Mais amargo que chimarrão

Melhores momentos
Este foi o gosto que sentiu o torcedor depois da 8ª derrota do Corinthians no Campeonato Brasileiro. Com o time caindo pelas tabelas, com míseros 37 pontos, há quatro rodadas sem fazer gol e vendo o fantasma da degola de aproximar, a sensação é de estar vivenciando um filme de terror, em que os personagens tornam-se pessoas reais. 
O jogo, no seu início, até que não foi tão ruim, mas depois que o treineiro fez as substituições, o time desandou. Embora de maneira desordenada, os jogadores correram e mostraram mais vontade. O melhor da partida, o que mais buscava o jogo era o Diego Macedo. Mas, deve ter baixado um espírito de porco no Tite, desencadeando sua recorrente diarreia mental, que o fez tirar de campo o jogador mais ofensivo e aplicado, o Diego Macedo, substituindo-o pelo Rodriguinho. Depois, colocou o inútil do Ibson no lugar do Guilherme e o Jocinei no do Igor.
Começou o jogo com um lateral como meia, com um volante de lateral e terminou com dois volantes de laterais e meia de volante. Até agora não entendi essas substituições. Insistir com o Ibson, em qualquer posição é passar um auto atestado de teimosia ou de burrice. Insistir com o Edenílson, que não jogou nada, na lateral direita e colocar o Diego Macedo de meia, tendo Rodriguinho disponível, é incompreensível, e preferir o Ibson ao Jocinei, para o lugar de Guilherme, beira a insanidade. E, no final, ainda colocar o volante Jocinei de lateral... Isso nem o Pardílson ousou fazer. Mas, para quem já colocou zagueiro para jogar de centro avante, "normal".

Seria tão mais fácil colocar o Diego Macedo na lateral direita, mandar o Edenílson e o Guilherme para o banco e colocar o Rodriguinho de meia. 
Depois que o Grêmio abriu o placar, numa bobeada da defesa que deixou o Barcos sozinho, o time, que considerava o empate fora de casa um bom resultado, começou a correr atrás do prejuízo. Mas de forma muito atabalhoada e desordenada, num corre corre danado... Aí não teve jeito e voltamos do Sul amargando a 8º derrota no campeonato e nos complicando ainda mais na tabela.
 
Mais ridícula que a derrota foram as desculpas por mais um fracasso e a declaração que o empate teria sido um resultado mais justo. Se considerarmos que Cássio fez 4 defesas e Dida 3, percebemos que o jogo não foi bem assim. Feito o gol, o Grêmio reforçou a defesa e administrou o resultado, dificultando para nós. E como finalização não é nosso forte, mandamos 4 bolas pra fora. Se tivemos 8 finalizações e eles 7, fomos incompetentes e não balançamos a rede do Dida, E como no futebol o que vale é gol, perdemos o jogo.
Com o resultado, o Corinthians caiu para o 13º lugar no campeonato e permanece com 37 pontos. Agora temos o mesmo número de vitórias e de derrotas, oito, e 13 empates. E a 2ª pior campanha do 2º turno. Classificação pífia para quem tem, segundo declaração do diretor de futebol, Roberto Andrade, “um elenco para estar disputando o título e um grupo grande e qualificado”. E a folha de pagamento mais cara do futebol brasileiro.
Tal situação é o resultado de um planejamento mal feito, mas principalmente de uma acomodação do time após os bons resultados obtidos. Parece haver até um certa soberba de quem, por ter ganho quase tudo o que disputou, imaginou que continuariam vencendo e que retomariam o caminho da vitória a hora que bem entendessem. Mas, esqueceram de combinar com os adversários, além de serem tomados pela displicência e pela acomodação. Achando-se o máximo, não conseguiram render o mínimo e hoje amargam resultados inimagináveis no início do ano, para a frustração da torcida e a euforia e gozo dos anticorinthianos. 


