EmpaTITEbilidade: Episódio 12

Mais um empate no Brasileirão e o 7º sem marcar gol. Mais dois pontos perdidos. Mais um jogo feio de doer. Em cada jogo o Corinthians consegue se superar no quesito fiasco. Nem parecia um time em campo. Parecia um catadão para disputar um solteiros X casados depois do churrasco de domingo e de muitas cervejas e caipirinhas. Desorganizado, desestruturado, desarticulado, descoordenado, desmotivado, sem objetividade, perdido no gramado e só preocupado em não tomar gol. Jogadores andando em campo, muita reclamação, tentativas de cavar falta e pouco futebol. Diante do que não jogaram, o empate foi lucro.
Sim, a regra do jogo diz que ganha o time que fizer mais gols e para fazer gol tem que finalizar.
E o Corinthians só finalizou 5 vezes, contra 15 do adversário. Das 5 finalizações, Weverton defendeu duas, um chute em que o Romarinho mandou a bola no seu peito e outro do Rodriguinho. E foram para fora os chutes do Edenílson, Guilherme e Cléber.
Das 15 finalizações do Atlético-PR uma foi na trave (Manoel), 5 foram defendidas pelo Cássio, (João Paulo, 3, Léo e Fran Mérida); 4 foram bloqueadas, (Roger, Zezinho, Bruno Silva e Éderson) e 5 foram para fora (Éverton, Pedro Botelho, Bruno Silva, Marcelo e Fran Mérida). Somente esses dados comprovam que se não fosse a boa atuação da defesa, teríamos perdido de lavada.
Mas, com apenas uma vitória nos 11 últimos jogos, o resultado não chegou a surpreender. Na realidade, estamos jogando mal, com ou sem desfalques, com gramado bom ou ruim, com iluminação ou no escuro, em casa ou fora de casa, com chuva ou com sol. A rigor, contra o Atlético-PR, jogamos melhor no dilúvio e na represa do Estádio Durival Britto e Silva, no 1º turno em Curitiba (PR), do que em Mogi Mirim.
Mais uma vez jogamos o mesmo do mesmo. Nenhuma jogada nova, nenhuma jogada ensaiada, muito corre corre, muita marcação, muitos passes errados, nenhuma ousadia...
Técnico e jogadores com prazo de validade vencidos; Cássio, Gil, Cléber e Ralf dando o sangue pelo time, enquanto uns andavam em campo, outros reclamavam e o Romarinho se jogava tentando cavar pênaltis ao invés de prosseguir a jogada. 
Tite, perdidinho, não conseguiu arrumar o time, nem com as substituições nem com mudanças táticas. De nada adiantou o rodízio de improviso de centro avante nem a troca de jogadores. Rodriguinho até se esforçou e conseguiu melhorar a movimentação, mas ainda carece de maior entrosamento com os companheiros. Poderia ter melhorado a cobrança de escanteios, mas não tem cacife para destronar o dono do time.
E em pleno mês de outubro, após a 27ª rodada do campeonato, o Tite afirmou que "estamos atrás do ponto de equilíbrio da equipe..." 
Valha-nos São Jorge!
O resultado foi péssimo para o Corinthians e devido a ele o Timão terminou a rodada em 12º lugar, com 36 pontos, 8 vitórias, 12 empates, 7 derrotas, distante 9 pontos do G4 e 4 pontos da zona de rebaixamento. Se o alerta amarelo já havia aparecido, o alerta vermelho já está muito próximo e poderá começar a piscar se algo não for feito de imediato para sustar essa sangria que estamos sofrendo.
Na tentativa de entender por que nenhuma providência ainda não foi tomada diante dos maus resultados, questiono o planejamento realizado e por que a comissão técnica e os jogadores não são cobrados com mais veemência pela diretoria. Hoje o futebol do Corinthians mais parece um clube de amigos onde todos se protegem, onde não existe hierarquia, onde os problemas não são encarados de frente nem com a devida seriedade. Para cada insucesso em campo, ao invés de um diagnóstico preciso, da correção da rota e de uns bons puxões de orelha em quem merece, o que vemos é um festival de desculpas, um passa pano generalizado, uns encobrindo as falhas dos outros e ninguém assumindo nada. E assim, os erros se perpetuam, os resultados são ruins, as vitórias rareiam, os pontos se perdem, o time despenca na tabela de classificação, perde-se a confiança e a cada jogo que passa nos deparamos com o time cada vez mais desarticulado e perdido, com os jogadores mais nervosos e desequilibrados, com o técnico mais inoperante, com os diretores mais ausentes e amorfos. E com os torcedores mais bravos e impacientes. Ou melhor, nem todos, porque têm muitos que continuam comemorando a Libertadores e o Bi Mundial e nem se dão conta que o TITEanic está fazendo água. 
Já passou da hora da diretoria, da comissão técnica e dos jogadores assumirem, respectivamente, suas responsabilidades. E que o façam rápido, enquanto ainda dá tempo de salvarem os dedos, porque os anéis já perdemos.
Ficha técnica - Corinthians 0 X 0 Atlético-PR
Local: Estádio Romildão, em Mogi Mirim (SP)
Data: 9 de outubro de 2013, quarta-feira
Horário: 21:50 horas (de Brasília)
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago (MG) e Rodrigo Henrique Correa (RJ)
Público: 15.581 pagantes (total de 15.778)
Renda: R$ 372.733,00
Cartões amarelos: Romarinho (Corinthians); Bruno Silva e Éverton (Atlético-PR)
Corinthians: Cássio; Edenílson, Cleber, Gil e Alessandro; Ralf e Guilherme; Danilo (Diego Macedo), Douglas (Rodriguinho) e Romarinho (Paulo Victor); Émerson; Técnico: Tite
Atlético-PR: Weverton; Léo, Manoel, Luiz Alberto e Pedro Botelho; Bruno Silva, João Paulo, Everton (Felipe) e Zezinho (Fran Mérida); Marcelo e Éderson (Roger); Técnico: Vagner Mancini

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