinthians. Esquecem-se que quando o time entra em campo, o que está em jogo e o que interessa não é o campeonato, é o Corinthians, seja amistoso, estadual, nacional, continental ou mundial. 
Sou contra atos violentos e quando me refiro à cobrança, não estou insinuando que se deva ameaçar jogadores, quebrar os seus carros ou depredar ônibus ou o C.T. O que não pode e ficar bajulando e endeusando jogador, deixar de gritar "vamos jogar bola..." quando o time estiver amolecendo o jogo e aplaudir empate, com gol contra,  com o Penapolense. Isto é de doer...
Entrevista do Chicão
O jogo foi tão ruim, que os próprios jogadores saíram insatisfeitos. Pelas estatísticas da partida podemos perceber que com tantos erros, seria difícil sair com a vitória e o empate, com um gol contra, tem um amargo sabor de derrota. Erramos 22 cruzamentos e só acertamos 6, fizemos 21 lançamentos certos e 26 errados e erramos as 9 finalizações. Deixamos nosso único meia no banco até os 45 minutos do 2º tempo, os volantes ficaram presos à marcação, os laterais só defenderam e, sem meio campo para armar, os atacantes tiveram que vir buscar a bola, viraram volantes. E o centro avante ficou isolado, facilitando em muito a vida dos zagueiros penapolenses.
E quando se conseguia uma bola pra finalizar, o excesso de preciosismo ou a demora, mandava a bola pra fora. Assim, em que pese o esforço e a velocidade do Romarinho, o meio campo não é a sua praia. E o Giovanni no banco... Jorge Henrique correu muito, mas não teve o brilho de outras partidas. Émerson, procurou o jogo o tempo todo, mostrou oportunismo e fez o cruzamento que resultou no gol contra do Heleno.
Na defesa, Júlio Cesar não teve culpa do gol, que deve ser creditado na conta do Edenílson que, num erro de passe, deixou Fernando em condições de lançar Silvinho, que saiu na cara de Júlio Cesar e tocou bem na saída do goleiro para empatar.

Entrevista do Tite
Tite, não só demorou pra mexer no time, mas errou nas substituições. Com dificuldades na armação e empatando o jogo, tirou um atacante que vinha buscar o jogo e pôs um volante que não tem a característica de chegar no ataque, como tem o Paulinho. E, só aos 45 minutos da etapa final, colocou o meia Giovanni, garoto habilidoso e de velocidade, como se houvesse tempo hábil para que ele, em três minutos, pudesse fazer o que um time inteiro não conseguiu em 90.
O jogo foi tão ruim, que técnico e jogadores saíram se lamentando e reconhecendo que não podem continuar vacilando e tomando gols bobos.
Com o resultado, o Corinthians ganhou 1 ponto e passou da 6ª para a 5ª posição no campeonato e o Penapolense, na 8ª posição, entrou na zona de classificação.
O Corinthians volta a campo no próximo domingo, no clássico contra o São Paulo, às 16 horas (horário de Brasília), no estádio do Morumbi. Após o Tricolor, o Timão ainda enfrenta São Bernardo (em casa), Linense (fora) e Atlético Sorocaba (em casa) na reta final da primeira fase do Paulistão.
Ficha Técnica - Corinthians 1 X 1 Penapolense
Local: Pacaembu, em São Paulo (SP)
Data: 27 de março de 2013 (quarta-feira)
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Adriano de Assis Miranda
Assistentes: Fausto Augusto Viana Moretti e Risser Jarussi Corrêa
Público: 12.866 pagantes
Renda: R$ 357.042,66
Cartões amarelos: Fábio Santos, Guilherme e Guilherme Andrade (Corinthians); Jailton, Luís Felipe, Biro e Geuvânio (Penapolense)
Gols: Corinthians: Heleno (contra), aos três minutos do primeiro tempo; Penapolense: Silvinho, aos 30 minutos do segundo tempo
Corinthians: Júlio Cesar; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Guilherme Andrade e Guilherme (Giovanni); Jorge Henrique (Willian Arão), Romarinho e Emerson; Guerrero. Técnico: Tite
Penapolense: Marcelo; Luís Felipe, Jailton, Biro e Rodrigo Biro; Heleno, Liel (Neto), Fernando e Guaru (Sérgio Mota); Silvinho e Val Baiano (Geuvânio). Técnico: Pintado
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