Com a situação catastrófica, somente agora parece que estão acordando. E os cúmplices desse desastre, previsto e anunciado principalmente nas redes sociais, começaram a se mexer com reuniões, cobranças e promessas. A omissão e a incompetência da diretoria e comissão técnica no planejamento, a displicência dos jogadores em campo, egos inflados e rachas no grupo, aliados às deficiências físicas, técnicas e táticas, afundaram o time e o colocaram numa situação constrangedora.
Outros fatores também contribuíram. Coincidência ou não, embora este ano pouquíssimos foram os bons jogos, foi depois da saída de Paulinho, Chicão e Jorge Henrique, que o time entrou em queda livre. Creio que isso não ocorreu só por causas técnicas, mas por problemas não digeridos. Chicão, além de raçudo e técnico era uma liderança em campo e fora de campo. Jorge Henrique, jogador valente e polivalente, era querido pelo elenco e pela torcida e saiu pela porta dos fundos. Mas, não era o único baladeiro e indisciplinado, mas o único dispensado. 
Outro fato chama a atenção. Nayara Perone, comentarista da Rádio Coringão, fez um levantamento da produtividade do Timão na temporada de 2013 e constatou uma queda significativa do rendimento após a saída do auxiliar técnico Geraldo Dellamore. Isso talvez confirme o que já era comentado em off por alguns frequentadores do CT Dr Joaquim Grava, que Dellamore era o bom na técnica e o Tite era o bom de grupo.
Tudo isso são conjecturas, hipóteses que não podem ser descartadas numa avaliação e replanejamento do futebol alvinegro.
Faltando nove rodadas para o término do campeonato, agora só nos resta, no Brasileirão, evitar o rebaixamento para a série B. E, por mais doloroso que isso possa ser, não podemos desanimar. Precisamos fazer das tripas o coração e buscar forças no mais íntimo do nosso ser para nos colocarmos ao lado do time e apoiar ao máximo vibrando, torcendo, rezando, acreditando...
Esta diretoria, esta comissão técnica, esses jogadores podem não nos agradar, mas é o que temos no momento e é com eles que temos que contar. Estamos numa situação parecida com a de um chefe de cozinha, que gostaria de preparar um estrogonofe, mas não tem nem filé mignon nem champinhom, mas que possui uma quantidade de músculos, tomates, alguns legumes, cebolas e uma palheta. E com eles consegue preparar um bom cozido e uma carne louca. O sabor pode não ser o mesmo, mas os fregueses do restaurante não vão morrer de fome.
Por mais triste que possa ser, não podemos e não queremos morrer de fome no futebol nacional. Esse é o cardápio que temos disponível. Essa é a diretoria, a comissão técnica e os jogadores que temos. Vamos fazer a nossa parte, enviando-lhes energias positivas e boas vibrações. Nosso amor ao Corinthians é infinito e infinita há de ser nossa paciência, nossa tolerância, nossa esperança e nossa confiança. Vamos nos esforçar para mudar o padrão vibratório criando um campo favorável capaz de atrair bom desempenho e bons resultados. Somos mais de 35 milhões de corinthianos e a força do nosso pensamento será a alavanca da retomada do futebol alvinegro.
Ficha Técnica - Grêmio 1 x 0 Corinthians
Local: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Data: 16 de outubro de 2013, quarta-feira
Horário: 21:50 horas (de Brasília)
Árbitro: Sandro Meira Ricci (DF)
Assistentes: Kleber Lúcio Gil (SC) e Clóvis Amaral da Silva (PE)
Público: 15.352 pagantes
Renda: R$ 454.454,00
Cartões amarelos: Adriano (Grêmio) e Cléber (Corinthians)
Gol: Barcos, aos quatro minutos do segundo tempo
Grêmio: Dida; Werley, Rhodolfo e Bressan (Maxi Rodríguez); Pará, Adriano, Ramiro, Souza e Alex Telles; Lucas Coelho (Paulinho) e Barcos (Saimon); Técnico: Renato Gaúcho
Corinthians: Cássio; Edenílson, Cléber, Gil e Igor (Jocinei); Ralf e Guilherme (Ibson); Diego Macedo (Rodriguinho), Douglas e Romarinho; Emerson; Técnico: Tite

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